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terça-feira, 17 de janeiro de 2017
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Passadão
Só me dei conta que não tinha back-up de minha pouca produção literária de gaveta desenvolvida ao longo de anos depois que formatei o notebook no começo de 2015. Essa carroça estava muito cheia, muito carregada. Eu precisava de leveza.
Como o material era inconsistente demais e nada se sustentava muito, não foi uma grande perda além do retrabalho que vai dar pra investigar, lembrar e digitar tudo o que está aqui na cachola (gente que fala cachola) decantando ao longo desses anos todos.
Eu falei que ia voltar. E aqui estou eu. Voltando. Pra começar voltei ao passado. Recuperei parte dos textos que eu tenho escrito em blogs na internet desde os meus 16 anos. São doze anos escrevendo sobre mim e a minha vida. Muitas reflexões, crises, desabafos e muitos registros de acontecimentos felizes. Muita coisa cifrada e muita coisa de momento.
O que eu sempre gostei em blog é que ele é versátil e permite brincar com diversas formas e conteúdos. Ao longo desse ano eu cresci, meu blog mudou, meu texto mudou, minha vida foi seguindo seu caminho. Meu tempo foi sendo outro. Algumas coisas se mantiveram como o excesso de referências e o cansaço e o sono que me acompanham há tanto tempo que não sei como não viraram eu.
Eu escrevi muitas bobagens e muita coisa séria, mas também foi o exercício que deu pra fazer sobre mim na ausência de poder fazer análise. Pelo menos a gente escreve e transforma a dor e o que a gente não entende em alguma forma de arte. Com diferentes graus de sucesso, sempre foi esse o exercício ao qual eu me propus aqui.
Desde 2003 a maioria dos blogs na internet virou outra coisa e uma forma de ganhar dinheiro. Blog enquanto negócio. Eu nunca fui bom pra fazer isso. Apesar de conhecer a mecânica e de ensaiar isso no Pilhas em Série, é algo que só vai acontecer se dedicar mais tempo a isso.
De qualquer forma, o que sempre me atraiu e a linha que eu sempre tentei seguir foi o caráter de diário que os blogs tinham quando começaram a virar sucesso e ter alcance fora das redes. Claro que com o tempo eu fui me questionando também sobre privacidade, sobre esse jeito de publicar e o quanto eu me expunha ou exponho.
Sem falar em pessoas ruins que passam ou passaram pela vida. Vendo os meus primeiros post dá uma certa nostalgia de um período onde a vida era mais simples, apesar de ter tons bastante dramáticos. Eu era um adolescente afinal de contas.
Naquela época o blog tinha também uma certa função de rede social. Era uma forma de estar em contato e com meus amigos e eles saberem da minha vida. Todos se comentavam e trocavam links. E é interessante também como essa dinâmica mudou. Hoje eu não sei quem me lê. Só tenho uma vaga ideia.
Por isso, se você é meu amigo, ou me conhece e está lendo esse texto, me conta. Vale por qualquer meio. Comentário, whatsapp, mensagem, ao vivo. Porque é importante pra mim. E eu também estou carente e passando por uma fase na vida.
Hoje muita gente escreve ~textão~ no Facebook. Eu não consigo fazer isso. E nesse quesito eu sou bem conservador. Meu blog não tem muitas fotos, e aqui é o lugar dos textos. É meio contraproducente, já que eu também desejo ser lido, mas o blog sempre foi uma coisa que eu fiz antes de tudo para mim.
Eu me reconheço em muitas coisas escritas ao longo desses anos todos, mas também vejo o quanto amadureci, cresci e mudei ao longo desse tempo. E não fiquei parado. Eu posso não saber exatamente onde eu vou chegar, porque metas eu tenho, mas tem coisas que não dependem de mim. E a vida, ah, a vida às vezes nos prega surpresas desagradáveis, nos dá rasteiras.
Também me ocorre agora o poder das palavras. O quanto projetar coisas boas ao universo atrai coisas boas e muita coisa legal já aconteceu na minha vida também. Equilíbrio. Pra mim a medida sempre esteve por aí.
A vida, a falta de tempo e vontade mudaram o tom dos meus textos, dos meus exercícios e haha procedimentos de escrita. Hoje a necessidade de escrever está batendo mais forte. Então eu estou me propondo também novos desafios. É o que tem pulsado aqui.
Olhar pra esse passado foi bastante rico e importante como parte de um processo de revisão pelo qual estou passando. Resgatei o material que deu. Há períodos da vida em que talvez eu estivesse mais preocupado em viver e postei pouco. Por algum motivo, não há registros de 2006 na internet. Achei curioso.
Daqui a uma semana eu saio de férias do serviço. E uma das coisas que eu quero muito fazer com esse tempo livre que eu vou ganhar é escrever todos os dias. Nem que seja só um pouco. E escrever, não apenas sobre mim, ou essa brincadeira de diário que mescla ficção e realidade.
Meus novos gadgets estão chegando. Então, se tudo correr como o previsto esse vai ser um mês bem satisfatório do ponto de vista da produção artística.
Eu tenho uma peça pra escrever como projeto singular, que conta como parte da avaliação na SP Escola de Teatro e há umas duas histórias pulsando para serem colocadas no papel em forma de literatura. Minha missão é fazer isso vir à tona.
E isso sem falar em outra coisa que eu tô tocando, mas que não dá pra falar agora. Então, melhor parar por aqui, pelo menos por enquanto. Até o próximo post.
Como o material era inconsistente demais e nada se sustentava muito, não foi uma grande perda além do retrabalho que vai dar pra investigar, lembrar e digitar tudo o que está aqui na cachola (gente que fala cachola) decantando ao longo desses anos todos.
Eu falei que ia voltar. E aqui estou eu. Voltando. Pra começar voltei ao passado. Recuperei parte dos textos que eu tenho escrito em blogs na internet desde os meus 16 anos. São doze anos escrevendo sobre mim e a minha vida. Muitas reflexões, crises, desabafos e muitos registros de acontecimentos felizes. Muita coisa cifrada e muita coisa de momento.
O que eu sempre gostei em blog é que ele é versátil e permite brincar com diversas formas e conteúdos. Ao longo desse ano eu cresci, meu blog mudou, meu texto mudou, minha vida foi seguindo seu caminho. Meu tempo foi sendo outro. Algumas coisas se mantiveram como o excesso de referências e o cansaço e o sono que me acompanham há tanto tempo que não sei como não viraram eu.
Eu escrevi muitas bobagens e muita coisa séria, mas também foi o exercício que deu pra fazer sobre mim na ausência de poder fazer análise. Pelo menos a gente escreve e transforma a dor e o que a gente não entende em alguma forma de arte. Com diferentes graus de sucesso, sempre foi esse o exercício ao qual eu me propus aqui.
Desde 2003 a maioria dos blogs na internet virou outra coisa e uma forma de ganhar dinheiro. Blog enquanto negócio. Eu nunca fui bom pra fazer isso. Apesar de conhecer a mecânica e de ensaiar isso no Pilhas em Série, é algo que só vai acontecer se dedicar mais tempo a isso.
De qualquer forma, o que sempre me atraiu e a linha que eu sempre tentei seguir foi o caráter de diário que os blogs tinham quando começaram a virar sucesso e ter alcance fora das redes. Claro que com o tempo eu fui me questionando também sobre privacidade, sobre esse jeito de publicar e o quanto eu me expunha ou exponho.
Sem falar em pessoas ruins que passam ou passaram pela vida. Vendo os meus primeiros post dá uma certa nostalgia de um período onde a vida era mais simples, apesar de ter tons bastante dramáticos. Eu era um adolescente afinal de contas.
Naquela época o blog tinha também uma certa função de rede social. Era uma forma de estar em contato e com meus amigos e eles saberem da minha vida. Todos se comentavam e trocavam links. E é interessante também como essa dinâmica mudou. Hoje eu não sei quem me lê. Só tenho uma vaga ideia.
Por isso, se você é meu amigo, ou me conhece e está lendo esse texto, me conta. Vale por qualquer meio. Comentário, whatsapp, mensagem, ao vivo. Porque é importante pra mim. E eu também estou carente e passando por uma fase na vida.
Hoje muita gente escreve ~textão~ no Facebook. Eu não consigo fazer isso. E nesse quesito eu sou bem conservador. Meu blog não tem muitas fotos, e aqui é o lugar dos textos. É meio contraproducente, já que eu também desejo ser lido, mas o blog sempre foi uma coisa que eu fiz antes de tudo para mim.
Eu me reconheço em muitas coisas escritas ao longo desses anos todos, mas também vejo o quanto amadureci, cresci e mudei ao longo desse tempo. E não fiquei parado. Eu posso não saber exatamente onde eu vou chegar, porque metas eu tenho, mas tem coisas que não dependem de mim. E a vida, ah, a vida às vezes nos prega surpresas desagradáveis, nos dá rasteiras.
Também me ocorre agora o poder das palavras. O quanto projetar coisas boas ao universo atrai coisas boas e muita coisa legal já aconteceu na minha vida também. Equilíbrio. Pra mim a medida sempre esteve por aí.
A vida, a falta de tempo e vontade mudaram o tom dos meus textos, dos meus exercícios e haha procedimentos de escrita. Hoje a necessidade de escrever está batendo mais forte. Então eu estou me propondo também novos desafios. É o que tem pulsado aqui.
Olhar pra esse passado foi bastante rico e importante como parte de um processo de revisão pelo qual estou passando. Resgatei o material que deu. Há períodos da vida em que talvez eu estivesse mais preocupado em viver e postei pouco. Por algum motivo, não há registros de 2006 na internet. Achei curioso.
Daqui a uma semana eu saio de férias do serviço. E uma das coisas que eu quero muito fazer com esse tempo livre que eu vou ganhar é escrever todos os dias. Nem que seja só um pouco. E escrever, não apenas sobre mim, ou essa brincadeira de diário que mescla ficção e realidade.
Meus novos gadgets estão chegando. Então, se tudo correr como o previsto esse vai ser um mês bem satisfatório do ponto de vista da produção artística.
Eu tenho uma peça pra escrever como projeto singular, que conta como parte da avaliação na SP Escola de Teatro e há umas duas histórias pulsando para serem colocadas no papel em forma de literatura. Minha missão é fazer isso vir à tona.
E isso sem falar em outra coisa que eu tô tocando, mas que não dá pra falar agora. Então, melhor parar por aqui, pelo menos por enquanto. Até o próximo post.
domingo, 26 de abril de 2015
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Os donos da história
Foi falando superficialmente sobre a Bíblia e meu ponto de vista sobre ela que me ocorreu fazer esse post.
Eu sinto como se não tivesse voz e espaço. "Sua opinião é só sua opinião", eu ouvi algumas vezes. E por isso eu já deixei de me expressar.
Mas quer saber? Felizmente estamos na era da internet onde o choro é livre e o registro também.
Falta um microfone pra potencializar o que eu digo, fazer com que isso chegue ao mundo.
Mas pelo menos aqui eu exponho uma parte das minhas opiniões.
O que isso tem a ver com a Bíblia? É que eu não acredito nela. Não é um livro que me dá um norte como para muitas pessoas.
Eu acredito na Bíblia como uma fonte histórica, talvez. E ainda assim. Com muitas ressalvas. Afinal, todo registro parte de um ponto de vista.
Homens, poder. Os costumes de uma sociedade sob o ponto de vista de uma parcela muito provavelmente dominante de uma região.
Mais ou menos assim são feitos os registros históricos. A história da humanidade é em boa parte a história dos homens. o patriarcado dominante desde sempre colocou o ser humano do sexo masculino como protagonista dos eventos e fatos.
Tem uma lei na minha vida que é: não acredite em tudo o que você lê. Essa minha desconfiança ainda vai me salvar de enrascadas e de passar vergonha por aí.
Diante disso, preciso comentar como eu fiquei indignado quando li um certo alguém falando que programas governistas como o Vale Cultura é assistencialista e desnecessário.
Desnecessário do alto do seu castelo de marfim só se for.
Eu tô do lado de cá da desigualdade social que é quase uma marca registrada do nosso país. E é cada coisa que eu vejo sobre isso que me deixa impressionado. Dos muitos benefícios para os poucos "merecedores".
Com meu pouco salário meu sonho era ganhar um Vale Cultura. Ia me ajudar bastante na aquisição de uns livros, uns quadrinhos, umas peças de teatro. Mas quem sou eu no grande esquema das coisas? Uma engrenagem que pode facilmente ser substituida. Ou nem isso.
Por que falar disso? Porque a história não existe ao mesmo tempo que nós construimos e fazemos nossa própria história. E essa é a minha. Para não esquecer de olhar para trás.
Não dá para só um lado ter voz. Eles (vocês) não são os donos da história.
Eu sinto como se não tivesse voz e espaço. "Sua opinião é só sua opinião", eu ouvi algumas vezes. E por isso eu já deixei de me expressar.
Mas quer saber? Felizmente estamos na era da internet onde o choro é livre e o registro também.
Falta um microfone pra potencializar o que eu digo, fazer com que isso chegue ao mundo.
Mas pelo menos aqui eu exponho uma parte das minhas opiniões.
O que isso tem a ver com a Bíblia? É que eu não acredito nela. Não é um livro que me dá um norte como para muitas pessoas.
Eu acredito na Bíblia como uma fonte histórica, talvez. E ainda assim. Com muitas ressalvas. Afinal, todo registro parte de um ponto de vista.
Homens, poder. Os costumes de uma sociedade sob o ponto de vista de uma parcela muito provavelmente dominante de uma região.
Mais ou menos assim são feitos os registros históricos. A história da humanidade é em boa parte a história dos homens. o patriarcado dominante desde sempre colocou o ser humano do sexo masculino como protagonista dos eventos e fatos.
Tem uma lei na minha vida que é: não acredite em tudo o que você lê. Essa minha desconfiança ainda vai me salvar de enrascadas e de passar vergonha por aí.
Diante disso, preciso comentar como eu fiquei indignado quando li um certo alguém falando que programas governistas como o Vale Cultura é assistencialista e desnecessário.
Desnecessário do alto do seu castelo de marfim só se for.
Eu tô do lado de cá da desigualdade social que é quase uma marca registrada do nosso país. E é cada coisa que eu vejo sobre isso que me deixa impressionado. Dos muitos benefícios para os poucos "merecedores".
Com meu pouco salário meu sonho era ganhar um Vale Cultura. Ia me ajudar bastante na aquisição de uns livros, uns quadrinhos, umas peças de teatro. Mas quem sou eu no grande esquema das coisas? Uma engrenagem que pode facilmente ser substituida. Ou nem isso.
Por que falar disso? Porque a história não existe ao mesmo tempo que nós construimos e fazemos nossa própria história. E essa é a minha. Para não esquecer de olhar para trás.
Não dá para só um lado ter voz. Eles (vocês) não são os donos da história.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Pra lembrar
De repente achei que esse Ano Novo merecia uma espécie de retrospectiva.
Espécie, porque eu não sou tão bom pra essas coisas. Minha memória me trai horrores. Eu esqueço de coisas boas. Eu lembro das ruins. E lidar com dificuldades as mesmas de sempre turvam a visão.
É como se as irritações sem solução do dia a dia acabassem por formar um véu, um tipo de neblina, que confunde e não me permite enxergar o dia lindo que faz depois que o nevoeiro passa.
Felizmente passa.
Foram muitas as conversas sobre isso. Sobre o ano novo, sobre o fim do ano. Sobre estar mais velho. E algumas das frases e ensinamentos dos últimos dias ficam martelando na minha cabeça.
Quando a gente está vivendo um problema ele parece enorme, horrível, péssimo, monstruoso e a sensação é de que nunca vai acabar. Para essas situações, o tempo. Nada como ele pra gente pode mensurar tudo direitinho.
O agora não permite a real noção das coisas. Viver é um turbilhão. Quando as coisas passam é que dá pra ver o tamanho que elas eram de verdade.
Que isso fique de lição. Guardado na memória, registrado e que eu use isso para os momentos de desespero, fraqueza pra poder ter forças, seguir em frente, e enfrentar os meus demônios.
Pra esse ano eu queria mais paciência pra lidar com o que me atormenta e não me deixar afetar tanto por aquilo que eu não posso controlar. E meus dias são cheio delas. Sinto que começar a fazer esse exercício, que é de dentro pra fora, vai me fazer bem e vai me melhorar.
Para concluir, é importante lembrar do quanto deve ser ruim e triste ser a pessoa que ninguém gosta. A carga negativa, a agonia imensa que é viver dentro dessas cabeças e com isso a falta de paz.
Pedidos. Dois. Força, pra passar pelos momentos difíceis. Nem só de prosperidade, saúde, sucesso e conquistas se faz a vida. E sabedoria. Para reconhecer e aproveitar cada bom momento que este ano tem pra oferecer. 2015 pode vir que eu não tô com medo de você.
