terça-feira, 19 de novembro de 2013

Começaram as chuvas de verão. Agora só falta começar o verão.

domingo, 17 de novembro de 2013

Boa perspectiva

Eu estava até sonhando. Não me perguntem o quê. Não importa. Não é relevante. O fato é que não foi só um cochilo. Eu consegui deitar e dormir e acordei assustado as dez para as cinco da manhã com o barulho do despertador, que continua sendo Hold it Against Me, porque é importante acordar na pegada do agito.

Então a Britney quebrou aquele ritmo da sonolência. Tomei café, tomei banho, coloquei uma blusa, preparei uma marmita de frutas, peguei o livro "Um Dia" e vim enfrentar este plantão neste clima frio. Chegando aqui recebi um e-mail da Saraiva dizendo que o final de semana está terminando.

É uma boa perspectiva e olha que mal acabou de amanhecer.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Que venham as próximas

Não fiz tudo que queria. Por incrível que possa parecer faltou tempo, teve o curso. Não comi em todos os lugares incríveis que eu tinha planejado. Não vi todo mundo que eu gostaria de ter visto, mas puta que pariu. Como eu cresci nestas férias.

Assisti a mais filmes nos últimos 30 dias do que talvez no ano inteiro (mentira). Fui a mais peças de teatro (três, mas é um recorde). Tivemos que lidar com imprevistos, com problemas técnicos, com o mau tempo, com o pouco tempo. Mas eu curti cada coisinha que eu fiz. Até mesmo passar um dia inteiro no sofá vendo a Globo.

Eu li gibis. Li um livro só agora nestes últimos dias. Li jornais e revistas. Pude ver vários filmes do Mix, entre curtas e longas. E neste ano rolou até show do Gongo. E volta a vontade de fazer um filme pro ano que vem.

Pude parar. Vislumbrar o futuro. Olhar o horizonte. Tive uma perspectiva de que sim, dá pra ter uma vida social. Aprendi a dar valor. Vi como eu gosto do meu ritmo de trabalho. Não que eu não soubesse. Mas frustração demais com cotidiano demais às vezes cega. Faz a gente se esquecer das coisas. 

Aprendi a ser grato. Por não precisar acordar com o despertador, por não ter que pegar o metrô lotado logo cedo every single fucking day. Aprendi que dá pra planejar o dia. E fazer render. Vi, sobretudo, que dá pra desacelerar. Que não é preciso se cobrar tanto. E a desencanar de querer ver todas as séries, filmes e programas do mundo. Que dá pra dar mais risada disso tudo.

As próximas férias devem demorar muito pra chegar. Que elas cheguem, é o que importa. Até lá a gente vai vivendo. Um dia de cada vez. E pacientemente tentar fazer o melhor que der sem muito sofrimento.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A hora mais feliz

Eu vou dormir pensando nisso e acordo pensando nisso. Onde eu vou almoçar no dia de hoje. Dedico horas a esse pensamento, destrincho os fatos, disseco a questão da champanhe.

Fazer o curso na Paulista, nos arredores da rua Marília me evoca uma época feliz da vida. Uma época em que eu era feliz e sabia. Era o tempo quando o escritório d'A Capa/Disponível ficava ali naquela ruinha que liga a Jaú à Santos.

As horas do almoço costumavam serem boas. Hoje além de boas elas vem com um gostinho bom de saudade, mas não no sentido negativo da saudade, daquela que faz doer e lamentar. É a saudade de um tempo bom porque a vida também fluiu e mudou e outras coisas vieram pra nos fazer feliz, de outras formas.

Na semana passada eu comi em todos os lugares onde costumava almoçar nos idos de 2008 e 2009. Fui no Dinheirinho, que é o restaurante Jardim Paulista, ali na alameda Campinas, quase na esquina da Jaú. É o restaurante amarelinho fofo. Que na nossa época dava um vale desconto pra usar lá, o tal do dinheirinho.

Fui no Gardens, um self service que também tem pratos feitos ali em frente à praça Alexandre de Gusmão. É o melhor lugar pra comer feijoada, às quartas, porque eles tem uma maionese incrível que muito combina com a feijuca, além dos pasteizinhos e dos bifes à milanesa.

Tem também o Alegrill, mais pra baixo ali na Pamplona. Onde tem um strogonoff delicia de camarão. A única chateação é que o Galeto com Sabor que era O lugar pra comer às quintas com um buffet de massas incrível está reformando.

Mad agora tem algumas novidades nos arredores. Abriu um Burger King na Santos. Eu não tava nem sabendo disso. E do lado tem um mexicano que parece muito bom também. Talvez eu até vá lá essa semana.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Padrões de manipulação na grande imprensa

Tem um livrinho com esse nome. Do Perseu Abramo talvez. Mas não é dele que eu quero falar.

É que passei parte da semana passada no sofá, vendo a Globo. E fugi sempre que deu, juro. Há muito tempo que eu não via os jornais que passam no canal na hora do almoço assim, de assistir e prestar atenção.

E por coincidência foi semana passada que o vídeo da menina que no ano que vem quer estar na praia vendendo a arte dela com as coisas que a natureza dá pra gente viralizou.

E o que tem uma coisa a ver com a outra? Tem a ver que essa reportagem foi exibida bem antes da semana passada, mas mostra um pouquinho como o jornalismo vive de clichês, como o jornalismo tá meio mal das pernas e como o pouco tempo pra fazer matérias acaba comprometendo a qualidade final de um trabalho.

Primeiro. Dificuldade dos jovens escolherem o que vão prestar no vestibular. Quer pauta mais boring? Dai entrevistam a menina que quer fazer "administração", mas tá lá brisada e bolando um beck no quadro seguinte.

Outro personagem incrível da matéria é o rapaz que vai fazer administração pra tomar conta do comércio da família. Mano, nem é que o cara aparece na frente do mercadinho ou de um jeito meio coxa que se espera de um estudante de adm. Nas cenas do cara ele tá brindando com um amigo, tomando uma heinecken tipo umas 14h da tarde.

Tem um personagem bom pra matéria, que é o japa que quer fazer medicina, mas quando ele dá as aspas dele você tá se mijando pelo fato de a Globo ter mostrado a menina bolando um baseado hahahaha.

Em todo caso e fora isso. Tanto nas reportagens gravadas, como nos fala povo ao vivo fora fo estúdio, o que eu percebi é como os repórteres conduzem a matéria para o que eles querem.

Nem é maldade, é mais pelo exercício da profissão. O modo de fazer uma pergunta e conseguir do entrevistado uma resposta que afirma o que ele perguntou. Do tipo - "Hoje está um belo dia, não?" - "Sim, hoje o dia está muito bonito". 

