quinta-feira, 30 de maio de 2013

Olhe para Mim de Novo

Lindo o título. Poético. Sempre achei. Primeira coisa que me fez querer ver esse filme quando vi que ele estava presente numa das edições do Mix. Curioso Raíra ter se atentado para isso também quando falei pra ela que tava pensando em assisti-lo no sábado.

Fomos.

Antes. O de sempre. Feira com a vó. Tava/tô louco de vontade de ir num rodízio japonês. Iríamos almoçar na Liberdade, mas tinha muita comida. Comemos em casa e fomos lá só dar um passeio mesmo. Nós, mais a mãe. Foi a tarde toda andarilhando. Ainda comemos um tempurá que estava massudo pra caralho. Bem ruim. =/

Marquei com a Raíra às 18h na Consolação. Comemos um cupcake no Center 3 e descemos para o CineSesc. Quatro gilmas a sessão inteira. Promoção de lançamento ou semana da Parada vai saber. Ficamos falando sobre a vida. Muitos boys de saia no hall do cinema.

O filme é lindo e divertido. Valeu a espera e valeu ter ido. Sobre Silvio Lucio. Um homem transexual nordestino num road movie pelo nordeste. Lindo. Profundo, inteligente. Não faz proselitismo. Escancara o lado humano do personagem. Faz pensar. Identidade de gênero, orientação sexual. Tudo isso bem simples de entender. De verdade.

Antes exibem o curta "Vestido de Laerte". Que é uma espécie louca de docuficção em que o Laerte interpreta o Laerte em situações ambientadas em suas tirinhas em versão live action (??????). Isso além de ironizar a burocracia dos tratamentos dos processos transsexualizadores e de jogar algumas luzes sobre o tema e tudo isso em menos de 15 minutos.

Depois comer e taqueopariu. SP Burger Fest. Desque rolou essa galeria fiquei babando nos hamburgueres. Jesus meldels. Comeria todos um seguido do outro. Vai se foder. É sacanagem ter só duas semanas de um evento assim. Decidimos comer o Sophia Burguer lá no P.J. Clarke's, que eu não conhecia e que é uma hamburgueria/restaurante fina na Oscar Freire.

Achamos o preço do cardápio beeeeem Ok apesar de toda a pompa do lugar e eu nem estava com uma roupa assim chique. Demorou bem até conseguirmos uma mesa, mas ok. Tomamos um drink enquanto isso. Quer dizer. Eu tomei um drink. Fui de Negroni enquanto Raíra ficou no suquinho. Pink Lemonade. Sei nem falar o nome disso, só quando sentamos que a bonita me inventa de pedir Coca-Cola Zero risos.

O lanche é ótimo. Segundo hamburguer que rolou na semana. Na quinta Fernanda e eu fomos no Ramona pra comer outro lanche desse festival. Mas aí lá o hamburguer era de costelinha de porco e a gente tem nojinho. Daí pegamos um cheeseburguer normal da casa mesmo, bonito lindo delícia xuxuzinho.

E é isso.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Da Virada Cultural

Não é porque não vi que não aconteceu, mas também não é porque aconteceu que tenha sido exatamente como falaram. Arrastões. O povo aumenta acho. E na "mídia" surgem os especialistões de tudo. Preguiça de gente que sabe de tudo. Só sei que a minha virada foi tranquila. E se teve algo que aprendi neste ano foi a não moscar com o celular na rua.

Só sei que foi uma edição limpa. Juro que vi menos lixo na rua do que nos outros anos. Porque é. Eu que sou uma velha a fiar voltei a frequentar a Virada Cultural. Na edição passada eu queria ir, mas trabalhei. Na anterior devo ter visto nada. Em outra fui só num show. Nas primeiras eu fui, em algumas boicotei.

Mas nessa eu fiz muita questão de ir. Porque a programação estava boa. Porque meus amigos iriam. Enfim. Por muitos e muitos motivos. E foi lindo. Abrimos tudo com Raça Negra. Melhor show da Virada se pá. Entrou no top five de shows da vida. Aliás uma saudades infância e anos 90. Um beijo.

Partimos Gal, que foi lindo lindo lindo. Voltamos todo o caminho a pé. A princípio veríamos Sidney Magalhães Magal, mas atrasou.