Espécie, porque eu não sou tão bom pra essas coisas. Minha memória me trai horrores. Eu esqueço de coisas boas. Eu lembro das ruins. E lidar com dificuldades as mesmas de sempre turvam a visão.
É como se as irritações sem solução do dia a dia acabassem por formar um véu, um tipo de neblina, que confunde e não me permite enxergar o dia lindo que faz depois que o nevoeiro passa.
Felizmente passa.
Foram muitas as conversas sobre isso. Sobre o ano novo, sobre o fim do ano. Sobre estar mais velho. E algumas das frases e ensinamentos dos últimos dias ficam martelando na minha cabeça.
Quando a gente está vivendo um problema ele parece enorme, horrível, péssimo, monstruoso e a sensação é de que nunca vai acabar. Para essas situações, o tempo. Nada como ele pra gente pode mensurar tudo direitinho.
O agora não permite a real noção das coisas. Viver é um turbilhão. Quando as coisas passam é que dá pra ver o tamanho que elas eram de verdade.
Que isso fique de lição. Guardado na memória, registrado e que eu use isso para os momentos de desespero, fraqueza pra poder ter forças, seguir em frente, e enfrentar os meus demônios.
Pra esse ano eu queria mais paciência pra lidar com o que me atormenta e não me deixar afetar tanto por aquilo que eu não posso controlar. E meus dias são cheio delas. Sinto que começar a fazer esse exercício, que é de dentro pra fora, vai me fazer bem e vai me melhorar.
Para concluir, é importante lembrar do quanto deve ser ruim e triste ser a pessoa que ninguém gosta. A carga negativa, a agonia imensa que é viver dentro dessas cabeças e com isso a falta de paz.
Pedidos. Dois. Força, pra passar pelos momentos difíceis. Nem só de prosperidade, saúde, sucesso e conquistas se faz a vida. E sabedoria. Para reconhecer e aproveitar cada bom momento que este ano tem pra oferecer. 2015 pode vir que eu não tô com medo de você.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Prólogo
Vontade de escrever o mundo mas tempo pra escrever nem meio quarteirão.
Disse para minha mãe que estou muito cansado e que preciso desesperadamente do recesso de final do ano.
Imagina ano que vem que vai ter que levantar cedo e chegar tarde, ela disse.
E eu tenho pensado nisso, mas com uma tranquilidade que não é minha. Melhor deixar pra morrer por isso quando estiver acontecendo. Já que o final do ano se aproxima, fica mais uma vez o lembrete: quem morre de véspera é peru.
Dois mil e catorze me cansou de tal jeito que eu só consigo pensar que i'm gonna crack down. O que me quebrou foi o dia a dia e os grandes eventos.
Sem falar que não rolou férias. Agora também eu vou deixá-las pra maio, o melhor mês, quando estreia Vingadores 2.
Sobre o ano que vem: expectativa, medo, frio na barriga. Mas é o que eu quero fazer, é o que eu tô a fim, e é um novo caminho que eu escolhi.
Fazia tempo que eu não chorava, pulava, ficava emocionado com alguma coisa na vida. Já não era sem tempo de a vida começar a mudar.
Mudanças. Podem chegar. Tô pronto pra vocês.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Em perspectiva
Semana passada eu saí com minhas amigas. Usei minha folga para fazer algo que há um tempinho não rolava de fazer. Sentar num bar, beber e conversar.
Troquei minhas horas de descanso no sofá para estar na companhia delas. E foi ótimo por muitos motivos.
É incrível estar na companhia de quem a gente ama. E conversar com elas foi bom pra colocar as coisas em perspectiva.
Está todo mundo mais ou menos no mesmo barco. Ninguém conseguiu juntar ainda seu primeiro milhão e estamos longe de conseguir.
Há problemas geracionais por toda parte. Há uma injustiça geral da vida e uma sensação irritante de urgência tão grande que isso sim eu chamaria de mal do século.
Nada é urgente. Tudo é urgente.
Às vezes eu sinto que não vou aguentar. Que vou quebrar em um milhão de pedacinhos. Que vou explodir e que nunca vou chegar onde eu quero.
Eu passo pelo baixo-Augusta e só penso que nunca terei minha casa, minha vida. Por que essa porra de prefeitura, governo é tão ineficiente enquanto a iniciativa privada fica cobstruindo apartamento em qualquer espacinho vago da cidade?
Chegamos ao volume morto de uma autoestima que nunca foi grande o suficiente e a situação só tende a piorar. Nem terapia deve mais resolver. Não que eu tenha dinheiro pra pagar.
São tantos traumas. Tantas coisas que eu gostaria de consertar aqui. Milhões de medos e insegurança moram dentro de mim.
A perspectiva de tudo é tão ruim que eu não consigo mais ver como, quando e se as coisas vão melhorar. É difícil não sentir culpa por relaxar e a cobrança tem sido minha mais constante companhia.
Até atividades que me seriam prazerosas viram motivo de frustração. Andar de patins virou o melhor exemplo disso.
É como se eu nunca fosse ser bom em algo. Apenas mediano ou menos que isso.
As pessoas não tem noção do quão nocivas podem ser suas atitudes para a vida dos outros.
Na segunda-feira eu desisti de ler o jornal. A coluna do Leão Serva sobre o desmatamento na Amazônia me deixou mal. O que é que eu posso fazer diretamente em relação a isso, daqui de São Paulo?
O que é que eu posso fazer diretamente em relação a vida?
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Mas também não é só o muro
É tão irracional, mas tão imbecil que não dá pra não rir desses argumentos. Desse medo de um "golpe" comunista. Não dá pra levar a sério esse tipo de pensamento. Não há uma linha de raciocínio para contra-argumentar.
É tão irreal e febril que não dá pra assimilar gente pedindo intervenção militar na avenida Paulista. E eu que pensava que terminada a eleição tudo seria mais tranquilo e a vida ficaria mais fácil. Ledo engano. 2014 entra para a história como mais um ano que não termina.
É tão irreal e febril que não dá pra assimilar gente pedindo intervenção militar na avenida Paulista. E eu que pensava que terminada a eleição tudo seria mais tranquilo e a vida ficaria mais fácil. Ledo engano. 2014 entra para a história como mais um ano que não termina.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Não dá pra ficar em cima do muro
Em dois mil e dez eu estava tão intoxicado por discussões políticas que eu me afastei de todo o processo e qualquer tipo de entrevero do tipo.
Aproveitei o desemprego pra me isolar em Caraguá e lá fugi das minhas obrigações civis.
Antes disso, tinha sido muitas e muitas madrugadas conversando e também discutindo política com o Marcelo de um jeito que tinha me cansado como nada antes na vida.
Eu vim de um processo em que vi Lula fazendo pouco pelos gays. Eu queria mais.
A campanha daquele ano tinha sido cheia dos elementos e por muitas vezes os evangélicos fundamentalistas pautaram o debate.
Secretamente e silenciosamente eu torcia um pouco pela Dilma, mas não quis dar meu voto para ela. Me ausentei da responsabilidade. Fiquei alheio àquele resultado.
Quatro anos se passaram e o contexto agora é outro. Vi até alguns amigos pregando o voto nulo e o voto branco e me segurei.
Até por questões profissionais eu continuo não me envolvendo em discussões políticas. Mas tem algumas coisas que não dá pra deixar de falar.
Neste ano, muitos dos discursos que têm dominado as redes sociais estão impregnados de um ódio amedrontador.
E eu como um amante da análise do discurso não podia deixar de perceber algumas tendências.
De um lado está a figura de um Brasil. Um discurso nacionalista até por vezes exagerado. Territórios são apenas pedaços de terras.
Diferenças e conflitos à parte entre os vários povos da humanidade, no fundo todos somos membros de uma única espécie.
E é do fundo que eu queria falar. Esses dias estava lendo textos e vendo argumentos tanto de pró-dilmas quanto pró-aecios.
"Precisamos dar um up na economia", disse alguém. Daí eu li esse texto.
E não pude deixar de pensar que com tudo que dinheiro tem de bom e também de ruim, apesar de vivermos sob esse sistema monetário, no fundo, no fundo dinheiro é só papel.
Tô falando de questões mais transcedentais. De que quando a gente morre nosso corpo vira pó. Tô falando de questões mais naturais. Da transformação da carne em energia.
Do consumo desenfreado que uma hora vai ter que ser regulado. E digo em termos mundiais, sem ser especialista em nada. Precisa-se viver com menos bens materiais.
Há todo um grupo de pessoas diretas ou indiretamente ligadas ao meu sistema solar redefinindo a vida. Refazendo escolhas, mudando de área e atuações profissionais.
Por onde passa a felicidade diante de tudo isso? Eu quero que todos tenham mais oportunidades na vida.
E diante de todos esses questionamentos e observações não dá pra deixar de dizer que male male a economia vai indo.
Nunca foi boa, mas já esteve pior. Tem pouca gente com muito dinheiro. Tem muito mais gente com pouco dinheiro ou quase nada.
A questão não é apenas a economia crescer. É a igualdade cair. Diferente de 2010 eu tenho uma escolha a fazer. Não dá pra ficar em cima do muro.
Aproveitei o desemprego pra me isolar em Caraguá e lá fugi das minhas obrigações civis.
Antes disso, tinha sido muitas e muitas madrugadas conversando e também discutindo política com o Marcelo de um jeito que tinha me cansado como nada antes na vida.
Eu vim de um processo em que vi Lula fazendo pouco pelos gays. Eu queria mais.
A campanha daquele ano tinha sido cheia dos elementos e por muitas vezes os evangélicos fundamentalistas pautaram o debate.
Secretamente e silenciosamente eu torcia um pouco pela Dilma, mas não quis dar meu voto para ela. Me ausentei da responsabilidade. Fiquei alheio àquele resultado.
Quatro anos se passaram e o contexto agora é outro. Vi até alguns amigos pregando o voto nulo e o voto branco e me segurei.
Até por questões profissionais eu continuo não me envolvendo em discussões políticas. Mas tem algumas coisas que não dá pra deixar de falar.
Neste ano, muitos dos discursos que têm dominado as redes sociais estão impregnados de um ódio amedrontador.
E eu como um amante da análise do discurso não podia deixar de perceber algumas tendências.
De um lado está a figura de um Brasil. Um discurso nacionalista até por vezes exagerado. Territórios são apenas pedaços de terras.
Diferenças e conflitos à parte entre os vários povos da humanidade, no fundo todos somos membros de uma única espécie.
E é do fundo que eu queria falar. Esses dias estava lendo textos e vendo argumentos tanto de pró-dilmas quanto pró-aecios.
"Precisamos dar um up na economia", disse alguém. Daí eu li esse texto.
E não pude deixar de pensar que com tudo que dinheiro tem de bom e também de ruim, apesar de vivermos sob esse sistema monetário, no fundo, no fundo dinheiro é só papel.
Tô falando de questões mais transcedentais. De que quando a gente morre nosso corpo vira pó. Tô falando de questões mais naturais. Da transformação da carne em energia.
Do consumo desenfreado que uma hora vai ter que ser regulado. E digo em termos mundiais, sem ser especialista em nada. Precisa-se viver com menos bens materiais.
Há todo um grupo de pessoas diretas ou indiretamente ligadas ao meu sistema solar redefinindo a vida. Refazendo escolhas, mudando de área e atuações profissionais.
Por onde passa a felicidade diante de tudo isso? Eu quero que todos tenham mais oportunidades na vida.
E diante de todos esses questionamentos e observações não dá pra deixar de dizer que male male a economia vai indo.
Nunca foi boa, mas já esteve pior. Tem pouca gente com muito dinheiro. Tem muito mais gente com pouco dinheiro ou quase nada.
A questão não é apenas a economia crescer. É a igualdade cair. Diferente de 2010 eu tenho uma escolha a fazer. Não dá pra ficar em cima do muro.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Atipicidade
Deve ter sido a Copa. Expectativas demais. Trabalho demais. Tudo demais. Feriados se intercalando com jogos, com preguiça, com cansaço, com cobranças.
De repente a desculpa era que o dia estava atípico. Que era uma semana atípica. E isso desencadeou todo um processo. Os meses ficaram atípicos.
Festas juninas aconteceram em agosto, que contrariando toda a jurisprudência passou rápido e não foi dos piores. Ao contrário. Agosto começou e terminou bem e seu meio foi melhor que a média. Não tiveram muitos desastres, mortes, doenças perto da gente ou com gente que a gente gosta.
E tudo isso faz tanto tempo que vem acontecendo que quase esqueci como é um dia normal. Uma semana normal. Sempre tem algo para ser resolvido, uma pendência, o próximo item da lista pra riscar.
John Lennon disse que vida é tudo aquilo que acontece enquanto estamos ocupados fazendo planos. Ele levou um tiro e morreu. Nunca vamos nos esquecer do ensinamento e da ironia disso. "A Agenda Secreta do Meu Namorado". Saudades desse filme. Saudades ver filmes.
Estou tentando guardar dinheiro. E preciso guardar mais. Só que sempre alguém faz aniversário, casa, surge uma festa pra ir, um presente pra dar, um programa pra fazer com os amigos, um novo livro pra ler, um novo jogo sendo lançado, um novo quadrinho.
Falta tempo e faltam recursos pra fazer tudo que se quer. Mas aos poucos parece que tudo vai dar certo, mesmo sem saber exatamente quando. Vai ver eu esteja otimista demais. Mas sinto que esse bonde não dá pra controlar.
Vai ver não são os dias, as semanas, os meses, o ano. Vai ver minha vida que é atípica.
De repente a desculpa era que o dia estava atípico. Que era uma semana atípica. E isso desencadeou todo um processo. Os meses ficaram atípicos.
Festas juninas aconteceram em agosto, que contrariando toda a jurisprudência passou rápido e não foi dos piores. Ao contrário. Agosto começou e terminou bem e seu meio foi melhor que a média. Não tiveram muitos desastres, mortes, doenças perto da gente ou com gente que a gente gosta.
E tudo isso faz tanto tempo que vem acontecendo que quase esqueci como é um dia normal. Uma semana normal. Sempre tem algo para ser resolvido, uma pendência, o próximo item da lista pra riscar.
John Lennon disse que vida é tudo aquilo que acontece enquanto estamos ocupados fazendo planos. Ele levou um tiro e morreu. Nunca vamos nos esquecer do ensinamento e da ironia disso. "A Agenda Secreta do Meu Namorado". Saudades desse filme. Saudades ver filmes.
Estou tentando guardar dinheiro. E preciso guardar mais. Só que sempre alguém faz aniversário, casa, surge uma festa pra ir, um presente pra dar, um programa pra fazer com os amigos, um novo livro pra ler, um novo jogo sendo lançado, um novo quadrinho.
Falta tempo e faltam recursos pra fazer tudo que se quer. Mas aos poucos parece que tudo vai dar certo, mesmo sem saber exatamente quando. Vai ver eu esteja otimista demais. Mas sinto que esse bonde não dá pra controlar.
Vai ver não são os dias, as semanas, os meses, o ano. Vai ver minha vida que é atípica.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Por que plantei feijões?
Eu tive pensando um tempo sobre crescer. E sobre as coisas que fazemos quando somos crianças e que deixamos de fazer quando ficamos mais velhos.
Então, acho que foi na mesma época mais ou menos, a Magê recebeu uns vasinhos com sementes de chia. E a Teka surgiu na redação com uma planta.
E eu acabei lembrando da experiência de plantar feijão num algodão. Uma coisa tão divertida e que eu talvez tenha feito apenas uma vez na vida.
O quanto isso é injusto? Muito. Talvez. A gente passa a vida cumprindo obrigações e fazendo coisas sem graça. Vamos pensar em coisas que nos dê algum prazer.
Cuidar de algo ou alguém é mágico. Ver o feijão brotar foi uma experiência curiosa. Até para medir e sentir como estamos ansiosos.
Enquanto o feijão era só um feijão dava uma certa agonia vê-lo ali no copinho sobre um punhado de papel.
Sim, usei papel, porque a Teka leu em algum lugar que fiapos do algodão grudam na planta e guardanapo era melhor.
Mas em cerca de uma semana ele começou a brotar. E foi engraçado. Ele quase foi pro lixo com os copos sujos de um jogo da Copa. Obrigado a tia Leila que salvou meu filhotinho. E até de inveja ele foi alvo.
Teve gente que até falou que meu feijão estava demorando pra brotar. Aí a agonia passou.
Pra que tudo tem que ser rápido e imediato? Deixa o celular apitar. Mania da humanidade querer saber mais que a natureza.
A tia Lorilei até disse que falou pra Adriana plantar um feijão no copinho e ver ele nascer quando ela estivesse muito nervosa ou estressada. Coisas da vida.
Até aprendemos algumas coisas sobre a vida. O feijão no meu copo brotou e cresceu mais rápido do que os do Gabriel. O zoião quis fazer o dele com dois.