Isso ou ter jogo de cintura pra corrigir uma aspas ruim. Às vezes o entrevistado cala, responde com monossilábicos sim, não, obrigado ou balançam a cabeça. E aí fica difícil encerrar a matéria ou fechar o texto.

E isso é coisa que você acaba nem percebendo muito quando você é leigo ou não está muito inteirado. Porque não é só ter visão crítica. É treinar o olhar pra ver detalhes, truques de edição que você não capta se não tem um pouco de conhecimento técnico sobre o assunto.

Até porque em TV é uma matéria seguida da outra, o âncora no estúdio, a menina do tempo. A atenção vem, vai. A TV tá lá quase como uma extensão da casa, um outro membro da família. 

Temas complexos como a crise na Síria explicada em coisa de um minuto e meio. Vai ler uma nota num jornal impresso ou na internet pra ver se entender de verdade aquilo não toma mais tempo, enfim.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mostra pra mim, vai

Eu até que tava beeeem querendo ver alguma coisa da Mostra esse ano. Mas daí ela começou e eu fui viajar e agora que voltei e ela tá acabando todos os filmes se esgostam.

Ontem eu fui ver a Diana, mas se não tivesse ido eu ia me jogar em alguma sessão ali pelos arredores da Paulista depois do curso. 

Mas hoje eu tô tão cansadinho. E olha que acabei de levantar. Sono acumulado. Porque se teve uma coisa boa que eu aprendi esses dias de férias é que um cochilo no meio da tarde é um luxo que pouquissimos têm acesso.

E já que eu tô fazendo a aula e coisa e tal nada de sonecas vespertinas até semana que vem. Hoje então nada de Mostra. Só quero arrumar um jeito de fugir do metrô lotado, chegar logo em casa e dormir.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

SPTrans selvagem.

Eu ia pra Paulista de Ônibus. Direto. Sem passar pelo drama de um metrô lotado. Isso se o Terminal Pinheiros não tivesse sido extinguido nessa reformulação aleatória de linhas feita pela SPTrans no último sábado.

E agora, cá estou eu, no metrô. A Penha está simplesmente abarrotada. O metrô chega cheio na estação. A Marginal perto de casa já está parada. A Radial não deve estar muito diferente. E querem cobrar 200 mil um apê na Zona Leste.

Torcendo pra essa composição fazer um bate e volta e eu ir sentado pelo menos até a Sé. Dormi pouco essa noite, ansioso pelo curso e com medo de perder o horário. Pelo menos temos o lado bom de ainda estarmos de férias.


domingo, 27 de outubro de 2013

Já tive passagens por Caraguá mais animadas. Mas nem por isso essa semana deixou de ser uma delicinha.

Faltou sol, faltou praia, faltou sexo e faltou wi fi. Não que eu passaria o tempo no twitter e no facebook, mas pelo menos dava pra ver algumas coisas no Netflix.

Descobrimos que a TV (Philips) não lê legendas externas, o que é ruim, além de o áudio perder a sincronia com o som dos vídeos. Talvez eu devesse ter trazido o PSP. Adultos se divertem de um jeito estranho.

Ontem o pai desceu. Vai passar a semana aqui. Todo um debate sobre enem, mascarados, protestos, black blocs, Felix, Bolsonaro, Nico, Amor à Vida. Amar e amar e amar.

Enfrento neste momento um trânsito chato na estrada. Um saco. Pra vir foi tão suave. Lado bom de hoje não ter feito sol  é que eu volto pra São Paulo no meio da tarde.

Geralmente, se não vou embora de noite eu vou de manhã. E deixar a praia quando está amanhecendo é uma tristeza sem fim, como se eu estivesse deixando pra trás um dia incrível, cheio de possibilidades e céu e sol e mar pra ficar com um dia triste e cinza cheio de poluição e tortura que é viver em São Paulo.

Dessa vez está menos dolorido. Amanhã eu começo o curso de Adobe Premiere na Impacta. Pelo menos hoje o tempo está feio. Pra trás hoje fica só a vidinha. Pela frente talvez não.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O tempo que ainda temos

Na quarta eu pedalei aproveitando o final do dia. Fui até a Martin de Sá. Depois fiquei na praia pensando na vida. Pensando no futuro. Definindo metas, acertando próximos passos de coisas pra fazer na vida.

Fazendo cálculos, projetando o futuro, basicamente. Foi sussa. Longe da pressão da vida cotidiana de trabalho, sem ter que ir pra firma. É incrível como caminhar clareia a mente. A partir de agora é esperar cada momentinho pra agir.

Ontem deu praia. E no que seria meu horario de ir pra Folha eu tava era indo pra Prainha. Consegui dar um mergulho. Tomar o tão esperado banho do descarrego. 

Há um certo tédio de estar na praia com o tempo ruim e sem internet, sem minhas séries, sem meus filmes, por isso com sol rolou de passear, andar de bicicleta, me apaixonar, assistir uma peça de teatro de rua e ainda caçar, sem sucesso.

Hoje o dia está chuvoso. Rádio está ligado ao invés da TV Globo. Nothing to do. É uma boa perspectiva. Podia passar um filme bom na Sessão da Tarde. Quase gastei a cota de 3G do mês nessa semana. Tem um Aliás de julho pra terminar de destrinchar. E mais alguns cadernos de jornais aqui que voltarão para São Paulo.

No mais esses dias bons estão chegando ao fim. Então temos que aproveitar o tempo que ainda temos.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sobre as redes sociais (o melhor resumo do instagram)


Na foto: Camila Pitanga, Zeca Camargo e Marina Person


Nos comentários: a ju-ci-le-ne pedindo pra seguir de volta.

Acho que isso resume bem.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sobre os dias na praia (até agora)

Então eu terminei de arrumar tudo, dei um pulo no estádio pra fotografar as corujas, mas as fotos não ficaram tão boas e vim pra Caraguá.

Cheguei na rodoviária às 16h e o ônibus saiu 15 minutos depois. Não deu nem tempo de fazer coisa errada. Foi uma pegada so long bitches. Nem de comer. Comprei uma baguete que devorei antes de pegar a Airton Senna.

Cheguei aqui depois de 3 horas. Tava calor, mas o tempo estava começando a enfeiar. Uma caminhada de uma hora depois e cheguei à casa do vô. Daí foi conversar com a tia Leila e o Alexandre que estão tipo morando aqui.

Logo menos veio a ventania e uma chuvinha uó. E aí até agora não deu praia. Ontem passei uma parte do dia no sofá. Mas rolou dar uma volta de bike até o centro. A única coisa é que é bem ruim ficar aqui na iminência de uma chuva que não vem.