Nessa hora devem ter começado os arrastões. Não vimos nada. Nem o show nem a violência. Estávamos no palco do Copan, vendo apresentação do grupo do Lufe, que foi bem legal. Diana e Mari foram pra casinha. A Mayara e a Nanda vazaram antes do show do Lufe. Raíra e eu esticamos um Black Dog delícia na Paulista e depois fomos para o Sesc Belenzinho ver/ouvir (sono, muito sono) Juca Zeca Baleiro, que foi bonito e fofo.

Daí sim. Casinha. Pra acordar cedo, lá pras 9h30/10h pra ver Criolo meio dia no palco Julio Prestes. Diana e Raíra gostam e conhecem. Conheci as músicas lá. Me surpreendi com Criolo. De verdade. Achei boas as músicas do boy e de ele usar vestido (túnica) no palco.

De lá, Copan novamente. Nada de Racionais. Fomos ver Marisa Orth, que além de atrasar um pouquinho tava com tempo de folga. Aproveitamos pra comer. Mari foi de feijão (ou seria arroz) tropeiro. Raíra e eu fomos de strogonoff da Dona Onça. Quinze pila cada prato. Facadinha. Mas valeu. Alías, saudades hamburguer de pato do Così. De sobremesa, brigadeiro para os quatro.

Marisa Orth foi incrível. Sou muito fã dessa mulher. O repertório conhecidíssimo (por mim) que sou a única pessoa que tem o CD dela. Cantei todas as músicas. Cada uma delas. Até Light My Fire. Bonita. Inteligente. Marisa fez piadas e alegrou a gente.

Depois, casinha. Descansar. Ver a final do campeonato paulista. Morrer pra acordar e viver no dia seguinte que era o que tinha afinal de contas. E foi isso.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Às vezes parece que o tempo é a nossa maior riqueza. Mais do que força de trabalho a gente vende tempo que poderíamos usar fazendo outras coisas como deitar no asfalto quente. Daí que dizem que tempo é dinheiro, porque é mesmo.

No final das contas, ao morrer, você fica sem ambos. E no final, também, se você não souber aproveitar um, o outro perde todo o sentido e vice-versa. E também você fica sem tudo que no fundo vale mesmo à pena.

Dizem que o tempo cura tudo. Acredito muito nisso. Esperar é uma virtude. Por isso é importante esquentar menos a cabeça. As coisas passam. E melhoram. E mudam. E às vezes aquilo que parecia tão ruim quando aconteceu na verdade foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Guardar mágoas e rancores e acumular frustrações não é nada legal. Mas às vezes é melhor deixar pra lá. Engolir sapos, não discutir, não desconcordar. Dizem que se a palavra de é de prata o silêncio é de ouro. Calar de repente faz todo um sentido.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Foi uma semana proveitosa. Consegui utilizar o tempo a meu favor e fazer diversas coisas.

De brincar com Gabriel a escrever posts e terminar de ver a quarta temporada de Glee a ler alguns gibis e cadernos antigos de jornais.

Claro que expectativa é diferente da realidade. Se eu achava que leria horrores e emendaria outra série ao final de Glee, tive que tirar meu cavalinho da chuva afinal de contas.

Não fez nem coceguinha na pilha. Mas já foi um começo. Algo. Agora tô num hiato que deve terminar só amanhã. Ou domingo ou segunda. Quando surgir um tempo livre primeiro. Pra decidir o que assistir e o que ler.

No mais essa semana foi bem longa também. Desde segunda-feira passada trabalhando non stop chego hoje com a sensação de que venci uma batalha. E a recompensa é a folga na quarta que vem se tudo der certo.

Amanhã e domingo Virada Cultural. Ver amigos. Tentar desopilar somehow. Acho que mereço. E é isso

".

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Roteirizada

Tem horas que a vida parece roteirizada. Como se tudo estivesse escrito já em algum lugar. E a impressão que dá é que os dias vão passando e formando um ciclo e tudo é nada se não uma eterna repetição. Como se não houvesse mais espaço para a novidade e para a inovação e tudo que a gente está vivendo é apenas o passado revisitado, remixado.

Tudo isso já aconteceu. O avanço da tecnologia, as transformações e os impactos por ela causadas, a vida em sociedade. Qual é a função do ser humano? Por que estamos aqui? Se eliminarmos deus e essas coisas que as pessoas gostam pra preencher o vazio inerente a cada um e colocarmos tudo num estado "natural" e primitivo, a gente está aqui apenas pra sobreviver.