Foi como se uma disputa tivesse acontecido. Ambos disputando os nutrientes. Uma verdadeira batalha por espaço e pela vida. Um teve que ceder. Um teve que abdicar para que o outro continuasse a existir.
E agora precisamos aprender sobre tempo de exposição do feijão no sol e sobre o transplante. Porque algumas horinhas no sol deixam as folhas amarelas, quase queimadas como se o pézinho fosse morrer. E em algum momento vou ter que passar a planta para um vasinho ou para o jardim.
Eu pensei que o feijão seria um bom projeto de audiovisual também. Filmar ou fotografar o desenvolvimento dele e depois editar um videozinho do processo tipo acelerando. Cheguei a tirar uma foto ou duas. Em fases distintas. Haveria desenhos de observação do feijão também.
Nada disso foi adiante. Demandava talento para desenhar, tempo, espaço virtual e um bom computador. Nada que eu disponha no momento. Vai ficar pro próximo feijão.
Porque agora eu tô nessas. Quero plantar um feijão branco e um feijão preto e fazer como o cara da biologia, com as ervilhas. Ver as diferentes características dos grãos e seus respectivos crescimentos.
Além do feijão eu tô plantando tomate cereja. O Henrique da Letícia disse que cresce fácil. E tem a chia e o pé de alface que eu tô torcendo pra vingar.
Queria que o Gabriel visse essa experiência, sem que fosse uma coisa da escola. Ele está crescendo e é engraçado pensar sobre isso.
A falta de consciência sobre o próprio crescimento. A formação da personalidade. Queria que ele pudesse ver a plantinha crescendo. E ele está meio que pirando nisso. Me ajuda a regar e tudo mais.
De dia das crianças ele quer um tablet. E eu teimo em querer dar um livro.
Então, acho que foi na mesma época mais ou menos, a Magê recebeu uns vasinhos com sementes de chia. E a Teka surgiu na redação com uma planta.
E eu acabei lembrando da experiência de plantar feijão num algodão. Uma coisa tão divertida e que eu talvez tenha feito apenas uma vez na vida.
O quanto isso é injusto? Muito. Talvez. A gente passa a vida cumprindo obrigações e fazendo coisas sem graça. Vamos pensar em coisas que nos dê algum prazer.
Cuidar de algo ou alguém é mágico. Ver o feijão brotar foi uma experiência curiosa. Até para medir e sentir como estamos ansiosos.
Enquanto o feijão era só um feijão dava uma certa agonia vê-lo ali no copinho sobre um punhado de papel.
Sim, usei papel, porque a Teka leu em algum lugar que fiapos do algodão grudam na planta e guardanapo era melhor.
Mas em cerca de uma semana ele começou a brotar. E foi engraçado. Ele quase foi pro lixo com os copos sujos de um jogo da Copa. Obrigado a tia Leila que salvou meu filhotinho. E até de inveja ele foi alvo.
Teve gente que até falou que meu feijão estava demorando pra brotar. Aí a agonia passou.
Pra que tudo tem que ser rápido e imediato? Deixa o celular apitar. Mania da humanidade querer saber mais que a natureza.
A tia Lorilei até disse que falou pra Adriana plantar um feijão no copinho e ver ele nascer quando ela estivesse muito nervosa ou estressada. Coisas da vida.
Até aprendemos algumas coisas sobre a vida. O feijão no meu copo brotou e cresceu mais rápido do que os do Gabriel. O zoião quis fazer o dele com dois.
Foi como se uma disputa tivesse acontecido. Ambos disputando os nutrientes. Uma verdadeira batalha por espaço e pela vida. Um teve que ceder. Um teve que abdicar para que o outro continuasse a existir.
E agora precisamos aprender sobre tempo de exposição do feijão no sol e sobre o transplante. Porque algumas horinhas no sol deixam as folhas amarelas, quase queimadas como se o pézinho fosse morrer. E em algum momento vou ter que passar a planta para um vasinho ou para o jardim.
Eu pensei que o feijão seria um bom projeto de audiovisual também. Filmar ou fotografar o desenvolvimento dele e depois editar um videozinho do processo tipo acelerando. Cheguei a tirar uma foto ou duas. Em fases distintas. Haveria desenhos de observação do feijão também.
Nada disso foi adiante. Demandava talento para desenhar, tempo, espaço virtual e um bom computador. Nada que eu disponha no momento. Vai ficar pro próximo feijão.
Porque agora eu tô nessas. Quero plantar um feijão branco e um feijão preto e fazer como o cara da biologia, com as ervilhas. Ver as diferentes características dos grãos e seus respectivos crescimentos.
Além do feijão eu tô plantando tomate cereja. O Henrique da Letícia disse que cresce fácil. E tem a chia e o pé de alface que eu tô torcendo pra vingar.
Queria que o Gabriel visse essa experiência, sem que fosse uma coisa da escola. Ele está crescendo e é engraçado pensar sobre isso.
A falta de consciência sobre o próprio crescimento. A formação da personalidade. Queria que ele pudesse ver a plantinha crescendo. E ele está meio que pirando nisso. Me ajuda a regar e tudo mais.
De dia das crianças ele quer um tablet. E eu teimo em querer dar um livro.
terça-feira, 22 de julho de 2014
A festa das festas
No começo parecia que seria incrível. Tinha tudo pra ser muito incrível. Ficamos um tempo planejando ela. E as coisas nunca pareciam estar prontas.
E de repente algo lá fora e aqui dentro aconteceu. Tava faltando dinheiro pra estudar, crescer, investir em outros sonhos e interesses. Muita grana pra algo que dura tão pouco.
Uma azia se abateu. Dias antes do regabofe, uma tensão, um mau-humor. A gente estava bem brochado.
Fazer aniversário é também ficar mais velho ao mesmo tempo que o passado está ali, esperando pra ser analisado, esmiuçado. E nosso modus operandi não é dos melhores.
Daí os convidados começaram a chegar e a festa começou a ficar incrível. Vamos gozar deste momento maravilhoso. Vamos aproveitar.
Só foi permitido se divertir. Viver o presente. Ferver. Deixar um pouco as responsabilidades de lado. Esquecer que o mundo existe e que acontecem coisas nele.
Demos tanta risadas. Há tempos não nos divertíamos assim. Convidados beberam, brindaram, dançaram. A música estava ótima. A interação também.
Teve gente que ajudou a dar um jeito na casa. Teve gente que se comportou mal. Até a polícia invejosa apareceu pra tentar acabar com a farra.
No geral, foi ótimo. E as coisas foram melhorando na festa das festas. A esperança de pegar alguém. Aquele alguém.
Aquela ilusão de conseguir segurar aquele bofe. Aquele amor que só surge a cada quatro anos.
Achando que mesmo sendo nosso aniversário a gente ia conseguir uma conquista amorosa com um xaveco furado.
E vimos se desmanchar no ar a vontade de abraçar, levantar e beijar aquela coisa fálica chamada taça.
Daí deu ruim, né. A ressaca veio antes do fim. Tivemos que sair de cena. Se retirar. Faltou luz. Desculpa, galera, mas bebi demais.
Me machuquei. Dei um mau jeito na coluna. Não aguentei. Dei bafão. Dormi na mesa. Fui retirado, carregado.
Não sei como, mas consegui dormir com a barulheira em casa. Tava precisando.
Como terminou eu não sei direito. Parecia que um vizinho ia levar, mas poucos estavam torcendo muito por ele.
No final foi um cara que tava ali, sentadinho e quietinho sem nem chamar tanto a atenção que fez toda a diferença.
Do que eu me lembro, foi ótimo. Cair e passar mal assim faz parte da vida. Por mim eu fazia outra festa dessas.
E de repente algo lá fora e aqui dentro aconteceu. Tava faltando dinheiro pra estudar, crescer, investir em outros sonhos e interesses. Muita grana pra algo que dura tão pouco.
Uma azia se abateu. Dias antes do regabofe, uma tensão, um mau-humor. A gente estava bem brochado.
Fazer aniversário é também ficar mais velho ao mesmo tempo que o passado está ali, esperando pra ser analisado, esmiuçado. E nosso modus operandi não é dos melhores.
Daí os convidados começaram a chegar e a festa começou a ficar incrível. Vamos gozar deste momento maravilhoso. Vamos aproveitar.
Só foi permitido se divertir. Viver o presente. Ferver. Deixar um pouco as responsabilidades de lado. Esquecer que o mundo existe e que acontecem coisas nele.
Demos tanta risadas. Há tempos não nos divertíamos assim. Convidados beberam, brindaram, dançaram. A música estava ótima. A interação também.
Teve gente que ajudou a dar um jeito na casa. Teve gente que se comportou mal. Até a polícia invejosa apareceu pra tentar acabar com a farra.
No geral, foi ótimo. E as coisas foram melhorando na festa das festas. A esperança de pegar alguém. Aquele alguém.
Aquela ilusão de conseguir segurar aquele bofe. Aquele amor que só surge a cada quatro anos.
Achando que mesmo sendo nosso aniversário a gente ia conseguir uma conquista amorosa com um xaveco furado.
E vimos se desmanchar no ar a vontade de abraçar, levantar e beijar aquela coisa fálica chamada taça.
Daí deu ruim, né. A ressaca veio antes do fim. Tivemos que sair de cena. Se retirar. Faltou luz. Desculpa, galera, mas bebi demais.
Me machuquei. Dei um mau jeito na coluna. Não aguentei. Dei bafão. Dormi na mesa. Fui retirado, carregado.
Não sei como, mas consegui dormir com a barulheira em casa. Tava precisando.
Como terminou eu não sei direito. Parecia que um vizinho ia levar, mas poucos estavam torcendo muito por ele.
No final foi um cara que tava ali, sentadinho e quietinho sem nem chamar tanto a atenção que fez toda a diferença.
Do que eu me lembro, foi ótimo. Cair e passar mal assim faz parte da vida. Por mim eu fazia outra festa dessas.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Hibern...Ação!
Hibernei neste final de semana. Maio que na expectativa geral era para ser mais leve que abril acabou sendo tão pesado quanto.
E foi um mês cheio de compromissos e atividades sociais. Começando com a parada gay. Então eu precisava ficar um pouco em casa.
Tava sentindo a necessidade de me aquietar, me enfiar debaixo das cobertas e ficar estático e parado, apenas vendo filmes.
Fiz até uma listinha num post-it. Como forma de sintetizar. E tinha que ser filme. Nada de séries, desenhos, novelas. Filme. E até que deu certo.
Não fosse Gabriel me puxando pra jogar video-game eu não teria qualquer tipo de contato com o resto da humanidade.
Comecei minha maratona com "Tomb Raider". Porque sim. Me deu ganas de assistir. E tem no Netflix.
Foi engraçado como eu lembrava muito de algumas partes (o cara pelado no banho, ela chegando de helicóptero na Sibéria) e não lembrava de outras.
Fora de ordem assisti "Um Estranho no Lago", "Easy A" (meu deos a Emma Stone), "Tomb Raider e a Origem da Vida", "GBF" "Wolverine" e "Zathura". Aliás esse último.
O que é "Zathura"? Como eu cheguei aos 27 anos sem ter assistido a esse filme antes nessa vida?
Tentei ainda engatar "Medianeras", mas estava cansado e dei umas pescadas monstruosas. No final do dia me permiti assistir desenhos e ler quadrinhos.
Por que eu tô escrevendo sobre isso? Achei curioso. Eu tô numa fase muito mais envolvido em assistir séries.
Foi bem esquisito parar para ver TV e acompanhar uma história de poucas horas com começo, meio e fim bem claros e desenvolvidos.
Me acostumei a entrar demais no drama de alguns personagens. De repente em uma hora e meia (pouco mais pouco menos, porque Wolverine tem mais de 2h) tudo estava resolvido.
Até a sequência de "Tomb Raider", por exemplo, tem pouco a ver com o primeiro filme.
Fiquei tentando entender o que há de tão diferente entre esses múltiplos formatos.
Em que ponto o roteiro de uma série consegue ser mais espaçado? A TV tem um estilo de te segurar, vender. O final do episódio tem que ser bom pra te fazer voltar pro sofá na próxima semana.
Dá mais tempo para acompanhar a evolução dos personagens. E parece que temos uma variedade maior de assuntos a desenvolver.
Filme já precisa pescar toda sua atenção por um tempo mais direto. De certa forma todos meio que seguem o esquema "apresentação > turning point > drama > resolução > clímax > fim".
É ok. É justo. Mas também não é só isso. A edição. Os cortes, o estilo da câmera. Tudo isso também conta na hora em que a gente reconhece que estamos diante de um filme ou uma série ou etc.
Já na segunda, por exemplo fui assistir "Do Lado de Fora". Filme. Com a Silvetty e o André Bankoff. Mas é o Marcello Airoldi quem segura a trama, talvez por ser mais experiente como ator.
A história é meio qualquer coisinha. E cheia de clichês que fazem ele bem superficial ("bicha sofre nesse país". "queria que um marciano viesse com um raio pra transformar os preconceituosos desse país em perereca").
Mas ó. Não é uma crítica. Só uma constatação. "Do Lado de Fora" é uma comédia leve. Bem leve. Tanto que sua tentativa de fazer drama acaba fazendo rir.
Mostra o problema, aborda, mas não problematiza a questão. Não cria empatia, não promove catarse. Não que precisasse também. Não era o foco. Não devia ser a intenção.
Vale por ser uma comédia assumidamente gay, pela atuação da Titi Müller, da Silvetty. É de chorar de rir em algumas cenas.
Talvez valesse desmembrar como série. Aprofundar o drama de alguns personagens. Seria algo bastante rico.
Assim como "Hoje eu Quero Voltar Sozinho". O longa que nasceu como curta e fez bastante sucesso na internet, podia ganhar um spin-off. Virar uma série da GNT talvez.
Trama tem. Assistir a adolescência desses personagens foi uma delícia. Vê-los amadurecendo seria um privilégio. Viu universo, fica a dica.
Espero poder hibernar mais um pouco neste mês e assistir novos filmes em breve. Afinal, ficaram faltando "A Papisa Joana", "O Banheiro do Papa", "Medianeras" e "Na Estrada". Que foi o que coube no post-it.
E foi um mês cheio de compromissos e atividades sociais. Começando com a parada gay. Então eu precisava ficar um pouco em casa.
Tava sentindo a necessidade de me aquietar, me enfiar debaixo das cobertas e ficar estático e parado, apenas vendo filmes.
Fiz até uma listinha num post-it. Como forma de sintetizar. E tinha que ser filme. Nada de séries, desenhos, novelas. Filme. E até que deu certo.
Não fosse Gabriel me puxando pra jogar video-game eu não teria qualquer tipo de contato com o resto da humanidade.
Comecei minha maratona com "Tomb Raider". Porque sim. Me deu ganas de assistir. E tem no Netflix.
Foi engraçado como eu lembrava muito de algumas partes (o cara pelado no banho, ela chegando de helicóptero na Sibéria) e não lembrava de outras.
Fora de ordem assisti "Um Estranho no Lago", "Easy A" (meu deos a Emma Stone), "Tomb Raider e a Origem da Vida", "GBF" "Wolverine" e "Zathura". Aliás esse último.
O que é "Zathura"? Como eu cheguei aos 27 anos sem ter assistido a esse filme antes nessa vida?
Tentei ainda engatar "Medianeras", mas estava cansado e dei umas pescadas monstruosas. No final do dia me permiti assistir desenhos e ler quadrinhos.
Por que eu tô escrevendo sobre isso? Achei curioso. Eu tô numa fase muito mais envolvido em assistir séries.
Foi bem esquisito parar para ver TV e acompanhar uma história de poucas horas com começo, meio e fim bem claros e desenvolvidos.
Me acostumei a entrar demais no drama de alguns personagens. De repente em uma hora e meia (pouco mais pouco menos, porque Wolverine tem mais de 2h) tudo estava resolvido.
Até a sequência de "Tomb Raider", por exemplo, tem pouco a ver com o primeiro filme.
Fiquei tentando entender o que há de tão diferente entre esses múltiplos formatos.
Em que ponto o roteiro de uma série consegue ser mais espaçado? A TV tem um estilo de te segurar, vender. O final do episódio tem que ser bom pra te fazer voltar pro sofá na próxima semana.
Dá mais tempo para acompanhar a evolução dos personagens. E parece que temos uma variedade maior de assuntos a desenvolver.
Filme já precisa pescar toda sua atenção por um tempo mais direto. De certa forma todos meio que seguem o esquema "apresentação > turning point > drama > resolução > clímax > fim".
É ok. É justo. Mas também não é só isso. A edição. Os cortes, o estilo da câmera. Tudo isso também conta na hora em que a gente reconhece que estamos diante de um filme ou uma série ou etc.