Cresci vindo pra praia então tempo ruim era uma coisa que fazia parte. Agora faz tempo que eu desço e não pego um dia de sol. Nem precisa estar rachando, mas um solzinho pequeno já me alegraria. Quando eu tô em São Paulo, de plantão, o sol marca presença forte no dia. Ironias da minha vida.

No mais, os filmes e séries que eu trouxe pra assistir não vingaram muito não. A tv é Philips e não lê as legendas externas. Fora que sempre o áudio perde a sincronia com a imagem. Uó.

Tirando isso o tempo tá voando. Comecei a ler o primeiro quadrinho da coleção da Salvat "Homem-Aranha De Volta ao Lar" e consegui me livrar de alguns cadernos de jornais que trouxe pra ler. Surpreendentemente dei sorte, o 3G funcionou e rolou de assistir Brinquedo Assassino 3 no Netflix.

E é isso.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sobre os últimos dias

Então, na sexta eu levantei cedo e fui fazer caminhada e fiquei morrendo de fofura com as corujas que estão no estádio. Se tudo der certo, mais sobre essa história em breve.

Fui na podóloga e alegria. Há meses que unha encravada não é mais um problema na vida. Depois encontrei a mãe. Fomos na galeria do rock, para ela fazer uma tatuagem. Eu aproveitei o ensejo pra furar o nariz. E agora ando pensando se vou tirar ou não o piercing do septo.

Na volta assisti Brinquedo Assassino 2. Foi o tempo de descansar mais um pouco e sair. Aniversário da Teka no Dubaria. Foi xuxu. Mas ter levantado cedo e não ter descansado me deixou dormindo na mesa do bar. E quando a gente saiu o sol já estava lá fora.

Sábado, portanto, foi um dia meio morto. Assistimo séries, dormimos, assistimos séries. Terminamos a arrumação. Meio no truque pra dizer a verdade. Impossível arrumar os livros agora.

Então fui encontrar a mãe para ir com ela no show da Monica Guedes. Foi mais legal dessa vez. Vai ver porque tinha cerveja e eu ainda tomei uma dose miguelada de whisky, porque tá na hora de a gente aprender a tomar isso. =P

O show começou às 23h e terminou às 03h, devido ao horário de verão. Foi bastante longo, mas tem algumas músicas dela que de tanto minha mãe ouvir eu comecei a gostar de verdade. E ainda teve Ex My Love, Show das Poderosas e clássicos do sertanejo na playlist.

Pegar um taxi pra voltar não foi simples. Essa história dos aplicativos. Da facilidade estar na palma da mão acabou com a coisa legal e inusitada de trombar um taxista no caminho, sabe? A tecnologia está acabando com a espontaneidade.

Hoje acordamos. Vimos iCarly e atrasamos. Tinha prova. Olha. Nunca mais eu vou deixar uma crise profissional fazer eu prestar um concurso público. Mano. Não rola fazer essas paradas sem estudar pra isso. É perda de tempo e de dinheiro. Apesar de a esperança ser a última que morre, nunca fiz uma prova tão rápido na vida. E a redação mais cagada do universo. Fora que nem foi uma prova muito legal. Enem, por exemplo, é muito mais divertido.

Saindo de lá fui comer no japonês. Tava com tanta vontade e fome que comi rápido e enchi. Meio passei mal de tanto comer e deixei meio temaki no prato :(

Foi bom pra matar a bicha, mas nunca mais eu como na vida. Aloooocka. Depois desse rolê no qual eu precisei de um guindaste, encontrei a Raíra pra gente ver O Duelo no Centro Cultural. Demos sorte e conseguimos ingresso que estão disputadíssimos.

Tem a Camila Pitanga no elenco e isso é tão inusitado e significativo e as fotos que ela posta no instagram são tão legais que a gente não podia deixar de ir. E tem o doutor Abobrinha na peça, que assim como O Tempo e o Vento é enorme.

Mas a piração é boa. Rola um intervalinho. E eu gostei mais do segundo ato, talvez porque ele é mais direto. Diferente do Tempo e o Vento, a peça não é arrastada. Ah, o padre é gatinho. E um boy até aparece pelado (mas não dá pra ver a neca).

Passeio cultural pra encerrar essa primeira semana de férias delícia. E até agora a certeza que eu não teria feito nada de diferente. Amanhã eu devo viajar em algum momento do dia, mas não decidi nada ainda sobre horário e coisas do tipo. 

Aguardem novidades.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Daí que eu tava com um projetinho de assistir um filme por dia e fazer um post por dia nas férias, tipo um diário dessa delícia. Mas sem me obrigar muito assim, porque né...

Ontem passei o dia na faxina das pilhas e documentos. Na hora do almoço consegui parar pra assistir Zombeach, que é um curta de uns 15 minutos, estrelado pela atriz pornô Mônica Matos, like a Sasha Grey braselera.

Comprei ele na feira há meses. Se pá até bem antes de o vô morrer. O áudio é uma porcaria, mas a maquiagem é boa e o filme não tem muito diálogo de qualquer maneira. Mas tá valendo a intenção da galera de fazer um zombie-soft-porn e da fia de ter topado participar do projeto.

Depois voltei pra arrumação e acabei saindo de lá já eram 23h e ainda ficou uma caralhada de coisas pra terminar. Mas agora é a parte fácil. Daí eu assisti Carros 2 que o Gabriel me emprestou. E por falar nisso, tadinho, ontem fui buscar ele na escola. E quando ele tava indo embora pra casa, tropeçou sei lá como e bateu com a cara no portão aqui. Machucou a boquinha. Chorou, abriu o maior berreiro. Nem foi nada sério, mas que deu um aperto no coração, deu.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O segundo dia das férias magras não teve exercício porque simplesmente não consegui levantar cedo tendo ido dormir tarde no dia anterior. 

Então depois de levantar e tomar café eu fui continuar a faxina e a me desapegar de coisas do passado. Porque guardar holerite de 2009, santo cristo?

Dai foi. Tomei banho, saí de casa e fui encontrar a Raíra. A ideia era a gente assistir É o Fim, aquele do James Franco, que sairia na faixa, e O Tempo e o Vento. Sairia não fosse o fato de eu cabeçudo ter esquecido os ingressos em casa.

Então resolvemos mudar os planos e no lugar do James Franco a gente viu Invocação do Mal que foi bem engraçado fazer a Raíra pular da cadeira hahahahaha. Pausa pra comer e fomos ver então O Tempo e o Vento. E bota tempo nisso, porque esse filme é INFINITO.

Não longo do tipo Matrix ou Senhor dos Anéis que você nem vê passar. Longo do tipo ele não passa. Ele é parado. Assim. A gente pegaria a Cleo Pires. A Fernanda Montenegro tá incrível. O Thiago Lacerda tá lindo apesar de nunca tirar a farda (porquinho), mas o filme é parado. Mais parado que meu marido Léo. Fora que não tem emoção. Tem uma ou outra cena engraçadinha, mas tem duas partes em que o certo capitão Rodrigo pega na espada (epa!) que são as lutas mais sem graça da história do cinema mundial, apesar da boa vontade dos atores.

