segunda-feira, 24 de junho de 2013

Patins, meus caros, não é como bicicleta que você nunca esquece. Patins, meus caros, você super esquece. E toma uns tombos bonitos por conta disso.

Mas né, tamo aí na atividade e já dizia o filme do Batman, a gente cai pra aprender a levantar. Além disso a joelheira absorve impactos e a munhequeira também é útil.

Não fiz, no entanto, tudo que queria neste final de semana. No sentido de ver séries e filmes e ficar bundando e morrendo em casa. Porque hoje saí.

Fui com o Vi na casa do tio Edison e da tia Angela. A ideia era andarmos de bike. Mas devido a uma dor no ombro por conta de um tombo eu ~amarelei~ e fiquei só com a tia enquanto ela preparava a polenta para o almoço.

Sábado a noite ainda terminei de ver Vingadores, a primeira temporada do desenho, no caso. Hoje, depois de sairmos da casa do tio fui no cinema com a mãe. A ideia original era ir com a vó e a mãe, depois só a vó, mas como ela passou mal fui mais a mãe mesmo (depois de muito custo) ver "Minha Mãe é uma Peça".

Engraçado como minha mãe é super dona Hermínia. Saímos do cinema rachando de rir. Esperei ela comer no Habibs e voltamos pra casa. Fiz fondue de queijo e de chocolate. Lilian e Leticia vieram comer com a gente.

No final pra coroar uma mini-discussão da mãe com o pai. Nada demais, mas ela ta sensível ainda com a morte do vô então tudo junta.

E este foi meu final de semana. Pro próximo eu penso em descansar e se tiver melhor do ombro e da mão ralada patinar no Ibirapuera, dependendo como estiver o tempo também.

No meio tempo matar vários leões por dia porque essa semana dever ser longa e puxada.

É isso. Boa noite. Ou bom dia, no caso.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

As pautas andam juntas

Queria escrever um texto bom e que falasse de tudo sobre esse lance novo de todo mundo, ou pelo menos mais gente, ir às ruas.

O lance dos 20 centavos. De porque não é só por 20 centavos. É por tudo que está errado nesse país. É essa aprovação da cura gay. É o estatuto do nascituro. É o direito das prostitutas.

É a onda de estupros que estava rolando no Rio. É por não legalizarem a maconha. E é porque tá foda. É redundante falar da péssima qualidade dos transportes públicos.

Mano. É horrível pegar ônibus e metrô lotado. É desumano. E não é só isso. É uma falta de respeito. Aqui em Guarulhos, onde eu moro, os ônibus intermunicipais também aumentaram no dia 2 de junho.

Preciso deles pra chegar até o metrô e ir pro trabalho. Não costumo usar ônibus municipais em Guarulhos, por isso não sei quanto está o preço da passagem por aqui. Sei apenas que a EMTU foi cara de pau o suficiente de nem avisar para quanto exatamente as linhas iriam subir.


Na imprensa divulgaram um comunicado genérico que subiria de 7 a 12%. No ônibus fixaram o anúncio acima, que tá meio desfocado, mas dá pra perceber que não indica o valor.

E mais. Fala que a informação estaria na internet, no dia do aumento. É pra que isso? Calar a revolta? A frustração de pegar e entrar no ônibus ele estar mais caro e daí não ter outro jeito senão pagar o novo valor?

A linha que eu pego foi para R$ 3,60. Antes era R$ 3,35. E antes ainda R$ 2,95. Pelo menos dessa vez arredondaram pra facilitar o troco, risos.

Mas ir às ruas nesse momento é por todas as questões que estão aí. Abaixar a tarifa e melhorar o transporte. É por qualidade de vida.

Queria, de verdade, que isso tudo se traduzisse em resultados práticos. Que os governos agissem. Tirassem moradores de áreas de riscos. Que combatessem enchentes. E que parassem com essas alianças políticas sujas pra garantir espaço de TV.