Já na segunda, por exemplo fui assistir "Do Lado de Fora". Filme. Com a Silvetty e o André Bankoff. Mas é o Marcello Airoldi quem segura a trama, talvez por ser mais experiente como ator.
A história é meio qualquer coisinha. E cheia de clichês que fazem ele bem superficial ("bicha sofre nesse país". "queria que um marciano viesse com um raio pra transformar os preconceituosos desse país em perereca").
Mas ó. Não é uma crítica. Só uma constatação. "Do Lado de Fora" é uma comédia leve. Bem leve. Tanto que sua tentativa de fazer drama acaba fazendo rir.
Mostra o problema, aborda, mas não problematiza a questão. Não cria empatia, não promove catarse. Não que precisasse também. Não era o foco. Não devia ser a intenção.
Vale por ser uma comédia assumidamente gay, pela atuação da Titi Müller, da Silvetty. É de chorar de rir em algumas cenas.
Talvez valesse desmembrar como série. Aprofundar o drama de alguns personagens. Seria algo bastante rico.
Assim como "Hoje eu Quero Voltar Sozinho". O longa que nasceu como curta e fez bastante sucesso na internet, podia ganhar um spin-off. Virar uma série da GNT talvez.
Trama tem. Assistir a adolescência desses personagens foi uma delícia. Vê-los amadurecendo seria um privilégio. Viu universo, fica a dica.
Espero poder hibernar mais um pouco neste mês e assistir novos filmes em breve. Afinal, ficaram faltando "A Papisa Joana", "O Banheiro do Papa", "Medianeras" e "Na Estrada". Que foi o que coube no post-it.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Atirar primeiro
Acabou de acontecer na timeline. No horóscopo de hoje a Barbara Abramo dizia que a Lua Nova em Gêmeos sinaliza fortalecimento das oposições ao governo Dilma nos próximos dias.
A turma que não costuma ler o horóscopo diariamente estranhou. E começou a achincalhar. Mídia golpista. Olha lá. Tá vendo. #FolhaMente.
Passado fiquei eu com tudo isso. Calma caras. Ela sempre publica coisas nessa linha. Mas a galera do deboche que não acompanha as previsões preferiu julgar.
É que eu sou um entusiasta, um curioso da astrologia e de vez em quando tento entender um pouquinho dessas coisas.
Sei que tem planetas que regem o governo, assim como tem planeta que rege as comunicações, as brigas e etc. A afirmação das oposições fortalecidas deve ter vindo daí.
Foi igual a Tati Bernardi, quando o texto sobre as profissões que mais comem mulher virou ~polêmica. Ninguém nunca tinha lido um texto dela antes aparentemente. E já fazia alguns meses que ela tava escrevendo na Folha.
Daí claro, a patrulha aumentou. E cada linha deselegante que Tati escreveu foi parar na boca de Matilde ou no mural dela no Facebook.
Até o Jairo Marques foi alvo esses dias quando publicou o texto do namorado da Miss Bumbum. Ele sempre chamou deficientes de malacabados. Mas nossa foi uma avalanche de gente falando mal.
Sei lá, a Folha tá longe de ser santa. Tem seus defeitos e suas qualidades como qualquer veículo ou qualquer um de nós aqui, na vida real.
Mas esses linchamentos todos, virtuais ou não, são bastante preocupantes. A vida está valendo pouco. O respeito está valendo menos ainda. A educação também não importa.
Só o que importa é ter razão. Só o que importa é estar certo. E mostrar isso por meio da força. É muito mais fácil atirar primeiro. Não é isso que tem rolado nos protestos da vida?
Não é assim que se extermina a população jovem e negra na periferia? Não é essa a postura da polícia que a gente sempre critica?
E não é que de repente estamos fazendo exatamente igual. No calor do momento você não diferencia ninguém e atira até em velhinha.
Não sei se tem como resolver isso, mas acho que um bom começo é apontar o fato e de repente se permitir dar risada. Julgar menos.
Agir menos com a cabeça quente. Talvez esses tumblrs bem humorados (como o Só no Brazil e o Com o PT hoje é melhor) que têm surgido esses dias sejam uma boa resposta a isso tudo.
Dessa onda ranzinza que domina a internet de que tudo que é ruim só existe no Brasil e de que os petralhas estão construindo uma ditadura comunista. Por deus.
Talvez a solução seja mesmo dançar um tango argentino. Tanta informação. Nunca estivemos tão desinformados.
A turma que não costuma ler o horóscopo diariamente estranhou. E começou a achincalhar. Mídia golpista. Olha lá. Tá vendo. #FolhaMente.
Passado fiquei eu com tudo isso. Calma caras. Ela sempre publica coisas nessa linha. Mas a galera do deboche que não acompanha as previsões preferiu julgar.
É que eu sou um entusiasta, um curioso da astrologia e de vez em quando tento entender um pouquinho dessas coisas.
Sei que tem planetas que regem o governo, assim como tem planeta que rege as comunicações, as brigas e etc. A afirmação das oposições fortalecidas deve ter vindo daí.
Foi igual a Tati Bernardi, quando o texto sobre as profissões que mais comem mulher virou ~polêmica. Ninguém nunca tinha lido um texto dela antes aparentemente. E já fazia alguns meses que ela tava escrevendo na Folha.
Daí claro, a patrulha aumentou. E cada linha deselegante que Tati escreveu foi parar na boca de Matilde ou no mural dela no Facebook.
Até o Jairo Marques foi alvo esses dias quando publicou o texto do namorado da Miss Bumbum. Ele sempre chamou deficientes de malacabados. Mas nossa foi uma avalanche de gente falando mal.
Sei lá, a Folha tá longe de ser santa. Tem seus defeitos e suas qualidades como qualquer veículo ou qualquer um de nós aqui, na vida real.
Mas esses linchamentos todos, virtuais ou não, são bastante preocupantes. A vida está valendo pouco. O respeito está valendo menos ainda. A educação também não importa.
Só o que importa é ter razão. Só o que importa é estar certo. E mostrar isso por meio da força. É muito mais fácil atirar primeiro. Não é isso que tem rolado nos protestos da vida?
Não é assim que se extermina a população jovem e negra na periferia? Não é essa a postura da polícia que a gente sempre critica?
E não é que de repente estamos fazendo exatamente igual. No calor do momento você não diferencia ninguém e atira até em velhinha.
Não sei se tem como resolver isso, mas acho que um bom começo é apontar o fato e de repente se permitir dar risada. Julgar menos.
Agir menos com a cabeça quente. Talvez esses tumblrs bem humorados (como o Só no Brazil e o Com o PT hoje é melhor) que têm surgido esses dias sejam uma boa resposta a isso tudo.
Dessa onda ranzinza que domina a internet de que tudo que é ruim só existe no Brasil e de que os petralhas estão construindo uma ditadura comunista. Por deus.
Talvez a solução seja mesmo dançar um tango argentino. Tanta informação. Nunca estivemos tão desinformados.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Balanceamento
Eu me fodi. Mas quem é que não anda se fodendo hoje em dia?
Eu me irritei. Mas quem é que não anda se irritando hoje em dia?
Era para ser um dia de folga e descanso, mas foi uma noite mal dormida, cheia de dor de ouvido. Eu sou o rei da otite pelo visto.
Todo ano, com exceção de 2013, numa mesma época, eu fico meio gripado, funguento e ganho uma bela infecção devido a catarro que gruda no tímpano eu acho.
Dessa vez tudo veio mais cedo. A saúde é uma coisa que não anda boa neste 2014. E a folga virou uma ida ao médico interrompida por uma greve de ônibus.
Eu poderia ser até personagem de jornal se não tivesse trabalhando em um. Risos.
Com tudo parado fiquei com medo de pegar o metrô cheio. E pegar o metrô e voltar pra casa e continuar com a dor de ouvido. Andei do viaduto Alcântara Machado até a Itamaracá, onde peguei a lotação para ir ao Cema.
No caminho encontrei a Patty e a Vanessa, que já foi da Folha. Chegar ao Cema pelo Tatuapé não era tão demorado afinal de contas. A consulta não demorou quase nada. Quase certeza que o médico era gay.
Vai ver por isso ele me receitou remédios tão caros. E a gente vai ter que passar mais uma quinzena no osso. Na volta ainda comprei figurinhas porque aparentemente #vaitercopasim
Fiquei pensando no sentido disso tudo. Deve ser pra balancear. Explico. Semana passada quase tudo deu certo. Umas compras que eu fiz, chegaram.
O cabo do adaptador de HDMI para Iphone e três livros (um que estava esgotado, e dois que tudo indica que nunca chegariam). A maré de sorte tava tão boa que eu estava esperando uma coisa dar errado.
Na sexta, por problemas de esquecimentos de documentos eu não pude entregar meu exame de urina 24h. E pior do que fazer esse exame, é ter que refazê-lo.
Mas é a vida. Esses dias não estão fáceis. Daqui até o final do ano a coisa degringola. Todo mundo se fodendo, todo mundo se irritando e a gente vai levando.
Eu me irritei. Mas quem é que não anda se irritando hoje em dia?
Era para ser um dia de folga e descanso, mas foi uma noite mal dormida, cheia de dor de ouvido. Eu sou o rei da otite pelo visto.
Todo ano, com exceção de 2013, numa mesma época, eu fico meio gripado, funguento e ganho uma bela infecção devido a catarro que gruda no tímpano eu acho.
Dessa vez tudo veio mais cedo. A saúde é uma coisa que não anda boa neste 2014. E a folga virou uma ida ao médico interrompida por uma greve de ônibus.
Eu poderia ser até personagem de jornal se não tivesse trabalhando em um. Risos.
Com tudo parado fiquei com medo de pegar o metrô cheio. E pegar o metrô e voltar pra casa e continuar com a dor de ouvido. Andei do viaduto Alcântara Machado até a Itamaracá, onde peguei a lotação para ir ao Cema.
No caminho encontrei a Patty e a Vanessa, que já foi da Folha. Chegar ao Cema pelo Tatuapé não era tão demorado afinal de contas. A consulta não demorou quase nada. Quase certeza que o médico era gay.
Vai ver por isso ele me receitou remédios tão caros. E a gente vai ter que passar mais uma quinzena no osso. Na volta ainda comprei figurinhas porque aparentemente #vaitercopasim
Fiquei pensando no sentido disso tudo. Deve ser pra balancear. Explico. Semana passada quase tudo deu certo. Umas compras que eu fiz, chegaram.
O cabo do adaptador de HDMI para Iphone e três livros (um que estava esgotado, e dois que tudo indica que nunca chegariam). A maré de sorte tava tão boa que eu estava esperando uma coisa dar errado.
Na sexta, por problemas de esquecimentos de documentos eu não pude entregar meu exame de urina 24h. E pior do que fazer esse exame, é ter que refazê-lo.
Mas é a vida. Esses dias não estão fáceis. Daqui até o final do ano a coisa degringola. Todo mundo se fodendo, todo mundo se irritando e a gente vai levando.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Metaforicamente
Eu poderia começar esse texto dizendo que eu queria ter mais tempo. Mas eu ando chegando à conclusão de que na medida do possível tenho feito do meu tempo aquilo que eu gostaria.
Médio. Ainda falta muito. O que eu tenho vontade de fazer? Mais. Bem mais.
Há um tempo que venho pensando numa frase/meme que rolou na timelaje. "You have as many hours in a day as Beyoncé". Você tem tantas horas num dia como a Beyoncé.
É isso.
A gente reclama, chora, sofre, lamenta. Fica de mimimi. E se deixa abater pela imposição da rotina.
Já se passaram seis meses desse ano. O que eu tenho vontade de fazer? Mais. Bem mais.
Eu sonho com o meu nomezinho no meio literário e minha capa da Ilustrada após meu primeiro Jabuti, mas não tenho escrito uma linha do romance que marcará minha geração e minha brilhante carreira literária.
Eu quero perder barriga, pra sempre, mas deixei de ir muitos dias no primeiro mês da academia. Pelo menos isso eu tô tentando arrumar.
Resolvi adotar uma nova rotina e dar um tempo no Facebook. Deletei o aplicativo do iPhone, pra não perder mais tempo "me atualizando".
Quase nada de importante, relevante e especial nos murais alheios mesmo. Tem funcionado.
Adotei há alguns dias essa frase da Beyoncé como motivacional. E tenho me perguntado diante de algumas situações: o que Beyoncé faria? Achei que era uma boa metáfora.
Penso que certamente ela não ficaria de chororô nessa vida. E sim. Ela é incrível, talentosa, rica. Tem facilidades que nós mortais não temos.
Mas o foco não é bem esse certo? É sobre otimizar nosso tempo fazendo nossa vida melhor, certo?
Vamos seguir o passo desta maravilha. É uma tentativa de fazer cada horinha do dia valer a pena. Cuidar da saúde. Da mente e do corpo. Fazer meus projetos engrenarem e investir a energia no que importa.
Acho que esse pode ser o segredo do sucesso. Uma certa dose de maravilhosidade, um pouco de suor, sacrifício e foco. Acho que é isso. Vou lá. Ficar rica, linda e magra, igualzinho minha nova musa inspiradora. Mesmo que seja metaforicamente.
Médio. Ainda falta muito. O que eu tenho vontade de fazer? Mais. Bem mais.
Há um tempo que venho pensando numa frase/meme que rolou na timelaje. "You have as many hours in a day as Beyoncé". Você tem tantas horas num dia como a Beyoncé.
É isso.
A gente reclama, chora, sofre, lamenta. Fica de mimimi. E se deixa abater pela imposição da rotina.
Já se passaram seis meses desse ano. O que eu tenho vontade de fazer? Mais. Bem mais.
Eu sonho com o meu nomezinho no meio literário e minha capa da Ilustrada após meu primeiro Jabuti, mas não tenho escrito uma linha do romance que marcará minha geração e minha brilhante carreira literária.
Eu quero perder barriga, pra sempre, mas deixei de ir muitos dias no primeiro mês da academia. Pelo menos isso eu tô tentando arrumar.
Resolvi adotar uma nova rotina e dar um tempo no Facebook. Deletei o aplicativo do iPhone, pra não perder mais tempo "me atualizando".
Quase nada de importante, relevante e especial nos murais alheios mesmo. Tem funcionado.
Adotei há alguns dias essa frase da Beyoncé como motivacional. E tenho me perguntado diante de algumas situações: o que Beyoncé faria? Achei que era uma boa metáfora.
Penso que certamente ela não ficaria de chororô nessa vida. E sim. Ela é incrível, talentosa, rica. Tem facilidades que nós mortais não temos.
Mas o foco não é bem esse certo? É sobre otimizar nosso tempo fazendo nossa vida melhor, certo?
Vamos seguir o passo desta maravilha. É uma tentativa de fazer cada horinha do dia valer a pena. Cuidar da saúde. Da mente e do corpo. Fazer meus projetos engrenarem e investir a energia no que importa.
Acho que esse pode ser o segredo do sucesso. Uma certa dose de maravilhosidade, um pouco de suor, sacrifício e foco. Acho que é isso. Vou lá. Ficar rica, linda e magra, igualzinho minha nova musa inspiradora. Mesmo que seja metaforicamente.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Mais estranha que a ficção
Tá tudo meio estranho. Parece que o mundo está meio fora do eixo. Mataram a mulher. Todos preocupados com as coisas erradas, ao contrário.
Esses dias eu li uma entrevista do Marcello Novaes para a "Revista da TV" d'"O Globo" por causa do final "Além do Horizonte". Lá ele falava sobre as mudanças de seu personagem ao longo da novela.
Em seu primeiro vilão logo após o Max de "Avenida Brasil", Novaes disse ter composto um personagem mais contido, menos expansivo, sem tantos gestos e trejeitos.
Por conta da classificação etária alguns ajustes tiveram que ser feitos no tal vilão. Ele não poderia usar armas e falar palavrão. Muda de canal.
"Cidade Alerta". Um policial civil matou a namorada no meio da rua. Ele algemou a menina durante uma discussão. Algumas pessoas tentaram intervir, mas ele ameaçava quem chegava com a arma.
Ele atirou na cabeça da moça. Bang. E depois atirou em si. Seis horas da tarde. E mesmo embaçada a imagem era exibida à exaustão pelo "jornalístico". Tá certo?
Fiquei mal, não tive estomago pra continuar vendo o programa esse dia. Porra. De vez em quando preciso acompanhar o "Cidade Alerta" por causa de trabalho. Mas a pauta esse dia não era necessária.
E fiquei pensando se não tem algo muito errado nesse programa ir ao ar essa hora e a novela ter que se adequar pra entrar na classificação x do ministério y. Quem regula isso?
O Gabriel me veio com umas histórias de bandidos fugindo e tomando tiros como se tivesse acontecido no meu bairro, na minha rua, com a irmã dele. Um papo típico de quem assiste esse tipo de programa.