Findo esse rolê interminável. A fome persistia. Fomos então pra Lanchonete da Cidade. Comemorar as férias, aproveitar a restituição do imposto de renda (a vida é dura) e celebrar a vida. Foi incrível. Apesar que agora eu sei toda a quarta temporada de Vampire Diaries. Brinks. A gente comeu um hamburguer chamado Bombom a la presse. Eu tava a fim duns cheddar louco, mas 180g de carne acabaram falando mais alto. O milk-shake de doce de leite fez jus à fama. A Raíra escolheu uma sobremesa estranha lá.

No mais foi isso. Terminei Teorema Katherine (boooooring). Cheguei em casa ontem e capotei. Hoje rolou levantar e caminhar. Previsão para este dia é terminar a faxina e assistir alguns filmes e séries. Descansar, enfim, portanto, já que as férias estão só começando.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Férias chutando bundas

Inimigas, cortai-vos

Começando com o pé direito o primeiro dia das férias magras levantei cedo e fui fazer caminhada. Voltando dei início a faxina das pilhas, mas isso vai ficar parcelado pros próximos dias também.

Só sei que hoje eu tenho que agradecer. Porque não tinha como ter sido melhor. Na quinta ou na sexta-feira passada participei de um concurso do Judão pra ver uma sessão exclusiva de Kick-Ass 2.

Ontem eles deram a resposta de que eu tava in. Chamei a Fernanda pra ser minha acompanhante e fomos. Chegamos rápidão de trem. A cabine era no prédio da Sony, lá nas Nações Unidas. Puta lugar legal.

Antes de começar rolou uma comidinha pra galera. Balas de goma, pipoca, refri, suco e rufem os tambores... Vodka! Não sei quem teve a ideia, mas eu devo agradecer, porque eu fiz lá um (dois) drinkzinho(s) pra mim e foi ó, belezinha. 

O filme. Caralho. O que dizer? Se o primeiro Kick-Ass já era animal, esse tá ainda melhor. Nunca uma sequência foi tão boa na história recente do cinema. Kick-Ass 2 tá simplesmente ALUCINANTE. Sério. Tá muito muito bom. Quero assistir de novo.

O Motherfucker, a Mother Russia, a Hit-Girl e o Jim Carrey (na melhor atuação de sua carreira) fazem muito o filme valer a pena. E o Aaron Taylor sei la como escreve também tá tipo príncipe.

Até o fechamento desta edição eu não tinha lido o quadrinho que inspirou/originou o filme, só li o prelúdio estrelado pela Hit-Girl. As referências e piadinhas boas sobre o universo dos heróis estão presentes nos diálogos no mesmo nível de incrível. 

Aliás, saindo da Sony fui lá na Geek comprar o ~gibi e causar um pequeno rombo no meu orçamento do estado.

E se vocês acham que acabou, vocês estão enganados. Porque toda a galeris que colou ainda ganhou um par de ingresso pra ver É o Fim (que tem o James Franco interpretando ele mesmo e tá dá já tava na programação de amanhã.) e ainda participamos de um sorteio de DVDs do primeiro filme. E bem. Eu ganhei. E a Fernanda também. \o/

E é isso. Obrigado universo. Obrigado Judão. Obrigado Borbs (cê tava gatinho hoje by the way) e obrigado Sony Pictures.



domingo, 15 de setembro de 2013

Na ponta do lápis

Eu queria ser dessas pessoas que não pensam muito sobre isso. Simplesmente fazem as coisas e pronto. Mas eu tenho uma maneira tão racional e tão matemática de pensar que às vezes eu canso.

É como se eu ficasse mais tempo tentando tomar uma decisão do que efetivamente sentindo o efeito da decisão tomada. Eu analiso, reviro, esmiúço cada detalhezinho das situações.

São horas e horas de discussões comigo mesmo, onde eu exponho para mim os argumentos válidos e inválidos, os prós e os contras de cada duvidazinha com as quais eu me deparo.

E cara, isso pode ser bem complicado quando estamos falando de escolhas. Ter que abrir mão de uma coisa para ter outra. É realmente chato ficar se atormentando quando não se sabe exatamente como você vai chegar onde você quer chegar.

Eu queria muito ir no show d'O Rappa no final de semana, mas isso implica em investir o dinheiro em um show e deixar de aplicar em outras áreas da vida, outros sonhos, outras tentativas. 

Essa econômia anda ruim, o salário nunca foi bom. Está cada vez mais difícil passar a vida na ponta do lápis

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Agora sim parece que setembro começou porque essa primeira semana estava parecendo agosto emulado. Estava difícil. Espero que agora a vida dê uma melhorada de modo geral. Que os dias passem até chegar logo as férias, pra eu poder botar a vida em novos eixos.

Eu nem li Susan Miller. Bode e impressão de que agora meio que não precisa. Ela já esteve errada antes. Apesar da influência dos astros eu acredito que no fundo a gente leva a vida que dá pra levar. Tem coisas que não dependem da gente.

Eu assistiria Orange is The New Black agora, mas meus pais que passaram um final de semana maravilhoso na praia chegaram em casa e já tretaram. E meu pai está dormindo _ e roncando _ aqui no sofá da sala.

E aí meu deos. Quando é que eu vou ter minha casa? Quando é que vou ter uma profissão que paga o mínimo suficiente pra se manter com uma folga? Ser ou não ser? Eis a questão: é mais nobre enfrentar um aluguel ou sofrer a dureza dos dias, esperando algum tempo até ter a grana pra um financiamento?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Epifania de uma segunda

São Paulo é uma cidade estranha e caótica. Talvez a área de atuação profissional que eu escolhi não seja para mim. Talvez o mundo é que esteja mudando. Talvez esteja rolando no inconsciente coletivo que a vida não devia só ser sofrimento, nem só acumular riquezas.

São Paulo é uma cidade caótica onde 32 m² é chamado de apartamento e custa uma fortuna. Onde é que se ganha tanto dinheiro? E para que tanto trabalho, tanta produção de coisas que no final das contas acaba indo para o lixo? Existem toneladas de lixo boiando no mar.

Quem é que tem tanto tempo assim? Que gosta tanto de coisas duras que não dão prazer nenhum? Será que eu sou hedonista? Terminei de ler a coluna de Michel Laub sobre jornalismo cultural. Por que a Bravo! fechou? Como conciliar público e privado?