Talvez por isso esse movimento seja apartidário. Meu caso, por exemplo. Sempre me identifiquei com as bandeiras petistas. Até me decepcionar com o Lula. Foi um puta governante, mas acho que ele podia ter feito um pouco mais pelas gays.

Assim como a Dilma poderia ter se posicionado mais nas questões dos direitos humanos ao invés de vetar o kit anti-homofobia, por exemplo.

E porque dá nojinho ver esses conluios. E talvez as pessoas não tenham muito estômago pra lidar com isso. Se bem que a gente aprende a lidar com gente escrota. Porque não é só Maluf e Renan que são podres. Tem um monte de gente aqui embaixo que é também.

O engraçado é que tem gente falando de que porque é sobre transporte a causa é coletiva e não direito de uma minoria. Queridos. Direitos de minorias são para todos.

Não preciso ser mulher pra combater o machismo. Não precisa fumar pra defender a legalização da maconha ou ser negro para lutar contra o racismo. A luta está no dia-a-dia. Não fazer piadas e não ser racista e/ou preconceituoso. Respeitar as pessoas. Não agredir. Enfim.

Aprendi a protestar indo pra Parada Gay e pra Caminhada Lésbica. E não só em SP. Estive em Paradas de outras cidades também. "É festa". "É Carnaval". "É pegação" dizem alguns. 

É tudo isso, e daí? Porque não é só isso. É o exercício da liberdade. E é também político. Cara. Leva seu cartaz pra Parada Gay e faz seu protesto sério. A Parada permite isso. Sempre vi várias pessoas fazendo isso.

Não tem essa de protesto mais ou menos efetivo. O que não surte muito resultado são essas cafonalhas de protesto genérico contra a corrupção que vão três caras de ultra-direita levantar cartaz contra o Lula no Masp. 

Por favor, né. Estamos falando de movimentos sociais organizando esses atos. E as pautas dos movimentos sociais no fundo andam juntas. São todas uma só.

domingo, 9 de junho de 2013

Quando o vô morre - parte II

Era pra ter sido um sábado qualquer. Eu enfrentaria, junto com a mágoa de um plantão as consequências de uma noite na gandaia.

Eu estava naquele passa mal típica da ressaca juntando forças pra encarar o dia e ajudar minha vó com a feira para depois ir trabalhar. Quando o celular tocou e era ela. Falando que o vô tinha passado mal no Tiquatira pra eu ir até lá encontrá-la.

Quando desci pra tentar pegar o taxi, nada. Foram mais duas ligações. Uma para falar que a chave de casa estava na vizinha. A outra pra falar que o vô tinha morrido. A vó Conceição estava tão desesperada que eu nem consegui acreditar. Ela mei que já tinha matado o vô no ano passado, quando ele ficou internado.

Fiquei esperando meu irmão chegar em casa para irmos até o hospital onde tivemos a confirmação. Não era desespero. Quando a vó chegou no Tiquatira, o vô já tinha morrido. Parada cardíaca. Infarto fulminante. 

Morreu fazendo caminhada que tanto gostava num lugar que gostava e de um jeito que queria, antes da minha vó, sem ter que ir pra hospital e "dar trabalho" pra família.

Antes de morrer ele fez tudo como fez nos outros dias. Levantou. Tomou café com a vó e foi andar na pista. Um dia antes Raíra e eu conversamos sobre o homem assassinado no Mc Donalds. Da importância de viver cada dia como se fosse o último.

Diz que momentos antes de cair para a frente do banco onde estava sentado ele disse que dessa vida a gente não leva nada.

Na sexta-feira, quando estava tirando as compras do mercado do carro da vó ele queria ajudar e eu não deixei. E ele falou que eu era chato. Sou mesmo e isso eu aprendi com ele. Se vocês me acham metódico e sistemático é porque não conheceram ele.

A última coisa que eu falei pra ele foi "tchau vozão, até amanhã". Mal sabia eu que não nos veríamos mais. :'( 

O amanhã às vezes não chega. E nós que às vezes fazemos tantos planos não temos controle sobre nada.

segunda-feira, 3 de junho de 2013