Não me pareceu muito apropriado. Falta ainda amadurecimento pra ele separar o que ele vê na TV com o que acontece do lado de cá da tela.
Uma novela é muito mais atrativa pra uma criança do que um noticiário. Mas há gente que não liga muito pro que é ou não apropriado que as crianças assistam.
Há muito tempo que quadrinhos da turma da Mônica não exibem armas, tipo revólver, em suas páginas. Em desenhos antigos o Pernalonga tomava vários tiros do Eufrazino e se vestia de mulher.
Eu tive uma ou duas arminhas d'água meio clandestinas quando era criança. Minha mãe não achava que arma era brinquedo pra criança. Eu cresci e agora sou mulher tô aqui. Sem traumas e danos.
Tá rolando uma onda politicamente correta falsa e hipócrita? Por que a novela não pode e o "Cidade Alerta" pode?
A novela pelo meno não visa exclusivamente a audiência e o programa usa e abusa de determinadas técnicas a fim de aumentá-la. Os últimos recursos são uns bonecos animados estilo Dollynho de um camburão e da repórter gordinha.
Isso sem falar da repetição infinita das mesmas cenas que acabam gerando um clima de paranoia coletiva em relação a violência urbana entre a classes C e D que já vivem nas perifas nada seguras do país.
Como dosar isso quando um policial mata a namorada e depois se mata em horário nobre? Como dosar isso quando a realidade é mais estranha e bizarra que a ficção?
Esses dias eu li uma entrevista do Marcello Novaes para a "Revista da TV" d'"O Globo" por causa do final "Além do Horizonte". Lá ele falava sobre as mudanças de seu personagem ao longo da novela.
Em seu primeiro vilão logo após o Max de "Avenida Brasil", Novaes disse ter composto um personagem mais contido, menos expansivo, sem tantos gestos e trejeitos.
Por conta da classificação etária alguns ajustes tiveram que ser feitos no tal vilão. Ele não poderia usar armas e falar palavrão. Muda de canal.
"Cidade Alerta". Um policial civil matou a namorada no meio da rua. Ele algemou a menina durante uma discussão. Algumas pessoas tentaram intervir, mas ele ameaçava quem chegava com a arma.
Ele atirou na cabeça da moça. Bang. E depois atirou em si. Seis horas da tarde. E mesmo embaçada a imagem era exibida à exaustão pelo "jornalístico". Tá certo?
Fiquei mal, não tive estomago pra continuar vendo o programa esse dia. Porra. De vez em quando preciso acompanhar o "Cidade Alerta" por causa de trabalho. Mas a pauta esse dia não era necessária.
E fiquei pensando se não tem algo muito errado nesse programa ir ao ar essa hora e a novela ter que se adequar pra entrar na classificação x do ministério y. Quem regula isso?
O Gabriel me veio com umas histórias de bandidos fugindo e tomando tiros como se tivesse acontecido no meu bairro, na minha rua, com a irmã dele. Um papo típico de quem assiste esse tipo de programa.
Não me pareceu muito apropriado. Falta ainda amadurecimento pra ele separar o que ele vê na TV com o que acontece do lado de cá da tela.
Uma novela é muito mais atrativa pra uma criança do que um noticiário. Mas há gente que não liga muito pro que é ou não apropriado que as crianças assistam.
Há muito tempo que quadrinhos da turma da Mônica não exibem armas, tipo revólver, em suas páginas. Em desenhos antigos o Pernalonga tomava vários tiros do Eufrazino e se vestia de mulher.
Eu tive uma ou duas arminhas d'água meio clandestinas quando era criança. Minha mãe não achava que arma era brinquedo pra criança. Eu cresci e agora
Tá rolando uma onda politicamente correta falsa e hipócrita? Por que a novela não pode e o "Cidade Alerta" pode?
A novela pelo meno não visa exclusivamente a audiência e o programa usa e abusa de determinadas técnicas a fim de aumentá-la. Os últimos recursos são uns bonecos animados estilo Dollynho de um camburão e da repórter gordinha.
Isso sem falar da repetição infinita das mesmas cenas que acabam gerando um clima de paranoia coletiva em relação a violência urbana entre a classes C e D que já vivem nas perifas nada seguras do país.
Como dosar isso quando um policial mata a namorada e depois se mata em horário nobre? Como dosar isso quando a realidade é mais estranha e bizarra que a ficção?
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Dicas para uma boa Parada Gay
Todo ano é a mesma coisa. Todo ano tem Parada Gay.
Todo ano eu me envergonho. De vocês. Que não aprendem. Nem com os próprios erros, nem com o dos outros.
Olha. Ahpaputaquepariu vocês.
Vamos começar do começo. A Parada is suposed to be um dia de festa, de celebração, de alegria e felicidade.
É pra se jogar, dar pinta, tirar a camisa. Beijar, protestar e o que mais o tempo a imaginação e os cantinhos permitirem :).
Só que a Parada é um evento de multidão. Não é uma festa seleta para você e sua meia dúzia de amigos. E isso pode ser complicado além de gerar problemas.
Pensando nisso e na minha experiência de anos de Parada e no próprio manual desenvolvido pela APOGBT desenvolvi umas dicas aqui pra vocês.
Obrigado, de nada.
1. Não leve celular. Olha. Guarde a vontade incontrolável de tirar selfies over selfies em casa e vá sem o seu iPhone. Se deusolivre você sofrer uma tentativa de furto, você pode ficar tranquilo porque seu telefone estará em segurança. Ficar sem celular é ruim, eu sei. Mas são só algumas horas. Você não vai morrer por isso. De repente é até bom o detox e quem sabe você não diminui o uso e a importância do aparelhinho na sua vida. Também não precisa ficar caçando no Grindr. A parada é o Grindr da vida real. Alooocka.
2. Chegue cedo. Vale super a pena. A concentração é uma das horas mais divertidas da Parada. Começa as 10h, mas chegar por volta das 11h está de bom tamanho. É tudo mais tranquilo. Não tem tanta música nem tanta gente alcoolizada. Dá pra curtir, tirar aquelas fotos com as drags que eu sei que vocês amam. Dá tempo de comer um lanche (não muito pesado). E se começar a muvucar, é só vazar. Sem peso na consciência e sem grandes traumas.
3. Seja prático. Já que você estará sem o celular, seja prático e objetivo. Marque com seus amigos em um único lugar. E evitem chegar atrasados. Aqui vale um parênteses de focar em no máximo 6 amigos. Eu sou chato. Tenho preguiça de pessoas e não gosto de viver em sociedade. Se você vai de excursão numa parada você perde um grande tempo esperando pessoas. Isso já aconteceu comigo. E não me deixa nem um pouco feliz. Imagina. 40 pessoas dum mesmo grupo. Um briga com o namorado, outro precisa ir no banheiro, outra arruma uma namorada, faltam cinco pessoas pra chegar e cada uma delas vem com um amigo e um amigo de um amigo que está chegando. Puta que pariu. Próprio inferno na terra isso. Se joga na Paulista e vai ser feliz.
4. Vá de metrô que é mais prático, rápido e barato. Carregue a porra do seu bilhete único. Ou tenha uns passes reservas para a volta. E leve dinheiro trocado. Lembre-se que os ambulantes não aceitam cartão. E trocar 20, 50 dilmas pode dar um trabalho do caralho, fora que o tiozinho pode dar o troco pra alguém errado, alguém roubar você e etc. E já que falamos em ambulantes o próximo item é:
5. Não beba. Quer dizer. Beba. Mas não beba aquela porcaria daquele vinho nojento. Mesmo que você tenha 17 anos. Vai por mim. Você não precisa passar por isso. Eu já estive lá. Vá de cerveja. Tenta ir de vodka. Sakê quase não tem gosto e deixa bêbado. É mais caro, mas sobe mais rápido e é menos feio. Ficar com a boca roxa nesses eventos é tão mais tão nojento que só agradecendo muito ao universo caso alguém beije você. Fora que essa merda desse vinho faz babar. Não tem um filho da puta que não bebe essa porcaria que não fica também com a roupa manchada daquela coisa roxa química.
6. Por fim a última mas não menos importante das dicas é: divirta-se!
Todo ano eu me envergonho. De vocês. Que não aprendem. Nem com os próprios erros, nem com o dos outros.
Olha. Ahpaputaquepariu vocês.
Vamos começar do começo. A Parada is suposed to be um dia de festa, de celebração, de alegria e felicidade.
É pra se jogar, dar pinta, tirar a camisa. Beijar, protestar e o que mais o tempo a imaginação e os cantinhos permitirem :).
Só que a Parada é um evento de multidão. Não é uma festa seleta para você e sua meia dúzia de amigos. E isso pode ser complicado além de gerar problemas.
Pensando nisso e na minha experiência de anos de Parada e no próprio manual desenvolvido pela APOGBT desenvolvi umas dicas aqui pra vocês.
Obrigado, de nada.
1. Não leve celular. Olha. Guarde a vontade incontrolável de tirar selfies over selfies em casa e vá sem o seu iPhone. Se deusolivre você sofrer uma tentativa de furto, você pode ficar tranquilo porque seu telefone estará em segurança. Ficar sem celular é ruim, eu sei. Mas são só algumas horas. Você não vai morrer por isso. De repente é até bom o detox e quem sabe você não diminui o uso e a importância do aparelhinho na sua vida. Também não precisa ficar caçando no Grindr. A parada é o Grindr da vida real. Alooocka.
2. Chegue cedo. Vale super a pena. A concentração é uma das horas mais divertidas da Parada. Começa as 10h, mas chegar por volta das 11h está de bom tamanho. É tudo mais tranquilo. Não tem tanta música nem tanta gente alcoolizada. Dá pra curtir, tirar aquelas fotos com as drags que eu sei que vocês amam. Dá tempo de comer um lanche (não muito pesado). E se começar a muvucar, é só vazar. Sem peso na consciência e sem grandes traumas.
3. Seja prático. Já que você estará sem o celular, seja prático e objetivo. Marque com seus amigos em um único lugar. E evitem chegar atrasados. Aqui vale um parênteses de focar em no máximo 6 amigos. Eu sou chato. Tenho preguiça de pessoas e não gosto de viver em sociedade. Se você vai de excursão numa parada você perde um grande tempo esperando pessoas. Isso já aconteceu comigo. E não me deixa nem um pouco feliz. Imagina. 40 pessoas dum mesmo grupo. Um briga com o namorado, outro precisa ir no banheiro, outra arruma uma namorada, faltam cinco pessoas pra chegar e cada uma delas vem com um amigo e um amigo de um amigo que está chegando. Puta que pariu. Próprio inferno na terra isso. Se joga na Paulista e vai ser feliz.
4. Vá de metrô que é mais prático, rápido e barato. Carregue a porra do seu bilhete único. Ou tenha uns passes reservas para a volta. E leve dinheiro trocado. Lembre-se que os ambulantes não aceitam cartão. E trocar 20, 50 dilmas pode dar um trabalho do caralho, fora que o tiozinho pode dar o troco pra alguém errado, alguém roubar você e etc. E já que falamos em ambulantes o próximo item é:
5. Não beba. Quer dizer. Beba. Mas não beba aquela porcaria daquele vinho nojento. Mesmo que você tenha 17 anos. Vai por mim. Você não precisa passar por isso. Eu já estive lá. Vá de cerveja. Tenta ir de vodka. Sakê quase não tem gosto e deixa bêbado. É mais caro, mas sobe mais rápido e é menos feio. Ficar com a boca roxa nesses eventos é tão mais tão nojento que só agradecendo muito ao universo caso alguém beije você. Fora que essa merda desse vinho faz babar. Não tem um filho da puta que não bebe essa porcaria que não fica também com a roupa manchada daquela coisa roxa química.
6. Por fim a última mas não menos importante das dicas é: divirta-se!
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Cancelado
Quer cancelar? Então tá. Cancelado.
Pã.
Meu mundo caiu. Não sou tão especial como eu sempre acreditei.
Explico-me. Meu cartão de crédito. Sua fatura. Meu cristo. Milhões de vezes de vinte milhões de reais.
Um dinheiro que dá uns 3 ou 4 livros, uma meia dúzia de fardo de cervejas. Um dinheiro que não tá rolando de dar pro Itaú, sabe.
Então eu liguei pra cancelar. Por qual motivo senhor? A anuidade. Não quero mais pagar. Vieram os argumentos.
É a taxa de manutenção do prestígio e do privilégio. Ah pro escambau. Meu cu, sabe. Apelei. Então. Estou seguindo uma nova religião, me desfazendo de bens materiais e investindo na minha riqueza espiritual.
Foi bom que o senhor tocou nesse assunto porque o cartão pode servir para um momento de necessidade. Por exemplo, uma geladeira é uma necessidade hoje?
Hahahahaha
Até onde eu sei tá tudo bem com a minha geladeira. E mudar de casa é uma questão adiada por tempo indeterminado. O jeito é ficar na casa dos meus pais. Sufocando o sonho do gato próprio.
Não. Eu não penso em comprar uma geladeira tão já. E fiquei esperando que ele fosse "consultar o surpevisor" e falar que me daria 25%, 50%, 75% de desconto até me presentear com a aniquilação da anuidade.
Mas não. Igual a você eu já tracei mais de cem. E foi assim que meu cartão de crédito internacional foi cancelado. Sem choro nem vela. Sem pedidos de joelho para que eu ficasse com ele.
Na hora eu mantive a firmeza, mas quis chorar ao ver meus projetos se despedaçando. Minhas compras na Amazon no segundo semestre ou quando o dólar abaixar foram postergadas.
E tudo que eu desejo são uns brinquedos, uns livros, uns jogos. Coisas bem distantes de uma geladeira. Mas pra isso eu preciso guardar o dinheiro que eu pagaria em anuidade.
Apesar do choque inicial, o saldo final foi positivo. Desde ontem eu sou uma pessoa que tem limitadas suas opções de gastos ou investimentos em supérfluos de primeira necessidade.
Um dos objetivos desse ano é economizar e, se a gente não está falhando miseravelmente, não estamos um verdadeiro prodígio nessa arte.
De repente já estamos no meio do ano e precisamos intensificar esses objetivos pra fazer valer.
Pã.
Meu mundo caiu. Não sou tão especial como eu sempre acreditei.
Explico-me. Meu cartão de crédito. Sua fatura. Meu cristo. Milhões de vezes de vinte milhões de reais.
Um dinheiro que dá uns 3 ou 4 livros, uma meia dúzia de fardo de cervejas. Um dinheiro que não tá rolando de dar pro Itaú, sabe.
Então eu liguei pra cancelar. Por qual motivo senhor? A anuidade. Não quero mais pagar. Vieram os argumentos.
É a taxa de manutenção do prestígio e do privilégio. Ah pro escambau. Meu cu, sabe. Apelei. Então. Estou seguindo uma nova religião, me desfazendo de bens materiais e investindo na minha riqueza espiritual.
Foi bom que o senhor tocou nesse assunto porque o cartão pode servir para um momento de necessidade. Por exemplo, uma geladeira é uma necessidade hoje?
Hahahahaha
Até onde eu sei tá tudo bem com a minha geladeira. E mudar de casa é uma questão adiada por tempo indeterminado. O jeito é ficar na casa dos meus pais. Sufocando o sonho do gato próprio.
Não. Eu não penso em comprar uma geladeira tão já. E fiquei esperando que ele fosse "consultar o surpevisor" e falar que me daria 25%, 50%, 75% de desconto até me presentear com a aniquilação da anuidade.
Mas não. Igual a você eu já tracei mais de cem. E foi assim que meu cartão de crédito internacional foi cancelado. Sem choro nem vela. Sem pedidos de joelho para que eu ficasse com ele.
Na hora eu mantive a firmeza, mas quis chorar ao ver meus projetos se despedaçando. Minhas compras na Amazon no segundo semestre ou quando o dólar abaixar foram postergadas.
E tudo que eu desejo são uns brinquedos, uns livros, uns jogos. Coisas bem distantes de uma geladeira. Mas pra isso eu preciso guardar o dinheiro que eu pagaria em anuidade.
Apesar do choque inicial, o saldo final foi positivo. Desde ontem eu sou uma pessoa que tem limitadas suas opções de gastos ou investimentos em supérfluos de primeira necessidade.
Um dos objetivos desse ano é economizar e, se a gente não está falhando miseravelmente, não estamos um verdadeiro prodígio nessa arte.
De repente já estamos no meio do ano e precisamos intensificar esses objetivos pra fazer valer.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Arrasa B.
Faz tempo que o Sheik não anda benquisto pela torcida do Corinthians. Provavelmente desde o episódio em que ele publicou em seu Instagram um foto de um selinho num amigo, o empresário Isaac Azar, dono do Paris 6.
Eu simpatizo com o Sheik muito antes desse episódio. Desde o Carnaval do ano passado quando ele foi curtir os desfiles no camarote Brahma.