Cadê esse novo modelo de financiamento? Como conseguir nova receita? Cadê o gosto do vento no rosto? E a boa e velha liberdade? Eu quero sair de casa. Eu quero mudar de cidade. Eu viveria pelado no meio do mato. Desapeguei das redes sociais. Quero excluir meu Facebook. Sonho em escrever um livro.

Eu tenho medo de não conseguir me sustentar. Por que é que o futuro parece nunca chegar? Não encontro motivação para arrumar meu guarda-roupa. Preciso desarrumar para arrumar. Como jogar revistas no lixo? Eu estou ficando caótico. Tento me agarrar na rotina para manter a lucidez. Preciso urgente fazer exercícios.

Eu sairia de São Paulo.

domingo, 18 de agosto de 2013

Do Night Riders

As inimigas bem que tentaram me derrubar, mas não conseguiram. No meio do percurso, em cima do Minhocão, o pedal esquerdo da bike simplesmente caiu. Daí foi pegar ele rápido e parar no canteiro central pra rosqueá-lo novamente.

Como não fui o único que protagonizou esse incidente tirei essa da conta das invejosas. Mas preciso de uma chave inglesa anyway, pra prender o pedal com mais força agora. Em todo caso, completei a prova, apesar de ter desencanado bonito de pegar a medalha.

Seria mais uma tranqueira pra acumular, ocupar espaço e pegar pó. Tô suave disso aí. No mais, completei o percurso e tô bem satisfeito com tudo. A bike vinha no kit do Night Riders, uma pedalada noturna pelo centro de São Paulo que aconteceu ontem.

Fiz minha inscrição há uns dois meses e fui na sexta com a Teka retirar a bike dobrável. Tempo ruim e mal condicionamento ela acabou furando ontem e eu fui sozinho pro rolê. Encontrei o Rubão lá no Anhangabaú, de onde partimos. Antes eu fui pela ciclovia da Penha até o Tatuapé e antes ainda dei umas voltinhas aqui na rua de casa mesmo.

O passeio foi incrível, gostei bastante da bike. Vai servir para o que eu queria mesmo, dar umas pedaladas eventuais e levar pra Caraguá em férias, feriados e finais de semana aleatórios. Mas ela não é muito pró não. Não é lá muito veloz. Ou eu que não soube ajustar as marchas, sei lá.

Subir o Vale do Anhangabaú foi um pouquinho penoso para alguns. A subida da Faculdade de Direito do Largo São Francisco também não foi bolinho. Muitos desceram da bike e subiram a pé esses trechos. Mas o pior foi a subida para o Minhocão, que virou uma romaria das bikes.

Durante o percurso fomos afunilados algumas vezes, primeiro na rua São Bento. Havia algumas barracas instaladas por moradores de rua ali. Aliás, como a noite deixa evidente o grande número de pessoas em situação de rua. De dia parecem que são invisíveis. Se misturam ou se camuflam no meio da população, ou às vezes a gente que está tão acostumado a isso, a esse problema, que a gente já nem sente mais e convive.

Será que não tem mesmo como resolver isso? Dar condições melhores de vida, de preços, de custos, de oportunidades? Ser partidário da bike te coloca numa espécie de ideologia coletiva pelo uso do transporte público e integrado com a cidade, você discute acessibilidade, mas ali do lado da gente um monte de gente sem acesso algum, a nada. E ontem tava um puta frio ainda.

Primeira vez pedalando pelas ruas da cidade, o passeio deu uma boa ideia da guerra velada que rola em São Paulo (quiçá nos grandes centros urbanos) entre motoristas e ciclistas. Durante o trajeto alguns pontos cegos, de pouca segurança, como na Ipiranga com a São João ou na São João com a Duque de Caxias. Os motoristas na Ipiranga e na Duque incomodados e impacientes, buzinando, acelerando.

Sei lá. Merda não tem hora pra acontecer e também já vimos situações em que motoristas simplesmente avançaram pra cima de ciclistas nesta vida. Na Ana Cintra ali atrás da Folha, rolou um stress com pedestres que queriam atravessar a rua também. Mas o pior foi a chegada na praça da República - onde tivemos que pedalar do lado do trânsito fluindo - e ao chegar ali na  Ipiranga com a São Luís. Dos carros que estavam virando sem se importarem muito e sem a CET ou a Polícia Militar pra segurar o trânsito.

No mais pedalar foi ótimo. Empolguei. Me deu um novo gás. Vou procurar ficar por dentro de outros passeios do tipo. Também descobri que há uma espécie de confraria secreta da bike, no estilo que rola com motoboys também acontece quando você está com uma bicicleta. Algumas pessoas são simpáticas e conversam com você. Alguns ciclistas interagem e trocam dicas. E tinha uns boy gatos. Me apaixonei umas 3 vezes lá. Como diria a Teka, o amor está na bike.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ainda

Às vezes eu reclamo. Às vezes eu falo mal. Mas isso de sair meia noite do trabalho encurta a semana de tal maneira que quando você sai do serviço já é o dia seguinte.

Olhando assim em perspectiva. Essa semana que eu tenho coisas pra fazer na quinta, na sexta e no sábado bem deve demorar 300 dias pra passar. Hoje levantei e pensei que podia muito bem ser quarta. Ainda é terça-feira.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A próxima lição

O próximo passo é aprender a ser humilde. E, pra isso, reconhecer que falta pouco, mas ainda não sabemos tudo.

E com isso parar com a arrogância de achar que não precisa de algumas coisas ou pessoas e achar que não temos necessidade de tomar certas atitudes.

É domar o recalque. Tomar cuidado pra não alimentar inveja. E enfiar essas coisas bem no cu. E aprender a abaixar a cabeça às vezes. Ver que podemos aprender com o olhar do outro. Tentar separar alhos e bugalhos.

Mesmo que eles sejam folgados pra caralho e nos tratem mal, ainda produzem algo relevante, interessante. Que pode expandir este horizonte. 

É isso. Treinar a visão para ela não ficar limitada. Mas fazer aos poucos as coisas que dão prazer e cuidar para que elas não virem uma obrigação.

Às vezes, ter múltiplos interesses na vida é um grande problema. Pelo menos resulta numa grande pilha de livros e revistas para ler.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A grama do vizinho

Quando foi que abrimos mão de ter uma identidade? Quando foi que deixamos de ser quem somos e passamos a olhar mais o que os outros fazem?

Quem disse que temos que correr atrás de algo que outros têm? Cadê o diferencial, a diversidade?

Onde já se viu deixar de dar valor para o que se tem pra valorizar o que é dos outros?

Se comparar com o carinha que está lá do lado, mas tem outras condições não é saudável. É um tiro no pé.

Estilos, vidas, realidades, infra-estrutura, poder de investimento. Tudo diferente. Como se manter estimulado?

