sábado, 6 de abril de 2013

Cartilha: sobre gays e Vera Fischer

Achei que seria uma semana sussa.Mas não. Várias coisas acontecendo no universo. Terminei o domingo lendo "Seis Balas num Buraco Só", do João Silvério Trevisan.

Ele começa o livro relatando alguns casos de violências protagonizadas por homens e a partir daí fala sobre a crise do masculino. De como esse estado de violência é fruto de uma série de fatores introjetados e do quanto essa neurose e necessidade de autoafirmação por meio da brutalidade demonstra um medo do feminino, da castração em contraposição ao falocentrismo dominante na sociedade moderna.

Acordei na segunda com a notícia da turista que foi estuprada numa van no Rio de Janeiro. O mundo cão continua a girar. Daí teve a queda do ônibus no Rio de Janeiro que matou um tanto de gente e que parece que foi causada por uma briga. No dia seguinte teve Daniela Mercury.

Então vamos sexualizar as coisas. Pra deixar claro como a heterossexualidade é a norma vigente. Vamos apenas reescrever os títulos das notícias como um exercício. "Homem hétero discute com motorista hétero e ambos provocam acidente; 7 morrem". "Homens héteros estupram turista em van no Rio de Janeiro".

Que nojo. Sério. Direto eu fico pensando nisso. E já que homofobia foi um dos temas da semana, com texto no instagram do Alexandre Nero, com texto da Clara, com texto da Raíra vamos falar sobre isso. Lindo ver a mobilização de pessoas esclarecidas, de amigos em torno do assunto. Contra o Feliciano. E olha que ele não é o mal encarnado, mas acabou virando a personificação mais pop dessa coisa ruim toda que, veja bem, é inflingir sofrimento a outro ser humano.

Onde já se viu falar que negros são amaldiçoados? Isso é racismo. Não é liberdade de expressão coisa nenhuma. E daí ter que "ouvir" a mesma ladainha. "Como você explicaria pro seu filho pequeno se ele visse dois homens se beijando num restaurante". Ué meu povo. Explicando. "Olha. As pessoas são diferentes. Tem gente que gosta de azul e tem gente que gosta de amarelo e tem homem que gosta de mulher e tem homem que gosta de homem. É isso." Ponto.

Para dúvidas do tipo: "mas eu posso beijar meu amiguinho?" a melhor resposta é lançar a real. "Até pode, mas não agora, porque você não tem idade pra isso. Quando você for maior vai poder beijar quem você quiser". Isso, claro para pequenos.

Para os idiotas que falam asneiras como "gays querem que a gente enxergue o homossexualismo (sic) como a coisa mais natural e bela do mundo", é só lamentos. Primeiro que a homossexualidade é sim natural. Segundo, de ser bonita ou feia ela é tão bonita quanto a heterossexualidade. Ponto. A maldade, a beleza e a feiura tá no ponto de vista de cada um.

Tanto que um amasso hétero passa quase despercebido em lugares públicos, agora vai dois gays darem um selinho pra ver se não voa pau e pedra e ofensas pra todos os lados.

Mas né. Esse é o mundo em que vivemos e que queremos que melhore apesar de estar difícil porque as pessoas elas são idiotas. E isso é um problema. Porque as pessoas são o problema.

Vejam, por exemplo, a Vera Fischer. Há 10 anos ela posou na Playboy. Com 50 anos. Acho que talvez tenha sido a mulher mais velha a ter um ensaio publicado na revista. Hoje estão cobrando ela por estar "acima do peso". Meus sais. Ela é uma senhora. Tá com o corpo e a estrutura de uma senhora apesar de não aparentar.

Mas fato é que a partir de uma certa idade o metabolismo cai, né? O corpo não queima gordura com a mesma rapidez e há exercícios de maior impacto que arregaçam a pessoa. Não é como se ela fosse uma panicat e tivesse exibindo a bunda na praia toda hora.

Ela não tá mais na idade de ser cobrada por essas coisas. Aliás, ninguém devia ser cobrado por essas coisas em momento nenhum, mas isso por enquanto é outra história.

terça-feira, 2 de abril de 2013

A vida até agora.