Na foto que me chegou pela AgNews ele foi uma das poucas celebridades presentes no local que parecia espontâneo. Acho que dá pra dizer que ele é autêntico.
Desde a recepção nada calorosa à foto do beijo, Sheik tem murchado. Seu desempenho em campo parece ter caído. Não sou um grande acompanhador de futebol, mas acabei de ler que desde julho ele não faz um gol.
Apesar de ofensas e ameaças e grosserias da torcida no campo ele tem se mantido digno e honrado. Sua postura é a do mais puro respeito. Não sei com que forças ele não tem caído em provocações.
Sheik agora é do Botafogo. Ontem ele postou uma foto no Instagram com o sorriso mais triste no rosto. O sorriso da despedida.
Aquele sorriso que a gente tenta dar como que para nos dizer "vai ficar tudo bem", mesmo sentindo que não vai. Calma cara. Tenta aproveitar o frio na barriga.
Não há de ser de todo ruim. Às vezes, Sheik, uma porta se fecha e uma janela se abre. Boa sorte nessa nova fase, boa sorte nessa nova vida.
Esses gestos, de carinho com um amigo e de respeito com seu público é algo raro de se ver e está muito além de um campeonato, uma taça ou uma partida de futebol.
Eles ainda não sabem, mas nada disso importa muito na real. Não é isso que fica no final das contas. O exemplo tá registrado. Obrigado!
Eu simpatizo com o Sheik muito antes desse episódio. Desde o Carnaval do ano passado quando ele foi curtir os desfiles no camarote Brahma.
Na foto que me chegou pela AgNews ele foi uma das poucas celebridades presentes no local que parecia espontâneo. Acho que dá pra dizer que ele é autêntico.
Desde a recepção nada calorosa à foto do beijo, Sheik tem murchado. Seu desempenho em campo parece ter caído. Não sou um grande acompanhador de futebol, mas acabei de ler que desde julho ele não faz um gol.
Apesar de ofensas e ameaças e grosserias da torcida no campo ele tem se mantido digno e honrado. Sua postura é a do mais puro respeito. Não sei com que forças ele não tem caído em provocações.
Sheik agora é do Botafogo. Ontem ele postou uma foto no Instagram com o sorriso mais triste no rosto. O sorriso da despedida.
Aquele sorriso que a gente tenta dar como que para nos dizer "vai ficar tudo bem", mesmo sentindo que não vai. Calma cara. Tenta aproveitar o frio na barriga.
Não há de ser de todo ruim. Às vezes, Sheik, uma porta se fecha e uma janela se abre. Boa sorte nessa nova fase, boa sorte nessa nova vida.
Esses gestos, de carinho com um amigo e de respeito com seu público é algo raro de se ver e está muito além de um campeonato, uma taça ou uma partida de futebol.
Eles ainda não sabem, mas nada disso importa muito na real. Não é isso que fica no final das contas. O exemplo tá registrado. Obrigado!
quinta-feira, 3 de abril de 2014
O novo tempo que começou
Vamos começar com o maior dos clichês que a gente aprendeu ao longo dessa vida: a felicidade está nas pequenas coisas. E vamos para uma sensação que vem crescendo com o passar dos dias que é: parece que sempre vai existir um tempo no presente que a gente vê que lá atrás a gente era feliz e não sabia.
Explico. Quando eu tava sei lá na sexta série, o professor de religião passou uma tarefa. Marcar numa tabela o que a gente fazia durante o dia, por uma semana. Da hora que acordava até a hora de dormir. Naquele tempo meus dias se dividiam em: escola de manhã e casa a tarde.
E eu costumava passar as tardes fazendo 3 coisas: fazer lição de casa (que nunca era pouca), brincar (de bonecos) e ver televisão. Essas atividades não eram necessariamente simultâneas ou nessa ordem, mas às vezes também poderiam ser.
O curioso disso é que naquela semana talvez eu tivess pouco dever de casa. E na minha tabelinha constou que eu assistia 6 horas de TV por dia. Fiquei tão assustado com meu próprio resultado que na outra semana eu segui com o experimento e as horas passadas em frente à TV foram menores. Alívio.
Uma das coisas que eu mais gostava de assistir nessa fase da minha vida, além da trasheira da programação vespertina toda eram os filmes do Cinema em Casa e da Sessão da Tarde. Só fui me dar conta disso depois de mais grandinho quando crescie virei mulher e entrei no Senai para fazer o técnico em Telecomunicações.
Foi a partir do momento em que eu perdi minhas tardes ociosas que eu passei a definir felicidade como uma coisa simples, básica e banal, que você nem se dá conta de que está ali na sua frente. E a Sessão da Tarde faz parte desse conceito. Sossego é ter o luxo de tirar um soneca no final da tarde enquanto passa "A Lagoa Azul", "Ghost", "3 Ninjas", sei lá.
Trabalho, estudo, obrigações, carreira, emprego, dinheiro, sucesso, tudo isso se enquadra naquela máxima do John Lennon de que vida é o que acontece enquanto estamos ocupados fazendo planos e daí a gente leva um tiro e morre.
O problema disso agora é que a Globo resolveu acabar com uma das minhas certezas mais absolutas sobre a vida trocando a Sessão da Tarde com o Vale a Pena Ver de Novo. É o fim dos tempos, do novo tempo que começou. A princípio eu não sabia o que achar sobre essa mudança. Achei que seria positivo, principalmente com a rotina que eu estava levando.
Por exemplo, antes dessa total inversão de valores da sociedade eu acompanhei a parte final de "O Cravo e a Rosa" porque a exibição coincidia com o horário que eu estava na academia me matando na esteira pra tentar emagrecer, ganhar resistência e condicionamento físico e ter uma vida saudável. E esta era uma novela incrível, leve, divertida e engraçada.
No lugar de "O Cravo..." colocaram "Cara e Bocas", que é uma novelinha beeeeeeem meia boca. Num primeiro momento fiquei ressabiado, mas falei comigo mesmo que precisávamos não julgar antes de experimentar. Não deu. Apesar de agora poder ver filmes enquanto eu estou na academia e Corina foi ótimo, não dá pra ver o final. E o final é que era tudo.
Porque na Sessão da Tarde, a gente pode até dormir durante o meio do filme. Mas acorda para ver a Jéssica sendo resgatada, os filhos sendo salvos, o Daniel San ganhando a luta final. É algo que dá uma força pra encarar o resto das obrigações, ir à padaria, tomar o café da tarde, começar a preparar o jantar, varrer a calçada.
Agora novela não foi feita pra gente dormir. Novela foi feita pra gente acompanhar e se envolver com dramas e nem sempre o final do episódio é feliz, na maioria das vezes ele é tenso e tem que acabar de um jeito que te deixe com vontade de voltar para a frente da telinha na mesma hora no dia seguinte. E quando a novela é chatinha ela se arrasta, fazendo o dia demorar mais pra passar.
É o tipo de coisa que muda toda a dinâmica da vida. Por isso achei nocivo, perigoso, altamente alienante. Uma pessoa que só vê a Globo emenda 5 fucking novelas uma na outra, se a gente incluir Malhação nessa contagem. Pense se não é coisa pra caralho pra dar conta na vida. Haja paciência, disposição. Tempo livre.
Eu que estou nessas, já programando a minha próxima folga num dia de semana, fico preocupado de essa mudança vingar e eles me resolveram exibir "Cheias de Charme". Aí eu to fodido, que vou precisar de um novo horário no emprego, uma nova rotina.
Explico. Quando eu tava sei lá na sexta série, o professor de religião passou uma tarefa. Marcar numa tabela o que a gente fazia durante o dia, por uma semana. Da hora que acordava até a hora de dormir. Naquele tempo meus dias se dividiam em: escola de manhã e casa a tarde.
E eu costumava passar as tardes fazendo 3 coisas: fazer lição de casa (que nunca era pouca), brincar (de bonecos) e ver televisão. Essas atividades não eram necessariamente simultâneas ou nessa ordem, mas às vezes também poderiam ser.
O curioso disso é que naquela semana talvez eu tivess pouco dever de casa. E na minha tabelinha constou que eu assistia 6 horas de TV por dia. Fiquei tão assustado com meu próprio resultado que na outra semana eu segui com o experimento e as horas passadas em frente à TV foram menores. Alívio.
Uma das coisas que eu mais gostava de assistir nessa fase da minha vida, além da trasheira da programação vespertina toda eram os filmes do Cinema em Casa e da Sessão da Tarde. Só fui me dar conta disso depois de mais grandinho quando cresci
Foi a partir do momento em que eu perdi minhas tardes ociosas que eu passei a definir felicidade como uma coisa simples, básica e banal, que você nem se dá conta de que está ali na sua frente. E a Sessão da Tarde faz parte desse conceito. Sossego é ter o luxo de tirar um soneca no final da tarde enquanto passa "A Lagoa Azul", "Ghost", "3 Ninjas", sei lá.
Trabalho, estudo, obrigações, carreira, emprego, dinheiro, sucesso, tudo isso se enquadra naquela máxima do John Lennon de que vida é o que acontece enquanto estamos ocupados fazendo planos e daí a gente leva um tiro e morre.
O problema disso agora é que a Globo resolveu acabar com uma das minhas certezas mais absolutas sobre a vida trocando a Sessão da Tarde com o Vale a Pena Ver de Novo. É o fim dos tempos, do novo tempo que começou. A princípio eu não sabia o que achar sobre essa mudança. Achei que seria positivo, principalmente com a rotina que eu estava levando.
Por exemplo, antes dessa total inversão de valores da sociedade eu acompanhei a parte final de "O Cravo e a Rosa" porque a exibição coincidia com o horário que eu estava na academia me matando na esteira pra tentar emagrecer, ganhar resistência e condicionamento físico e ter uma vida saudável. E esta era uma novela incrível, leve, divertida e engraçada.
No lugar de "O Cravo..." colocaram "Cara e Bocas", que é uma novelinha beeeeeeem meia boca. Num primeiro momento fiquei ressabiado, mas falei comigo mesmo que precisávamos não julgar antes de experimentar. Não deu. Apesar de agora poder ver filmes enquanto eu estou na academia e Corina foi ótimo, não dá pra ver o final. E o final é que era tudo.
Porque na Sessão da Tarde, a gente pode até dormir durante o meio do filme. Mas acorda para ver a Jéssica sendo resgatada, os filhos sendo salvos, o Daniel San ganhando a luta final. É algo que dá uma força pra encarar o resto das obrigações, ir à padaria, tomar o café da tarde, começar a preparar o jantar, varrer a calçada.
Agora novela não foi feita pra gente dormir. Novela foi feita pra gente acompanhar e se envolver com dramas e nem sempre o final do episódio é feliz, na maioria das vezes ele é tenso e tem que acabar de um jeito que te deixe com vontade de voltar para a frente da telinha na mesma hora no dia seguinte. E quando a novela é chatinha ela se arrasta, fazendo o dia demorar mais pra passar.
É o tipo de coisa que muda toda a dinâmica da vida. Por isso achei nocivo, perigoso, altamente alienante. Uma pessoa que só vê a Globo emenda 5 fucking novelas uma na outra, se a gente incluir Malhação nessa contagem. Pense se não é coisa pra caralho pra dar conta na vida. Haja paciência, disposição. Tempo livre.
Eu que estou nessas, já programando a minha próxima folga num dia de semana, fico preocupado de essa mudança vingar e eles me resolveram exibir "Cheias de Charme". Aí eu to fodido, que vou precisar de um novo horário no emprego, uma nova rotina.
quinta-feira, 27 de março de 2014
Retomando
O Carnaval chegou e se foi tarde demais. Seus efeitos reverberaram por muito tempo. Tive que lidar com seu prólogo e com seu epílogo. O Carnaval chegou mudando a vida. Desestabilizando. Não teve patins. A aula pelo menos. Não teve revista sãopaulo. Denise Fraga e Vanessa Bárbara agora saem em domingos diferentes. Uma chata desalegria.
Depois disso, veio a vida impondo seu ritmo puxado. Nada de frescor de Ano-Novo. Quem acha que o ano só começa depois do Carnaval é porque não trabalha como eu. Tivemos que lidar com um plantão, com a frustração de não ter tudo que a gente quer. De não poder pagar pelo que a gente precisa. De abrir mão de algumas coisas em detrimento de outras.
Estamos a duras penas aprendendo a esperar. A ter paciência. E a economizar. Está na hora de agir com foco no futuro. O tempo é de plantar para colher depois. Bem lá na frente. Sabe-se lá quando exatamente. Uma hora a vida vai se ajeitar e o que tiver de ser, será. Venho me esforçando pra acreditar nisso. Tentando fazer o meu melhor.
O sentimento de hoje é que é preciso retomar as rédeas da vida sem deixar ela passar. Voltar a escrever após todo esse recesso. Estruturar as coisas, sedimentar o terreno, fincar os alicerces. Cuidar da saúde. Renovar a carteira de habilitação. Dirigir. Tocar projetos. Aprender a desapegar. Investir em novas ideias.
Já se foram quase três meses deste ano e até agora não foi fácil, mas estamos conseguindo lidar. Pior do que 2013 pelo menos não está sendo. O bom de amadurecer é a tranquilidade de saber que nem tudo dá para controlar. E isso proporciona um alívio muito grande, porque a nossa parte pelo menos a gente tem que fazer.
Depois disso, veio a vida impondo seu ritmo puxado. Nada de frescor de Ano-Novo. Quem acha que o ano só começa depois do Carnaval é porque não trabalha como eu. Tivemos que lidar com um plantão, com a frustração de não ter tudo que a gente quer. De não poder pagar pelo que a gente precisa. De abrir mão de algumas coisas em detrimento de outras.
Estamos a duras penas aprendendo a esperar. A ter paciência. E a economizar. Está na hora de agir com foco no futuro. O tempo é de plantar para colher depois. Bem lá na frente. Sabe-se lá quando exatamente. Uma hora a vida vai se ajeitar e o que tiver de ser, será. Venho me esforçando pra acreditar nisso. Tentando fazer o meu melhor.
O sentimento de hoje é que é preciso retomar as rédeas da vida sem deixar ela passar. Voltar a escrever após todo esse recesso. Estruturar as coisas, sedimentar o terreno, fincar os alicerces. Cuidar da saúde. Renovar a carteira de habilitação. Dirigir. Tocar projetos. Aprender a desapegar. Investir em novas ideias.
Já se foram quase três meses deste ano e até agora não foi fácil, mas estamos conseguindo lidar. Pior do que 2013 pelo menos não está sendo. O bom de amadurecer é a tranquilidade de saber que nem tudo dá para controlar. E isso proporciona um alívio muito grande, porque a nossa parte pelo menos a gente tem que fazer.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Polêmicas
Existe um ditado que diz que se a palavra é de prata o silêncio é de ouro. Em tempos de hipermediatização da vida ele deveria ser mais relembrado. Semana passada eu li esse texto que comparava todo o barulho na internet ao zum-zum-zum de uma praça de alimentação de shopping.
Não teria como ser mais cabível. Passar horas na frente do computador e sendo bombardeado de informação e navegando na internet abastecendo um site de notícias resulta em uma grande dor de cabeça e estafa.É difícil aguentar a gritaria virtual.
Todo mundo, a todo instante tem sempre opinião sobre tudo. Eu odeio formar conceitos rápidos assim sobre coisas efêmeras. Eu prefiro ficar neutro. Calado, na minha. Opiniar sempre acaba ofendendo alguém, porque não existe mais aquela discordância arte, aquela discordância moleque com gingado e pé sujo de lama.
Parece existir na constituição federal da internet a regra de que você deve dar pitaco sobre todos os assuntos em voga. Não há mais espaço para o calma, cara de outrora. Os ânimos, eles estão sempre exaltados.Em ebulição. Não dá mais para contemplar as pequenas coisas. É preciso escolher um lado no qual se deve ficar para sempre.
Eu passo. Sinto falta da contemplação. No final do ano passado saíram CDs de Lady Gaga, Britney Spears, Katy Perry. Um CD foi colocado no pedestal e atirado na lixeira logo depois do outro. Ouvi poucas vezes os três. Não sei dizer qual é o melhor.
De cara talvez eu tenha gostado bem da Katy Perry, mas Lady Gaga tem lá o seu valor. Britney eu lembro que não achei tão fraco quanto muitos criticaram, mas também não achei tudo isso de tão incrível. Música para mim é algo para curtir. Não para transformar em Fla-Flu. Nesse sentido o prêmio de melhor CD de uma diva pop lançado em 2013 vai para... Luan Santana.
É o que tem. Das minhas experiências boas e ruins ouvindo as músicas e compartilhando e vivendo momentos especiais "O Nosso Tempo é Hoje", foi o que mais me marcou até aqui. Vai que amanhã eu vá a uma balada e garre um amor imenso a Gaga Perry ou Katy Lady quando estiver bêbado dançando louca.