E só? E ponto? A mim interessa menos a resposta. A pergunta é que é mais interessante dichavar. Porque o corpo é apenas carne. Mas não é somente carne. E não acredito em vida pós-morte, porque já é ruim o suficiente viver aqui.

Daí desconsideramos o marketing, o capitalismo, aquela busca louca, desenfreada e sem critérios por lucro. Num estado bruto precisamos de coisas básicas para existir. Coisas como teto, que não significa  propriedade privada mas alguma proteção contra eventos climáticos. Além de alimentos. Não consigo pensar em mais nada.

Como se o resto fosse apenas luxo, conforto, supérfluo. E como perdemos nosso tempo com o supérfluo. Gastando e juntando e nos apegando a coisas que ocupam espaço e juntam pó. E no fim poderiam ir pro lixo. E mais no fim ainda não precisava nem ter sido criado, porque criar essas coisas envolve gastos de energia, de recursoso naturais, de tempo, enfim. Inventamos necessidades para substituir carências.

Mas já estou começando a brisar. A questão aqui era o cotidiano. De como os dia vivem arrastados seguindo uma ordem estabelecida. Segunda, por exemplo é dia de Tela-Quente e Pondé. Na quarta tem jogo e Antônio Prata.

Antigamente a gente esperava a quinta que era um dia legal por ser pré-sexta. E porque tinha Contardo que a gente adorava, mas que a gente desistiu. Porque ele fala de filmes, peças e livros que, sabe quando a gente vai conseguir ver? Nunca, porque não encaixa nos horários dessa vida, dessa rotina.

E não que a gente leia Pondé. Paramos com isso. Não dá. E a vida tá bem melhor assim. E quando a gente lê a gente se prepara, vai com o espírito leve, preparado pra rir. Tem horas e momentos que a gente tem que fazer escolhas e parar de ficar se cobrando e parar de se sentir mal e culpado por não fazer o que teoricamente devia.

A gente tuita e não obtém resposta. Somos apenas mais um falando em praça pública sem ninguém nos dar ouvido. Conversa de surdos. Não tem havido interação. Não dissecamos assuntos. Comentamos a novela. E só. Daí os memes. Esses virais divertidos que rendem piada e viram ~polêmica.

Essa semana teve um curioso. O dos 100 conto. Achei o texto da menina bem escrito. Não concordo com ela e dou graças a deus de ser gay, viu. Não ter que me preocupar de pagar a conta. Porque não é como se seu fosse rica. Alguém surgiu na timeline com a velha piadinha. "Como ela é roteirista escrevendo mal desse
jeito".

Olha. Tem uns blogs "famosos" com textos bem mal escritos por aí desde sempre. E não é como se o crítico/piadista tivesse recebido o nobel da internet esses dias. Daí outra coisa que irrita e cansa mais que a rotina é a previsibilidade dos comentaristas de internet.

Sempre tem alguém pra discordar, pra falar mal, pra xingar, pra jogar um balde de água fria pra falar em ditadura gay. No sábado, por exemplo, veio a história de que a subprefeitura da Sé apagou um grafite dOsgemeos sei lá como se escreve.

Tuitei algo na linha "Haddad: novo homem pra novo tempo não combina com apagar grafite dOsgemeos". Jean Wyllys me retuitou e recebi milhares alguns RT. Um boy veio perguntar só d'osgemeos. Claro que não né babaca.

A questão não é só Osgemeos. A questão é maior. Eles são a ponta do iceberg. Porque são conceituados, porque são conhecidos, porque aparecem e se divulgam, devem ter um ou outro amigo jornalista que tá em uma ou outra redação por aí. Porque eles são pagos pra fazer isso em outros países e a cidade deles apaga a obra porque não entende o que isso quer dizer?

Xis. Esse boy veio querer discutir que parede tava aí pra ser pintada. Apagou não fica de choro, corre atrás e faz outro. Preguiça. Nem gastei. Tinha mais o que fazer. O fanjo todo é a descrença com a política. De que "promessas de campanha" não se concretizam nas pequenas coisas.

Legal nem sei se foi, porque não sei de verdade avaliar isso. Mas teve o lance da galera do existe amor em sp ter entrado pra secretaria de cultura. Parece novo, mas não sei se é bom. Não sei mesmo. Tem o meu post irônico engraçadinho falando que votei no Haddad porque ele é gato. Mas gente não. A gente quer uma cidade legal, que funcione, que abrace de verdade a diversidade. Em que eu não apanhe na rua por ser viado e que a administração petista não faça o mesmo que a administração Kassab porra.