Qual é o foco afinal? Qual é o objetivo? Copiar e copiar e copiar? Por que não fazer as coisas de um jeito certo? Por que não definir metas, prioridades?

Por que você não se organiza?

Não é mais que estamos no caminho certo e por isso temos as mesmas coisas. É porque você tinha e eu fui lá e te imitei.

Não há mais espaço para a criatividade, não há mais espaço para a iniciativa. A inveja é algo muito feia. Que te consome. Já está te consumindo, aliás. Você está brochado e nem percebe. Acha que ninguém notou esse pau mole?

Mas nesse arfã de querer sempre ser igual você vai se estriprar e acabar falido. É tudo pra agradar a quem? Agrade-se. Foque. Assuma-se. Seja quem você é, quem você quer ser e quem dá pra você ser.

Valorize-se

Vá com calma. Quem foi que disse que a grama do vizinho tem que ser sempre mais verde? Talvez ainda seja tempo de cuidar do seu jardim.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Como me dói

Vocês não sabem como me dói a impotência. De ver todo esse sofrimento. Não ter o que fazer diante de todo esse desespero. Cresci ouvindo minha mãe falando que quer morrer. Que ia segunda-feira no advogado pra se separar. Que quer sumir, desaparecer. É muita falta de amor, próprio, de outro.

Por isso eu não tenho paciência e tento encarar as coisas por um viés prático. Veja bem. Eu posso até tentar entender. E servir de ombro pra você, mas eu não sou tão bom nisso. Eu acabo julgando. Mas não de dono da verdade, não me entenda mal, é que às vezes é muito mais fácil pra mim resolver os seus problemas do que os meus.

Sumir não resolve problemas. Dormir tão pouco. Sério. Problema pra mim é viver desse jeito que a gente vive. Na periferia, ganhando pouco, trabalhando muito, lidando com metrô e ônibus lotado, espremido, apertado. Por isso que eu queria era ganhar na mega-sena, pra não fazer nada da vida. Viveria de perna pro ar com vista pro mar.

Encher laje cansa. Cortar cana cansa. Se teve uma coisa que eu aprendi nessa vida é que quem quer, faz. E quem não quer fica falando. Venho tentando engolir minhas reclamações e mudar o direcionamento do olhar. Eu adoro fazer piada com o meu azar, mas tirando isso, no final das contas, minha vida não é tão ruim como eu gostaria que fosse. Não que seja tão boa como eu gostaria que fosse.

Mas é isso. Não adianta ficar reclamando que o emprego é ruim. Muda de emprego. Não é fácil, mas ninguém falou que seria. Veja bem. Não estamos falando de trocar de roupa. Estamos falando de trocar de vida. Difícil? Nada na vida vem sem esforço e dedicação. Pelo menos na minha vida é assim. Minha prima, a Adriana, está bem, casada, em Belém, com o cara que conheceu na Força Aérea.

Não foi sem sofrer, física e psicologicamente, que ela chegou onde chegou. É isso. A gente vive em tempos em que a gente é obrigado a dar certo, a ganhar bem, a conquistar coisas, a ser feliz. Tô começando a ver que dá pra questionar esses padrões. A gente não precisa de tanto assim. Hype não enche barriga.

Não dá pra viver de imagem. Não dá pra viver na bolha. Não dá mais pra se iludir. Mudar de emprego é difícil, então vamos pelo menos tentar olhar pra ele de outro jeito. Agradecer que estamos com a carteira assinada e tentar focar no que é bom. Nas horas livres, nas pequenas coisas.

Correr em busca de uma vida que não seja medíocre. Queridos. A vida já é medíocre. Tudo que eu mais quero nessa vida é sossego. Paz. Silêncio. 

Aprendi a fazer coisas sozinho também. A não ficar dependendo da vontade alheia pra fazer coisas que me interessam. Por isso eu sou desses, que sai sozinho, que é "egoísta". Outra coisa que eu cansei de ouvir da minha avó foi que "com medo não se vive". E se tem uma coisa que é difícil de enfrentar é o medo.

Minha vó não é tão corajosa assim como quer que eu seja. Não pega o carro pra fazer um trajeto que não conhece e é completamente avessa ao uso do GPS, por exemplo. Também não é esse poço de rebeldia que sempre pregou. A morte do vô deixou isso evidente de certa forma.

São as contradições do ser humano, afinal de contas. Nem todo mundo é médico, nem todo mundo é monstro. Talvez seja amor, talvez seja machismo mesmo, mas foi o acordo que eles fizeram. Ele responsável pelo sustento da casa e ela zelando pelo bem-estar, pelas atividades domésticas e paparicos.

Em casa a coisa é mais tensa. Ainda assim eu não tenho muito o que fazer. A não ser tentar me retirar de lá. Juro que me esforço pra não entrar em discussão. Bancar a casa não dá. Expulsar o pai não rola. Então resta o que já passou da hora de eu fazer. Me puxar, economizar e focar minhas ações pensando no aluguel que estou para pagar.

Num lugar que pelo menos tenha espaço pra eu guardar meus livros. E viver feliz essa minha vida medíocre.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Tem tanta coisa...

... que às vezes fica difícil de entender e saber como agir. Definir prioridades. É coisa demais pra fazer. Tempo de menos pra fazer tudo isso. Tem tanta coisa que aconteceu nesses últimos tempos e no fundo nem foram tantas coisas assim. Foram coisas pontuais que se acumularam e de repente postar, escrever, se expor perde o sentido.

Desde que o vô morreu eu quebrei o úmero. O osso do ombro. Foi uma fratura incompleta. Eu nem sabia que isso era possível. Daí toda a dor que eu estava sentindo desde a queda de patins. E foi um tombo bobo. Não foi como se eu tivesse sei lá, descido a mega rampa. Não. Eu cai na rua de casa.

E a fratura, que tá mais pra um trinco, mas não é um trinco porque não é uma fissura, não saiu no raio-X. Tive que fazer uma artro-ressonância magnética que bem doeu, devido a injeção do contraste e tudo o mais. Sofri também em um plantão nesse mês. Meio doente, com a resistência meio baixa.

Até terçol eu tive. Princípio de gripe. Talvez seja a falta de frutas, de dieta, de exercício. Perdi o controle sobre uma parte da minha vida. Concentro meus esforços agora pra tentar manter uma rotina minimamente prazerosa. Pelo menos isso tá fluindo.

Tenho lido bastante também. Já tem 3 ou 4 livros pra fazer post no blog com a Raíra. Tem alguns gibis, jornais e revistas que desopilei também. A pilha, claro, aumenta numa velocidade maior do que diminui, mas é a vida. Esse final de semana vou tentar fazer uma limpeza no armário.