Na semana passada a polêmica girou em torno de um grupo que amarrou um jovem negro a um poste no Rio de Janeiro e o comentário da Rachel Sheherazade sobre a atitude. Juro que não sei o que pensar, que opinião formar. Está tudo tão errado nesse mundo. É tanto problema para resolver e tão pouco sendo feito.
De um lado não parece nada apropriado amarrar alguém pelado a um poste. De outro lado também não é uma coisa legal sofrer um assalto, ser vítima de violência, estupro, ter algo roubado, se ver diante de um revolver. É um horror pra falar a verdade. De todos os lados a barbárie.
Não dá pra simplesmente vocês todos pararem de se matar?
Não teria como ser mais cabível. Passar horas na frente do computador e sendo bombardeado de informação e navegando na internet abastecendo um site de notícias resulta em uma grande dor de cabeça e estafa.É difícil aguentar a gritaria virtual.
Todo mundo, a todo instante tem sempre opinião sobre tudo. Eu odeio formar conceitos rápidos assim sobre coisas efêmeras. Eu prefiro ficar neutro. Calado, na minha. Opiniar sempre acaba ofendendo alguém, porque não existe mais aquela discordância arte, aquela discordância moleque com gingado e pé sujo de lama.
Parece existir na constituição federal da internet a regra de que você deve dar pitaco sobre todos os assuntos em voga. Não há mais espaço para o calma, cara de outrora. Os ânimos, eles estão sempre exaltados.Em ebulição. Não dá mais para contemplar as pequenas coisas. É preciso escolher um lado no qual se deve ficar para sempre.
Eu passo. Sinto falta da contemplação. No final do ano passado saíram CDs de Lady Gaga, Britney Spears, Katy Perry. Um CD foi colocado no pedestal e atirado na lixeira logo depois do outro. Ouvi poucas vezes os três. Não sei dizer qual é o melhor.
De cara talvez eu tenha gostado bem da Katy Perry, mas Lady Gaga tem lá o seu valor. Britney eu lembro que não achei tão fraco quanto muitos criticaram, mas também não achei tudo isso de tão incrível. Música para mim é algo para curtir. Não para transformar em Fla-Flu. Nesse sentido o prêmio de melhor CD de uma diva pop lançado em 2013 vai para... Luan Santana.
É o que tem. Das minhas experiências boas e ruins ouvindo as músicas e compartilhando e vivendo momentos especiais "O Nosso Tempo é Hoje", foi o que mais me marcou até aqui. Vai que amanhã eu vá a uma balada e garre um amor imenso a Gaga Perry ou Katy Lady quando estiver bêbado dançando louca.
Na semana passada a polêmica girou em torno de um grupo que amarrou um jovem negro a um poste no Rio de Janeiro e o comentário da Rachel Sheherazade sobre a atitude. Juro que não sei o que pensar, que opinião formar. Está tudo tão errado nesse mundo. É tanto problema para resolver e tão pouco sendo feito.
De um lado não parece nada apropriado amarrar alguém pelado a um poste. De outro lado também não é uma coisa legal sofrer um assalto, ser vítima de violência, estupro, ter algo roubado, se ver diante de um revolver. É um horror pra falar a verdade. De todos os lados a barbárie.
Não dá pra simplesmente vocês todos pararem de se matar?
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
A Caçada
D'us sabe o quanto eu odeio lagartixas. Simplesmente não sou capaz de conviver com esses bichos.
É um medo pavor adquirido inconscientemente na infância por influências externas. Não tem como controlar.
Pois bem. Há duas semanas eu estava pronto para encarar um plantão. Acordei de madrugada e enquanto mijava uma lagartixa imensa sai de baixo do armário e volta.
Fiquei em pânico, mas precisava tomar banho então fiz um trato. Fica na sua que eu fico na minha. Tomei um banho gelado e rápido e fui me trocar na sala.
Ao voltar, porque afinal de contas eu precisava escovar os dentes, ela estava na parede, dentro do box do chuveiro. Não pensei duas vezes e taquei detefon no monstro.
Ela se enfiou atrás da prateleirinha onde ficam os shampoos. Foi meia lata de mata moscas ali.
Fechei o banheiro enevoado de detefon e fui terminar de pegar roupas no quarto para levar para a academia.
Quando cheguei de novo pra cozinha ela já estava ali. Debaixo da porta do banheiro. Ao me ver a filha da puta disparou e foi parar debaixo do armario da cozinha. Maldita. Mais detefon.
Batalha perdida. Saí de casa no meu horário. Tranquei a lagartixa na casa fechada sem ventilação nenhuma, sem umidade. Mas ela me acompanhou. Não saia dos meus pensamentos.
Chegar em casa e terminar de lidar com a questão me deixou tenso, me assustava com qualquer coisinha. Até com um borrachinha do box do banheiro da academia eu congelei.
Quando cheguei em casa, eu tinha certeza que ela estaria em um lugar bem visível para a gente continuar a nossa caçada.
E de propósito como se estivese a fim de me atormentar, lá estava ela no chão. Perto da porta. Me esperando. Inerte. Esbaforida. Fraca. Desidratada. Morta.
Tomei coragem para entrar em casa. Lidar com um cadaver seria mais fácil. Era só me livrar dos medinhos e dos nojinhos, pegar uma vassoura, uma pazinha e pronto. Só que a demonia não estava morta.
Quando a porta bateu atrás de mim, a lagartixa deu um pulo para frente no mesmo instante em que meu coração veio até a boca e voltou para o centro do peito.
Não pensei duas vezes. Agora você sai daqui. Peguei a vassoura e tentei tocar a fia para fora. Mas como a vida não pode ser simples e fácil ela foi para a sala. Atrás do sofá.
Nunca mais eu vi a bicha. Me desesperei. Tirei todos os sofás dos seus respectivos lugares a mesinha de centro foi para cima da minha cama. Sala virou uma zona de guerra.
Balancei as cortinas. Espirrei mais detefon por toda a extensão atras do sofá. Munido com uma vassoura eu nem sei como mas consegui até levantar o sofá maior e mais pesado. Nada da lagartixa que se camuflou em algum lugar.
Posterguei meus planos. Não li. Não comi. Não liguei a TV. Lagartixas são conhecidas por darem as caras em momentos de silêncio. Quando não se sentem ameaçadas.
Fiquei um tempo em silêncio então até que ela apareceu. No chão novamente. Do lado de uma mesinha de telefone ao sul do sofá.
Tentei acertá-la com a vassoura. Porque a essas alturas ela já estava aparentemente fraca. Tentei empurrá-la para fora. Mostrar que ela não era bem vinda quando ela deu uma cambalhota em 180º e saiu em disparada na direção oposta.
Daí quem se desesperou fui eu. Ela estava correndo em direção ao meu armário e à minha cama. Seria muito mais dificil tirá-la de casa se ela tivesse conseguido.
No meio do caminho invoquei forças divinas e entendi Davi. Pelo amor de Deus. Zap. Com um golpe de vassoura eu acertei meu nemesis. Seu rabo se separou de seu corpo. E ela presa tentava se soltar. Enquanto sua cauda pulava e tremelicava como se fosse um celular em vibracall eu apertei a vassoura contra ela e a arrastei para fora de casa.
Foi uma morte horrível. Ter sido arrastada por um algoz. A cabeça ficou ralada. Gosminhs marcaram o caminho da dor e do suplício da desgraçada.
Mas não era esse o fim que eu queria. Pra começo de conversa não era nem para ela ter invadido o banheiro. Não era nem pra ela chegar perto de mim.
Não que sirva de consolo, mas ao menos o funeral dela foi bonito. Não cheguei a enterrá-la porque era demais. Não gostava dela viva, não ia virar fã depois de ela ter morrido.
Arrastei ela até o cantinho do quintal onde ficam as sujeiras antes de irem para o lixo. Ainda tive que dar golpes de misericórdia para ela parar de agonizar. E ela foi coberta por poeiras e pétalas de rosas.
Só que o fantasma da lagartixa tem me perseguido. Desde aquele sábado que eu fico pensando na vida e na finitude, nas circunstancias e nas ocasiões, nas coincidências e no carma.
Eu realmente não queria que acabasse assim.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
O chato do rolê
Toda vez que eu tô pra começar a fazer academia ou estou deixando o sedentarismo de lado para enfim me dedicar a fazer exercícios físicos eu me deparo com histórias assim.
É impressionante. Esses personagens perdem 60 kg em um ano. Eu mal consigo perder 1 kg em um mês. E tudo começa com exercícios, tipo corrida, que é o que eu faço.
Só que não basta só correr. É preciso fechar a boca e cortar comidas gostosas, frituras e doces da dieta. Pelo menos nesse quesito eu consegui abandonar refrigerante e Mc Donald's já.
Só que esses feitos não aconteceram sem uma boa dose de radicalismo. É preciso ir a um bar e não beber. Não comer nenhum salgado aperitivo. Às vezes é preciso cortar amizades. Mudar de círculo social ou ser muito forte para resistir às tentações e aguentar algumas piadas.
Isso sem falar nas substituições, fruta no lugar de doce até é possível. Mas e a batalha contra o chocolate? Fruta nenhuma vai substituir essa maravilha. Em etapas anteriores de dieta e exercícios eu conseguia ficar sem chocolate por até duas semanas, numa espécie de desafio.
Olhando agora eu não sei como isso era possível. Não sei se estou pronto para isso. Tento me enganar que dá para comer de tudo com parcimônia. Mas qual é o limite? E como lidar com a fome? E eis a minha preocupação maior: como emagrecer sem perder a ternura? Como não ser o chato do rolê?
Comer, mais do que uma necessidade, é um gosto, um hábito social. Você está de dieta ou tentando entrar numa reeducação alimentar. Tentando se acostumar com o queijo branco no lugar do queijo prato e aí alguém na firma faz aniversário e rola um bolo. Só você vai fazer o mal educado e não comer nem um pedacinho?
E vó então. Elas são programadas para nos fazer comer. Sempre oferecendo comidas e sobremesas infinitas. E não dá para fazer desfeita. Até porque é feio. E elas ficam chateadas.
Há prazeres inenarráveis que só a gastronomia pode proporcionar. Seja ela alta ou baixa. Comer faz bem, alegra. Além disso, dividir esses momentos com pessoas queridas torna tudo mais gostoso.
Emagrecer ou manter um peso ideal e uma vida saudável é uma luta diária, constante e muitas vezes inglória. Principalmente quando a gente começa isso tarde. Vejo todos esses meninos gatos e definidinhos no instagram e só consigo ver que eles começaram antes de mim. Eles têm a vantagem então podem comer um hamburguer do Fifties ou pizza sem culpa na consciência.
Então a gente tenta não entrar numa briga contra a balança e não ficar noiado contando calorias ao final de cada sessão de corrida ou depois de uma comida incrivelmente gordurenta. E a gente enfrenta a esteira numa luta louca pra correr atrás do nosso próprio atraso.
O bom é que quando o exercício acaba tá tudo lindo. A endorfina vem. Mas isso demora e vamos ser sinceros: por mais que correr seja muito legal, esteira muitas vezes é um pé nas bolas. O tempo parece que não passa. O bom é que depois de uns três meses já dá pra notar um ligeiro emagrecimento. E três meses nem demoram tanto tempo assim, vai.
É impressionante. Esses personagens perdem 60 kg em um ano. Eu mal consigo perder 1 kg em um mês. E tudo começa com exercícios, tipo corrida, que é o que eu faço.
Só que não basta só correr. É preciso fechar a boca e cortar comidas gostosas, frituras e doces da dieta. Pelo menos nesse quesito eu consegui abandonar refrigerante e Mc Donald's já.
Só que esses feitos não aconteceram sem uma boa dose de radicalismo. É preciso ir a um bar e não beber. Não comer nenhum salgado aperitivo. Às vezes é preciso cortar amizades. Mudar de círculo social ou ser muito forte para resistir às tentações e aguentar algumas piadas.
Isso sem falar nas substituições, fruta no lugar de doce até é possível. Mas e a batalha contra o chocolate? Fruta nenhuma vai substituir essa maravilha. Em etapas anteriores de dieta e exercícios eu conseguia ficar sem chocolate por até duas semanas, numa espécie de desafio.
Olhando agora eu não sei como isso era possível. Não sei se estou pronto para isso. Tento me enganar que dá para comer de tudo com parcimônia. Mas qual é o limite? E como lidar com a fome? E eis a minha preocupação maior: como emagrecer sem perder a ternura? Como não ser o chato do rolê?
Comer, mais do que uma necessidade, é um gosto, um hábito social. Você está de dieta ou tentando entrar numa reeducação alimentar. Tentando se acostumar com o queijo branco no lugar do queijo prato e aí alguém na firma faz aniversário e rola um bolo. Só você vai fazer o mal educado e não comer nem um pedacinho?
E vó então. Elas são programadas para nos fazer comer. Sempre oferecendo comidas e sobremesas infinitas. E não dá para fazer desfeita. Até porque é feio. E elas ficam chateadas.
Há prazeres inenarráveis que só a gastronomia pode proporcionar. Seja ela alta ou baixa. Comer faz bem, alegra. Além disso, dividir esses momentos com pessoas queridas torna tudo mais gostoso.
Emagrecer ou manter um peso ideal e uma vida saudável é uma luta diária, constante e muitas vezes inglória. Principalmente quando a gente começa isso tarde. Vejo todos esses meninos gatos e definidinhos no instagram e só consigo ver que eles começaram antes de mim. Eles têm a vantagem então podem comer um hamburguer do Fifties ou pizza sem culpa na consciência.
Então a gente tenta não entrar numa briga contra a balança e não ficar noiado contando calorias ao final de cada sessão de corrida ou depois de uma comida incrivelmente gordurenta. E a gente enfrenta a esteira numa luta louca pra correr atrás do nosso próprio atraso.
O bom é que quando o exercício acaba tá tudo lindo. A endorfina vem. Mas isso demora e vamos ser sinceros: por mais que correr seja muito legal, esteira muitas vezes é um pé nas bolas. O tempo parece que não passa. O bom é que depois de uns três meses já dá pra notar um ligeiro emagrecimento. E três meses nem demoram tanto tempo assim, vai.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Dias de treinamentos
Nesses últimos tempos eu tenho me dado cada vez mais conta de que pra gente ser bom em alguma coisa a gente precisa praticar. Só falamos bem inglês se a gente falar. Só seremos bons motoristas se dirigirmos. E assim sucessivamente.
Diante deste panorama eu chego à conclusão de que se teve uma coisa em que eu acertei na vida foi ter comprado um patins. E ter começado a fazer as aulas na Roller Jam. Porque se tem alguma coisa que eu estou de fato empolgado pra fazer é patinar.
Eu preciso fazer mais aulas de direção. Preciso juntar dinheiro para fazer uma viagem internacional e estudar inglês lá fora, desenferrujar o inglês adormecido. Mas cadê a verba para focar nessas coisas? Está aí o grande dilema.
Aprender a lidar com o pouco tempo disponível para aprimorar nossas habilidades em meio a quantidade absurda de obrigações que temos que cumprir. Porque hoje há uma demanda social que exige que você seja bom em tudo.
É preciso ser cool, inteligente, ter um emprego bom e que você ganhe bem para pagar preços exorbitantes num aluguel ou na prestação de um apartamento. Isso tudo curtindo a vida, aproveitando o final de semana com amigos, em baladas e postando tudo nas redes sociais.
Eu tô cada vez mais me desobrigando disso. Quanto menos tempo eu passo em redes sociais mais controle eu tenho sobre a minha vida. Percebi que dá pra fazer tudo, mas sempre aos poucos, seguindo um ritmo, um ciclo, um passo por vez.
Sábado passado o Sesc Consolação realizou uma patinada no minhocão para comemorar o aniversário de São Paulo. Com o sol rachando lá pelas 10h, poucos se aventuraram a encarar o curto percurso de 4 km ( 2 para ir e 2 para voltar).
Teve também uma oficina numas rampas portáteis. Depois de eu tomar alguns tombos, os instrutores me ajudaram a subir e descer dos obstáculos. Lá um dos rapazes me disse que eu não precisava de aulas.
Mas se eu não tivesse fazendo aulas eu não ia descobrir sozinho como patinar de costas ou treinar pulos e chegar a passos, manobras e movimentos mais complexos. Sei que vai demorar um pouco até eu patinar bem.
O difícil é lidar com a ansiedade e o pouco parecer uma eternidade. Para isso, por enquanto eu vou tentar aproveitar esses dias de treinamentos, curtindo a viagem para depois curtir o destino.
Diante deste panorama eu chego à conclusão de que se teve uma coisa em que eu acertei na vida foi ter comprado um patins. E ter começado a fazer as aulas na Roller Jam. Porque se tem alguma coisa que eu estou de fato empolgado pra fazer é patinar.
