Não consegui assistir ao Globo de Ouro. No final das contas eu não tenho
muita paciência pra eventos assim. Ainda se eu estivesse lá, vá lá.
Pedi encarecidamente pra Raíra se eu podia fazer outra coisa.
Fui
jogar video-game. A escolha do jogo não foi aleatória. Há dias que
"Resident Evil: Code Veronica X" baixado há tempos está martelando na
minha cabeça. Joguei muito pouco ele na vida.
Primeiro que ele
saiu originalmente para DreamCast --quem por deus teve esse video-game?.
Eu demorei para ter Playstation 2. Quando comprei o console, truques de
Gameshark já não eram possíveis.
Este Resident não é lá muito
fácil. Sem armas e vida infinita então, nem se fale. Ele exige paciência
e dedicação. Daí que estava lá. Incomodando. Iniciado. Na lista de
jogos comprados e não aproveitados. Parado em uma parte um pouco adiante
do começo e intocado desde então.
A história aqui se passa pouco
depois de "Resident Evil 3" trazendo como protagonistas Claire e Chris
Redfield. Na trama, Claire invade uma base europeia da Umbrella em busca
de seu irmão Chris, que está sumido desde os acontecimentos do primeiro
Resident Evil.
É um game essencial para os fãs da franquia. É o
último que traz todos os elementos do survival horror e que conserva
toda a atmosfera sombria que consagrou a série. Zumbis, sustos e uma
trilha sonora absurdamente assustadora. Sem falar na vagareza. É um jogo
para sentir, respirar, parar, pensar e se envolver.
Muito mais
emocionante do que "Resident Evil 6", por exemplo, em que você não para
de correr e atirar e meio que só isso. Até as coisas acalmarem um pouco e
você novamente correr e atirar de novo. Por horas a fio.
A
dificuldade aqui também é grande. De modo geral ele me parece maior que
seus antecessores. Eu terminei ele uma vez, ainda no Playstation 2. A
vida é muito curta pra ficar morrendo dezenas de vezes na mesma área de
um jogo.
É um jogo triste também. Em sua trajetória, Claire se
depara com Steve, um rapaz que é filho de um cara que trabalhou pra
Umbrella e virou zumbi. Se bem me lembro ele morre em algum momento bem
antes do final do jogo. O que acaba sendo uma pena, já que eles formam um
bom par romântico.
Além disso, há algo interessante que é
reintroduzido aqui. Wesker volta como um dos vilões. E já apresenta a
superforça e a agilidade desenvolvida pelos vírus e que ganha muito mais
visibilidade e até importância no quinto game da série, com toda aquela
coisa do HD, das texturas proporcionadas pelo sistema de gráficos e
potência do Playstation 3.
Evidentemente o tanto que eu joguei,
até um horário decente pra poder dormir, não foi suficiente para nem de
perto terminar o jogo ou pelo menos de chegar à base na Antártida. Fica
pra uma próxima. Agora que o jogo ganhou uma nova importância nessa
vida.
Até porque este Resident Evil vem também com um gosto a
mais de nostalgia. Da época pré-internet em que era impossível terminar
qualquer jogo sem a ajuda de revistas especializadas. Sim. Noob que sou,
fico com uma revista do lado. Uma raridade. Poder degustar assim alguma
coisa.
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