E falar nisso andei numa fase descontrolado das finanças. Ando pobre ultimamente. No limite do endividamento. Tentando frear a onda consumista. Mas finanças é assuntos pra um próximo post. Terminei o desenho dos Vingadores. Tentei ver Veep, mas não achei graça. E comecei a ver The L Word, mas o começo tá meio parado.

Dia 05 de agosto começo a fisioterapia do ombro. Pra recuperar os movimentos e a elevação do braço. Não vejo a hora de ficar bem e poder andar de patins de novo. Talvez amanhã eu corte o cabelo.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Patins, meus caros, não é como bicicleta que você nunca esquece. Patins, meus caros, você super esquece. E toma uns tombos bonitos por conta disso.

Mas né, tamo aí na atividade e já dizia o filme do Batman, a gente cai pra aprender a levantar. Além disso a joelheira absorve impactos e a munhequeira também é útil.

Não fiz, no entanto, tudo que queria neste final de semana. No sentido de ver séries e filmes e ficar bundando e morrendo em casa. Porque hoje saí.

Fui com o Vi na casa do tio Edison e da tia Angela. A ideia era andarmos de bike. Mas devido a uma dor no ombro por conta de um tombo eu ~amarelei~ e fiquei só com a tia enquanto ela preparava a polenta para o almoço.

Sábado a noite ainda terminei de ver Vingadores, a primeira temporada do desenho, no caso. Hoje, depois de sairmos da casa do tio fui no cinema com a mãe. A ideia original era ir com a vó e a mãe, depois só a vó, mas como ela passou mal fui mais a mãe mesmo (depois de muito custo) ver "Minha Mãe é uma Peça".

Engraçado como minha mãe é super dona Hermínia. Saímos do cinema rachando de rir. Esperei ela comer no Habibs e voltamos pra casa. Fiz fondue de queijo e de chocolate. Lilian e Leticia vieram comer com a gente.

No final pra coroar uma mini-discussão da mãe com o pai. Nada demais, mas ela ta sensível ainda com a morte do vô então tudo junta.

E este foi meu final de semana. Pro próximo eu penso em descansar e se tiver melhor do ombro e da mão ralada patinar no Ibirapuera, dependendo como estiver o tempo também.

No meio tempo matar vários leões por dia porque essa semana dever ser longa e puxada.

É isso. Boa noite. Ou bom dia, no caso.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

As pautas andam juntas

Queria escrever um texto bom e que falasse de tudo sobre esse lance novo de todo mundo, ou pelo menos mais gente, ir às ruas.

O lance dos 20 centavos. De porque não é só por 20 centavos. É por tudo que está errado nesse país. É essa aprovação da cura gay. É o estatuto do nascituro. É o direito das prostitutas.

É a onda de estupros que estava rolando no Rio. É por não legalizarem a maconha. E é porque tá foda. É redundante falar da péssima qualidade dos transportes públicos.

Mano. É horrível pegar ônibus e metrô lotado. É desumano. E não é só isso. É uma falta de respeito. Aqui em Guarulhos, onde eu moro, os ônibus intermunicipais também aumentaram no dia 2 de junho.

Preciso deles pra chegar até o metrô e ir pro trabalho. Não costumo usar ônibus municipais em Guarulhos, por isso não sei quanto está o preço da passagem por aqui. Sei apenas que a EMTU foi cara de pau o suficiente de nem avisar para quanto exatamente as linhas iriam subir.


Na imprensa divulgaram um comunicado genérico que subiria de 7 a 12%. No ônibus fixaram o anúncio acima, que tá meio desfocado, mas dá pra perceber que não indica o valor.

E mais. Fala que a informação estaria na internet, no dia do aumento. É pra que isso? Calar a revolta? A frustração de pegar e entrar no ônibus ele estar mais caro e daí não ter outro jeito senão pagar o novo valor?

A linha que eu pego foi para R$ 3,60. Antes era R$ 3,35. E antes ainda R$ 2,95. Pelo menos dessa vez arredondaram pra facilitar o troco, risos.

Mas ir às ruas nesse momento é por todas as questões que estão aí. Abaixar a tarifa e melhorar o transporte. É por qualidade de vida.

Queria, de verdade, que isso tudo se traduzisse em resultados práticos. Que os governos agissem. Tirassem moradores de áreas de riscos. Que combatessem enchentes. E que parassem com essas alianças políticas sujas pra garantir espaço de TV.

Talvez por isso esse movimento seja apartidário. Meu caso, por exemplo. Sempre me identifiquei com as bandeiras petistas. Até me decepcionar com o Lula. Foi um puta governante, mas acho que ele podia ter feito um pouco mais pelas gays.

Assim como a Dilma poderia ter se posicionado mais nas questões dos direitos humanos ao invés de vetar o kit anti-homofobia, por exemplo.

E porque dá nojinho ver esses conluios. E talvez as pessoas não tenham muito estômago pra lidar com isso. Se bem que a gente aprende a lidar com gente escrota. Porque não é só Maluf e Renan que são podres. Tem um monte de gente aqui embaixo que é também.

O engraçado é que tem gente falando de que porque é sobre transporte a causa é coletiva e não direito de uma minoria. Queridos. Direitos de minorias são para todos.

Não preciso ser mulher pra combater o machismo. Não precisa fumar pra defender a legalização da maconha ou ser negro para lutar contra o racismo. A luta está no dia-a-dia. Não fazer piadas e não ser racista e/ou preconceituoso. Respeitar as pessoas. Não agredir. Enfim.

Aprendi a protestar indo pra Parada Gay e pra Caminhada Lésbica. E não só em SP. Estive em Paradas de outras cidades também. "É festa". "É Carnaval". "É pegação" dizem alguns. 

É tudo isso, e daí? Porque não é só isso. É o exercício da liberdade. E é também político. Cara. Leva seu cartaz pra Parada Gay e faz seu protesto sério. A Parada permite isso. Sempre vi várias pessoas fazendo isso.

Não tem essa de protesto mais ou menos efetivo. O que não surte muito resultado são essas cafonalhas de protesto genérico contra a corrupção que vão três caras de ultra-direita levantar cartaz contra o Lula no Masp. 

Por favor, né. Estamos falando de movimentos sociais organizando esses atos. E as pautas dos movimentos sociais no fundo andam juntas. São todas uma só.

domingo, 9 de junho de 2013

Quando o vô morre - parte II

Era pra ter sido um sábado qualquer. Eu enfrentaria, junto com a mágoa de um plantão as consequências de uma noite na gandaia.

Eu estava naquele passa mal típica da ressaca juntando forças pra encarar o dia e ajudar minha vó com a feira para depois ir trabalhar. Quando o celular tocou e era ela. Falando que o vô tinha passado mal no Tiquatira pra eu ir até lá encontrá-la.