Uma cidade que não apague o grafite dos gêmeos e nem do grafiteiro fulano de tal zé mané xis. "Ah, tem letra é considerado pichação, apagamos". Não porra. O que são letras em sua essência senão símbolos gráficos? Desenhos que representam sons. E quando é uma mensagem, uma frase, algo poético, estêncil?

Ah. Para.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Uma das prateleiras do meu armário despencou. Justamente a prateleira onde ficam alguns jornais, revistas e livros. Principalmente os da Sophie Kinsella, que são grandes e grossos, risos. Encarei isso como um sinal. Preciso urgente liberar espaço, abrir caminhos.

Mudei alguns livros de lugar. Quadrinhos de luxo/capa dura em geral. O Primeira Página, da Folha, que é bastante pesado. E troquei a disposição das pilhas depois que minha mãe e eu arrumamos a prateleira.

Daí tomei a decisão de dar uma pausa nos livros essa semana para desopilar alguns jornais, gibis e revistas antigos. Interessante que cada um deles tem um tempo diferente. O Segundo Caderno é diferente da Ilustrada que é diferente de uma Revista da TV mesmo aos domingos.

Curioso também as coisas que a gente perde porque não dá tempo de fazer tudo. Em novembro do ano passado, por exemplo, a Ilustríssima publicou um perfil/entrevista com o então ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto que estava prestes a se aposentar.

Lá ele fazia uma observação bastante interessante sobre a diferença entre atenção e concentração e sobre um estado contemplativo que seria uma mistura desses dois estado num esquema de o melhor de dois mundos. E ele falava sobre por exemplo as aves carnívoras não cantarem. Coruja, águia, harpia.

"É como se a natureza estivesse dizendo que para cantar tem que ser herbívoro", disse à época Ayres Britto, que é vegetariano. Achei de uma singeleza e sabedoria enorme, daquelas que a gente conquista de olhar e olhar pras pequenas coisas, porque são essas que valem a pena afinal de contas.

Ainda não virei vegetariano. E dificilmente vou virar. Mas que é algo pra se pensar na vida. Isso é.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Alegrias musicais

Então esses dias saiu lá o cd Coitadinha Bem Feito que o gato do Marcus Preto produziu com o DJ Zé Pedro e eu ouvi e gostei bastante.

São músicas da Angela Rô Rô interpretada por diversos cantores coisa e tal. Me lembrei de Compasso, um CD dela lançado em 2006/2007. Lembro de ter ouvido na época e gostado.

Não conhecia tanto Angela Rô Rô e entrevistei ela prA Capa na época. Rendeu um textinho bem mequetrefe pra revista pelo que me lembro. Aproveitando a pegada aproveitei pra baixar a discografia dela. Que tá bem difícil de achar nessas internets.

Coitadinha Bem Feito me lembrou um pouco Alexandre Nero também que a gente bem gosta.

E semana passada também ficou disponível pra download o CD da Clarice Falcão. 14 músicas. Boa parte a gente conhecia do youtube já. Só faltou aquela do Revelação. 

Diz que ela tá pra fazer show dia 25 aqui em São Paulo. Tomara que role e que ela cante essa.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

É maio. Não escrevo desde abril. É que tem horas que a vida dá dessas degringoladas. Tudo parece sair do eixo e tomar as rédeas é quase impossível.

Comer. Engordar. Não malhar. Estou imerso em "Barba Ensopada de Sangue". Bem que Diana falou que o protagonista era eu. "Só queria morar na praia e dou aulas de natação".

Tão compenatrado pela leitura que demorei 200 páginas para me dar conta que o protagonista não tem nome. Viajando.

O primeiro trimestre deste ano foi bem pesaroso. As coisas acalmaram agora. No segundo trimestre. Médio. Abril poderia ter acabado melhor. Maio poderia ter começado de outro jeito.

Parece que estou lidando com forças e coisas das quais não tenho controle. Inveja. Ciúmes. E algo surge do nada pra acabar com a alegria. Melar o meu esquema.

Difícil ficar feliz assim. Tem 70 reais na minha conta. É maio. Já estou planejando dívidas para junho.