Domingo consegui convencer meu irmão a me levar na casa da vó Justa pra ver a Sarinha, que veio a São Paulo ver o Loollapaloza. Ela aproveitou a carona quando ele foi me deixar de novo na casa da vó Conceição e falou que ficava por aqui  até hoje e que estava livre na segunda. Mais. Queria ir no japonês.

Levei ela e o Luis pra conhecer o Wakai e almoçamos lá ontem. Depois subi pra ativar o seguro do iPhone da Vivo e mudar meu plano telefônico. Encontrei a Diana no Center 3 e ela me fez companhia. Acabamos tomando uma breja antes de tomar meu rumo pro serviço.

Acabei atrasando um pouco. Até que foi tranquilo no trabalho. O bicho começa a pegar mesmo a partir de quarta. Quinta e sexta vocês sabem é o inferno na terra.

Cheguei em casa meio morto e dormi cedo sem muita hora pra acordar. Hoje de manhã consegui dar uma olhada nas contas que eu tenho pra pagar e resumindo não posso fazer nada muito extravagante esse mês.

Nada de livros, Blu-rays, novos jogos de video-game. Nada de nada. Bom que assim a gente trabalha em desopilar as coisas que a gente já tem. Também consegui fechar a agenda com a programação nos dias de liberdade até o começo do mês que vem. Avanços na vida.

E li um pouco. Tô lendo "Seis Balas num Buraco Só". Ensaio do João Silvério Trevisan sobre a crise do macho moderno. Textos sobre medo da castração, origem do falocentrismo, androginia em tribos indígenas e a violência humana. Já tô em pouco mais da metade. Logo devo terminar. E escrever sobre.

No mais é viver e esperar os dias aguardados chegarem. Tô cheio de planos e ideias. Querendo viajar, pensando em fazer um videocast, estrear um blog novo e dar start no projeto de assistir novas séries ou temporadas de séries 'antigas', tipo Glee.

Ocupar o tempo e a vida até metade do ano, pra terminar de pagar algumas dívidas e pensar na próxima virada. De rumo, de cursos, de emprego, casa e do que mais estiver precisando. Começar agora, mudando o layout do blog. Pra uma coisa mais clean, menos dark, mais feliz.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Agora sim, ano novo

Uma das lendas que cercam a origem do primeiro de abril é que antigamente o ano novo só começava nessa data. Daí, para a minha tristeza, alguém que tinha poder para isso mudou para o dia primeiro de janeiro.

Como antigamente as informações demoravam mais pra circular muita gente continuou comemorando o ano novo em abril. No dia primeiro. Daí quem fazia isso ou acreditava nessas comemorações era chamado de bobo, tolo. Por isso esse é o Dia dos Tolos, Dia da Mentira.

Em todo caso não deixa de ser irônico que, pelo menos pra mim, o ano parece estar começando só agora. Sem aquela velha máxima de que tudo só começa depois do carnaval porque eu trabalhei todos os malditos fucking dias de carnaval e foi horrível. =(

Até, sei lá, terça-feira, 2013 foi uma emulação do que teve de ruim em 2012. E eu não consegui parar. Foram dias e mais dias ininterruptos de hard work. Arrancar o dente do ciso na quarta foi uma provação. Doeu. Mas me obrigou a desacelerar.

Não teve banho de mar. Mas teve maratona de filmes e sérires e almoços em família e consegui pensar. Passar um tempo comigo e estabelecer algumas metas pessoais. E tudo meio que fluiu para isso.

Em março aconteceram algumas coisas boas. Chegou meu iPhone, meu CD do Stereophonics, minha CNH. Fiz um frila pro F5. Conclui dois objetivos que tinha estabelecido pra mim no ano passado depois de terminar o frila na Moderna (o ciso e a carteira) e agora rolou de pensar outros.

Ainda não teve banho de mar pra tirar parte da carga negativa e dar uma renovada na bateria, mas isso ainda dá pra esperar. Sem problemas. Uma coisa de cada vez. Talvez até role antes mesmo do que eu tô imaginando. E é isso. Feliz Ano Novo!