Eu preciso fazer mais aulas de direção. Preciso juntar dinheiro para fazer uma viagem internacional e estudar inglês lá fora, desenferrujar o inglês adormecido. Mas cadê a verba para focar nessas coisas? Está aí o grande dilema.
Aprender a lidar com o pouco tempo disponível para aprimorar nossas habilidades em meio a quantidade absurda de obrigações que temos que cumprir. Porque hoje há uma demanda social que exige que você seja bom em tudo.
É preciso ser cool, inteligente, ter um emprego bom e que você ganhe bem para pagar preços exorbitantes num aluguel ou na prestação de um apartamento. Isso tudo curtindo a vida, aproveitando o final de semana com amigos, em baladas e postando tudo nas redes sociais.
Eu tô cada vez mais me desobrigando disso. Quanto menos tempo eu passo em redes sociais mais controle eu tenho sobre a minha vida. Percebi que dá pra fazer tudo, mas sempre aos poucos, seguindo um ritmo, um ciclo, um passo por vez.
Sábado passado o Sesc Consolação realizou uma patinada no minhocão para comemorar o aniversário de São Paulo. Com o sol rachando lá pelas 10h, poucos se aventuraram a encarar o curto percurso de 4 km ( 2 para ir e 2 para voltar).
Teve também uma oficina numas rampas portáteis. Depois de eu tomar alguns tombos, os instrutores me ajudaram a subir e descer dos obstáculos. Lá um dos rapazes me disse que eu não precisava de aulas.
Mas se eu não tivesse fazendo aulas eu não ia descobrir sozinho como patinar de costas ou treinar pulos e chegar a passos, manobras e movimentos mais complexos. Sei que vai demorar um pouco até eu patinar bem.
O difícil é lidar com a ansiedade e o pouco parecer uma eternidade. Para isso, por enquanto eu vou tentar aproveitar esses dias de treinamentos, curtindo a viagem para depois curtir o destino.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Ensaio sobre o futuro
Tentei milhares de vezes. Iniciei muitos esboços. Procurei desenvolver cada uma das ideias que me passaram pela cabeça essa semana. De Big Brother a cotas raciais. Da falta de educação e da exasperação. Da ansiedade que nos faz sofrer. Tudo isso para fazer um post especial.
Diversos assunto surgiram e foram descartados. Está uma semana corrida. Muitas coisas pra fazer. Tive que bater o texto às pressas. Então o tema de hoje vai ser o nada. O grande nada. A maior e mais absoluta verdade que nos rodeia e nos cerca e invisível taí louca para ser descoberta, vista, escancarada, anunciada.
A verdade é que nada importa. E que nada, apenas nada, faz sentido. O tédio faz a gente tentar preencher o tempo com os nossos afazeres. E eles são na grande maioria tão inúteis, sem propósitos, que às vezes é difícil olhar adiante, ter perspectiva. Tudo é um eterno retorno. Tudo se repete. Dia após dia. Ano após ano.
Com leves diferenças. E é por isso que eu estou aqui. Para lidarmos com o tédio. Este vazio. Este eterno marasmo que é cumprir com as obrigações, pensando e esperando esses momentos bons que cada vez mais parecem acontecer apenas aos finais de semana. E isso quando a gente não tá trabalhando, pra dizer bem a verdade.
A ideia é preencher o tédio. Ser um último recurso. Aquela olhadinha naquele último site que a gente acessa para passar o embuste da vida. Quando todas aquelas chamadas já não dizem nada. E os textos que estão por trás daqueles links dizem menos ainda. É prender atenção, fazer você voltar. Uma vez por semana. Sempre às quintas. É o que tem. É o que terá
Porque eu ando sem caber em mim. E tenho lido boas coisas ultimamente. Sempre às segundas, que é o melhor dia da semana, em geral. Selecionei um time de colunistas queridos e neles eu sigo. Acolhido. Bem. Inspirado. Me sentindo um amigo íntimo.
Vanessa Barbara, Daniel Galera, Denise Fraga, Renato Essenfelder, Michel Laub, Daniel Pelizzari, Mirian Goldenberg, Antonio Prata, Mauricio Stycer, Tati Bernardi, Gregorio Duvivier, Leão Serva, Luli Radfahrer, Ronaldo Lemos, Raquel Rolnik e Ricardo Melo.
Uma seleção de textos bons sobre amor, política, artes, video-game, cinema, urbanismo, tecnologia, música. E eu queria retribuir. Escrever mais. Me expor menos. A intenção é ensaiar, arrumar uma gaveta. Agendar artigos, posts, crônicas. Brincar de colunista e me preparar para a vida que me aguarda em algum ponto do futuro.
Estou ensaiando pra isso. Testando linguagens, procurando narrativas. Tentando. Vamos ver o que sai daí.
Diversos assunto surgiram e foram descartados. Está uma semana corrida. Muitas coisas pra fazer. Tive que bater o texto às pressas. Então o tema de hoje vai ser o nada. O grande nada. A maior e mais absoluta verdade que nos rodeia e nos cerca e invisível taí louca para ser descoberta, vista, escancarada, anunciada.
A verdade é que nada importa. E que nada, apenas nada, faz sentido. O tédio faz a gente tentar preencher o tempo com os nossos afazeres. E eles são na grande maioria tão inúteis, sem propósitos, que às vezes é difícil olhar adiante, ter perspectiva. Tudo é um eterno retorno. Tudo se repete. Dia após dia. Ano após ano.
Com leves diferenças. E é por isso que eu estou aqui. Para lidarmos com o tédio. Este vazio. Este eterno marasmo que é cumprir com as obrigações, pensando e esperando esses momentos bons que cada vez mais parecem acontecer apenas aos finais de semana. E isso quando a gente não tá trabalhando, pra dizer bem a verdade.
A ideia é preencher o tédio. Ser um último recurso. Aquela olhadinha naquele último site que a gente acessa para passar o embuste da vida. Quando todas aquelas chamadas já não dizem nada. E os textos que estão por trás daqueles links dizem menos ainda. É prender atenção, fazer você voltar. Uma vez por semana. Sempre às quintas. É o que tem. É o que terá
Porque eu ando sem caber em mim. E tenho lido boas coisas ultimamente. Sempre às segundas, que é o melhor dia da semana, em geral. Selecionei um time de colunistas queridos e neles eu sigo. Acolhido. Bem. Inspirado. Me sentindo um amigo íntimo.
Vanessa Barbara, Daniel Galera, Denise Fraga, Renato Essenfelder, Michel Laub, Daniel Pelizzari, Mirian Goldenberg, Antonio Prata, Mauricio Stycer, Tati Bernardi, Gregorio Duvivier, Leão Serva, Luli Radfahrer, Ronaldo Lemos, Raquel Rolnik e Ricardo Melo.
Uma seleção de textos bons sobre amor, política, artes, video-game, cinema, urbanismo, tecnologia, música. E eu queria retribuir. Escrever mais. Me expor menos. A intenção é ensaiar, arrumar uma gaveta. Agendar artigos, posts, crônicas. Brincar de colunista e me preparar para a vida que me aguarda em algum ponto do futuro.
Estou ensaiando pra isso. Testando linguagens, procurando narrativas. Tentando. Vamos ver o que sai daí.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Sobrevivendo ao horror
Não consegui assistir ao Globo de Ouro. No final das contas eu não tenho
muita paciência pra eventos assim. Ainda se eu estivesse lá, vá lá.
Pedi encarecidamente pra Raíra se eu podia fazer outra coisa.
Fui jogar video-game. A escolha do jogo não foi aleatória. Há dias que "Resident Evil: Code Veronica X" baixado há tempos está martelando na minha cabeça. Joguei muito pouco ele na vida.
Primeiro que ele saiu originalmente para DreamCast --quem por deus teve esse video-game?. Eu demorei para ter Playstation 2. Quando comprei o console, truques de Gameshark já não eram possíveis.
Este Resident não é lá muito fácil. Sem armas e vida infinita então, nem se fale. Ele exige paciência e dedicação. Daí que estava lá. Incomodando. Iniciado. Na lista de jogos comprados e não aproveitados. Parado em uma parte um pouco adiante do começo e intocado desde então.
A história aqui se passa pouco depois de "Resident Evil 3" trazendo como protagonistas Claire e Chris Redfield. Na trama, Claire invade uma base europeia da Umbrella em busca de seu irmão Chris, que está sumido desde os acontecimentos do primeiro Resident Evil.
É um game essencial para os fãs da franquia. É o último que traz todos os elementos do survival horror e que conserva toda a atmosfera sombria que consagrou a série. Zumbis, sustos e uma trilha sonora absurdamente assustadora. Sem falar na vagareza. É um jogo para sentir, respirar, parar, pensar e se envolver.
Muito mais emocionante do que "Resident Evil 6", por exemplo, em que você não para de correr e atirar e meio que só isso. Até as coisas acalmarem um pouco e você novamente correr e atirar de novo. Por horas a fio.
A dificuldade aqui também é grande. De modo geral ele me parece maior que seus antecessores. Eu terminei ele uma vez, ainda no Playstation 2. A vida é muito curta pra ficar morrendo dezenas de vezes na mesma área de um jogo.
É um jogo triste também. Em sua trajetória, Claire se depara com Steve, um rapaz que é filho de um cara que trabalhou pra Umbrella e virou zumbi. Se bem me lembro ele morre em algum momento bem antes do final do jogo. O que acaba sendo uma pena, já que eles formam um bom par romântico.
Além disso, há algo interessante que é reintroduzido aqui. Wesker volta como um dos vilões. E já apresenta a superforça e a agilidade desenvolvida pelos vírus e que ganha muito mais visibilidade e até importância no quinto game da série, com toda aquela coisa do HD, das texturas proporcionadas pelo sistema de gráficos e potência do Playstation 3.
Evidentemente o tanto que eu joguei, até um horário decente pra poder dormir, não foi suficiente para nem de perto terminar o jogo ou pelo menos de chegar à base na Antártida. Fica pra uma próxima. Agora que o jogo ganhou uma nova importância nessa vida.
Até porque este Resident Evil vem também com um gosto a mais de nostalgia. Da época pré-internet em que era impossível terminar qualquer jogo sem a ajuda de revistas especializadas. Sim. Noob que sou, fico com uma revista do lado. Uma raridade. Poder degustar assim alguma coisa.
Fui jogar video-game. A escolha do jogo não foi aleatória. Há dias que "Resident Evil: Code Veronica X" baixado há tempos está martelando na minha cabeça. Joguei muito pouco ele na vida.
Primeiro que ele saiu originalmente para DreamCast --quem por deus teve esse video-game?. Eu demorei para ter Playstation 2. Quando comprei o console, truques de Gameshark já não eram possíveis.
Este Resident não é lá muito fácil. Sem armas e vida infinita então, nem se fale. Ele exige paciência e dedicação. Daí que estava lá. Incomodando. Iniciado. Na lista de jogos comprados e não aproveitados. Parado em uma parte um pouco adiante do começo e intocado desde então.
A história aqui se passa pouco depois de "Resident Evil 3" trazendo como protagonistas Claire e Chris Redfield. Na trama, Claire invade uma base europeia da Umbrella em busca de seu irmão Chris, que está sumido desde os acontecimentos do primeiro Resident Evil.
É um game essencial para os fãs da franquia. É o último que traz todos os elementos do survival horror e que conserva toda a atmosfera sombria que consagrou a série. Zumbis, sustos e uma trilha sonora absurdamente assustadora. Sem falar na vagareza. É um jogo para sentir, respirar, parar, pensar e se envolver.
Muito mais emocionante do que "Resident Evil 6", por exemplo, em que você não para de correr e atirar e meio que só isso. Até as coisas acalmarem um pouco e você novamente correr e atirar de novo. Por horas a fio.
A dificuldade aqui também é grande. De modo geral ele me parece maior que seus antecessores. Eu terminei ele uma vez, ainda no Playstation 2. A vida é muito curta pra ficar morrendo dezenas de vezes na mesma área de um jogo.
É um jogo triste também. Em sua trajetória, Claire se depara com Steve, um rapaz que é filho de um cara que trabalhou pra Umbrella e virou zumbi. Se bem me lembro ele morre em algum momento bem antes do final do jogo. O que acaba sendo uma pena, já que eles formam um bom par romântico.
Além disso, há algo interessante que é reintroduzido aqui. Wesker volta como um dos vilões. E já apresenta a superforça e a agilidade desenvolvida pelos vírus e que ganha muito mais visibilidade e até importância no quinto game da série, com toda aquela coisa do HD, das texturas proporcionadas pelo sistema de gráficos e potência do Playstation 3.
Evidentemente o tanto que eu joguei, até um horário decente pra poder dormir, não foi suficiente para nem de perto terminar o jogo ou pelo menos de chegar à base na Antártida. Fica pra uma próxima. Agora que o jogo ganhou uma nova importância nessa vida.
Até porque este Resident Evil vem também com um gosto a mais de nostalgia. Da época pré-internet em que era impossível terminar qualquer jogo sem a ajuda de revistas especializadas. Sim. Noob que sou, fico com uma revista do lado. Uma raridade. Poder degustar assim alguma coisa.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
De mudança
Tantos dias sem entrar aqui que até a senha do Google eu esqueci. Dessa vez eu tive Ano Novo. Pude fazer meu ritual de entrar no mar no dia 31 e parar pra pensar no passado, no presente e no futuro. Uma pausa necessária e mais do que merecida pra poder ajustar os ponteiros, afinar o olhar pro que realmente importa.
Minhas resoluções e planos últimos foram traçados em outubro, nas férias, e até agora aos trancos e barrancos a gente está tentando se manter firme. Não está fácil. Mas está valendo a pena. É o que importa. Nada de grandes tratados para a vida nesta virada.
Esse ano tive que lidar com coisas ruins que marcaram. De perder o vô a ter o iPhone roubado, perder o exame da moto. Errei bastante, refiz muita coisa, aprendi. Novos programas de computador, novas coisas no Photoshop, a lidar com as pessoas.
No momento eu tô cheio de novas ideias e vontades. Sair de vez dessas redes sociais e viver a vida lá fora. Assistir mais filmes, ver mais novelas, ler mais livros e jornais. Escrever mais. Eu tô com novos projetos. Parecendo celebridade. Procurando o equilíbrio pra poder tocar tudo. Torcendo pra que vingue.
Isto era pra ser uma retrospectiva. Nem tá sendo muito. Janeiro não combina com olhar para trás. Melhor seguir em frente. Eu me sinto de mudança. Como se estivesse cercado de caixas e em cada uma delas tivesse uma escolha, um foco, as cenas do próximo capítulo.
Só não sei qual desses pacotes eu abro primeiro. Casar ou comprar uma bicicleta, fazer mais aulas de patins ou pular pro slackline, aulas de direção ou pular de para-quedas? Eu tô com uma fome de mundo, desejando não ser atropelado pela rotina e pelo ritmo do ano que tudo indica até agora que vai ser puxado.
A ordem, no entanto, é economizar. Aliás, preciso mudar. Queria ganhar o suficiente pra poder pagar um aluguel ou dar entrada no meu próprio teto. Ano novo e algumas questões continuam as mesmas. Tem coisa que muda bem pouco.
Minhas resoluções e planos últimos foram traçados em outubro, nas férias, e até agora aos trancos e barrancos a gente está tentando se manter firme. Não está fácil. Mas está valendo a pena. É o que importa. Nada de grandes tratados para a vida nesta virada.
Esse ano tive que lidar com coisas ruins que marcaram. De perder o vô a ter o iPhone roubado, perder o exame da moto. Errei bastante, refiz muita coisa, aprendi. Novos programas de computador, novas coisas no Photoshop, a lidar com as pessoas.
No momento eu tô cheio de novas ideias e vontades. Sair de vez dessas redes sociais e viver a vida lá fora. Assistir mais filmes, ver mais novelas, ler mais livros e jornais. Escrever mais. Eu tô com novos projetos. Parecendo celebridade. Procurando o equilíbrio pra poder tocar tudo. Torcendo pra que vingue.
Isto era pra ser uma retrospectiva. Nem tá sendo muito. Janeiro não combina com olhar para trás. Melhor seguir em frente. Eu me sinto de mudança. Como se estivesse cercado de caixas e em cada uma delas tivesse uma escolha, um foco, as cenas do próximo capítulo.
Só não sei qual desses pacotes eu abro primeiro. Casar ou comprar uma bicicleta, fazer mais aulas de patins ou pular pro slackline, aulas de direção ou pular de para-quedas? Eu tô com uma fome de mundo, desejando não ser atropelado pela rotina e pelo ritmo do ano que tudo indica até agora que vai ser puxado.
A ordem, no entanto, é economizar. Aliás, preciso mudar. Queria ganhar o suficiente pra poder pagar um aluguel ou dar entrada no meu próprio teto. Ano novo e algumas questões continuam as mesmas. Tem coisa que muda bem pouco.
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