quarta-feira, 15 de maio de 2013

Uma das prateleiras do meu armário despencou. Justamente a prateleira onde ficam alguns jornais, revistas e livros. Principalmente os da Sophie Kinsella, que são grandes e grossos, risos. Encarei isso como um sinal. Preciso urgente liberar espaço, abrir caminhos.

Mudei alguns livros de lugar. Quadrinhos de luxo/capa dura em geral. O Primeira Página, da Folha, que é bastante pesado. E troquei a disposição das pilhas depois que minha mãe e eu arrumamos a prateleira.

Daí tomei a decisão de dar uma pausa nos livros essa semana para desopilar alguns jornais, gibis e revistas antigos. Interessante que cada um deles tem um tempo diferente. O Segundo Caderno é diferente da Ilustrada que é diferente de uma Revista da TV mesmo aos domingos.

Curioso também as coisas que a gente perde porque não dá tempo de fazer tudo. Em novembro do ano passado, por exemplo, a Ilustríssima publicou um perfil/entrevista com o então ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto que estava prestes a se aposentar.

Lá ele fazia uma observação bastante interessante sobre a diferença entre atenção e concentração e sobre um estado contemplativo que seria uma mistura desses dois estado num esquema de o melhor de dois mundos. E ele falava sobre por exemplo as aves carnívoras não cantarem. Coruja, águia, harpia.

"É como se a natureza estivesse dizendo que para cantar tem que ser herbívoro", disse à época Ayres Britto, que é vegetariano. Achei de uma singeleza e sabedoria enorme, daquelas que a gente conquista de olhar e olhar pras pequenas coisas, porque são essas que valem a pena afinal de contas.

Ainda não virei vegetariano. E dificilmente vou virar. Mas que é algo pra se pensar na vida. Isso é.

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