Quando desci pra tentar pegar o taxi, nada. Foram mais duas ligações. Uma para falar que a chave de casa estava na vizinha. A outra pra falar que o vô tinha morrido. A vó Conceição estava tão desesperada que eu nem consegui acreditar. Ela mei que já tinha matado o vô no ano passado, quando ele ficou internado.

Fiquei esperando meu irmão chegar em casa para irmos até o hospital onde tivemos a confirmação. Não era desespero. Quando a vó chegou no Tiquatira, o vô já tinha morrido. Parada cardíaca. Infarto fulminante. 

Morreu fazendo caminhada que tanto gostava num lugar que gostava e de um jeito que queria, antes da minha vó, sem ter que ir pra hospital e "dar trabalho" pra família.

Antes de morrer ele fez tudo como fez nos outros dias. Levantou. Tomou café com a vó e foi andar na pista. Um dia antes Raíra e eu conversamos sobre o homem assassinado no Mc Donalds. Da importância de viver cada dia como se fosse o último.

Diz que momentos antes de cair para a frente do banco onde estava sentado ele disse que dessa vida a gente não leva nada.

Na sexta-feira, quando estava tirando as compras do mercado do carro da vó ele queria ajudar e eu não deixei. E ele falou que eu era chato. Sou mesmo e isso eu aprendi com ele. Se vocês me acham metódico e sistemático é porque não conheceram ele.

A última coisa que eu falei pra ele foi "tchau vozão, até amanhã". Mal sabia eu que não nos veríamos mais. :'( 

O amanhã às vezes não chega. E nós que às vezes fazemos tantos planos não temos controle sobre nada.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Olhe para Mim de Novo

Lindo o título. Poético. Sempre achei. Primeira coisa que me fez querer ver esse filme quando vi que ele estava presente numa das edições do Mix. Curioso Raíra ter se atentado para isso também quando falei pra ela que tava pensando em assisti-lo no sábado.

Fomos.

Antes. O de sempre. Feira com a vó. Tava/tô louco de vontade de ir num rodízio japonês. Iríamos almoçar na Liberdade, mas tinha muita comida. Comemos em casa e fomos lá só dar um passeio mesmo. Nós, mais a mãe. Foi a tarde toda andarilhando. Ainda comemos um tempurá que estava massudo pra caralho. Bem ruim. =/

Marquei com a Raíra às 18h na Consolação. Comemos um cupcake no Center 3 e descemos para o CineSesc. Quatro gilmas a sessão inteira. Promoção de lançamento ou semana da Parada vai saber. Ficamos falando sobre a vida. Muitos boys de saia no hall do cinema.

O filme é lindo e divertido. Valeu a espera e valeu ter ido. Sobre Silvio Lucio. Um homem transexual nordestino num road movie pelo nordeste. Lindo. Profundo, inteligente. Não faz proselitismo. Escancara o lado humano do personagem. Faz pensar. Identidade de gênero, orientação sexual. Tudo isso bem simples de entender. De verdade.

Antes exibem o curta "Vestido de Laerte". Que é uma espécie louca de docuficção em que o Laerte interpreta o Laerte em situações ambientadas em suas tirinhas em versão live action (??????). Isso além de ironizar a burocracia dos tratamentos dos processos transsexualizadores e de jogar algumas luzes sobre o tema e tudo isso em menos de 15 minutos.

Depois comer e taqueopariu. SP Burger Fest. Desque rolou essa galeria fiquei babando nos hamburgueres. Jesus meldels. Comeria todos um seguido do outro. Vai se foder. É sacanagem ter só duas semanas de um evento assim. Decidimos comer o Sophia Burguer lá no P.J. Clarke's, que eu não conhecia e que é uma hamburgueria/restaurante fina na Oscar Freire.

Achamos o preço do cardápio beeeeem Ok apesar de toda a pompa do lugar e eu nem estava com uma roupa assim chique. Demorou bem até conseguirmos uma mesa, mas ok. Tomamos um drink enquanto isso. Quer dizer. Eu tomei um drink. Fui de Negroni enquanto Raíra ficou no suquinho. Pink Lemonade. Sei nem falar o nome disso, só quando sentamos que a bonita me inventa de pedir Coca-Cola Zero risos.

O lanche é ótimo. Segundo hamburguer que rolou na semana. Na quinta Fernanda e eu fomos no Ramona pra comer outro lanche desse festival. Mas aí lá o hamburguer era de costelinha de porco e a gente tem nojinho. Daí pegamos um cheeseburguer normal da casa mesmo, bonito lindo delícia xuxuzinho.

E é isso.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Da Virada Cultural

Não é porque não vi que não aconteceu, mas também não é porque aconteceu que tenha sido exatamente como falaram. Arrastões. O povo aumenta acho. E na "mídia" surgem os especialistões de tudo. Preguiça de gente que sabe de tudo. Só sei que a minha virada foi tranquila. E se teve algo que aprendi neste ano foi a não moscar com o celular na rua.

Só sei que foi uma edição limpa. Juro que vi menos lixo na rua do que nos outros anos. Porque é. Eu que sou uma velha a fiar voltei a frequentar a Virada Cultural. Na edição passada eu queria ir, mas trabalhei. Na anterior devo ter visto nada. Em outra fui só num show. Nas primeiras eu fui, em algumas boicotei.

Mas nessa eu fiz muita questão de ir. Porque a programação estava boa. Porque meus amigos iriam. Enfim. Por muitos e muitos motivos. E foi lindo. Abrimos tudo com Raça Negra. Melhor show da Virada se pá. Entrou no top five de shows da vida. Aliás uma saudades infância e anos 90. Um beijo.

Partimos Gal, que foi lindo lindo lindo. Voltamos todo o caminho a pé. A princípio veríamos Sidney Magalhães Magal, mas atrasou.

Nessa hora devem ter começado os arrastões. Não vimos nada. Nem o show nem a violência. Estávamos no palco do Copan, vendo apresentação do grupo do Lufe, que foi bem legal. Diana e Mari foram pra casinha. A Mayara e a Nanda vazaram antes do show do Lufe. Raíra e eu esticamos um Black Dog delícia na Paulista e depois fomos para o Sesc Belenzinho ver/ouvir (sono, muito sono) Juca Zeca Baleiro, que foi bonito e fofo.

Daí sim. Casinha. Pra acordar cedo, lá pras 9h30/10h pra ver Criolo meio dia no palco Julio Prestes. Diana e Raíra gostam e conhecem. Conheci as músicas lá. Me surpreendi com Criolo. De verdade. Achei boas as músicas do boy e de ele usar vestido (túnica) no palco.

De lá, Copan novamente. Nada de Racionais. Fomos ver Marisa Orth, que além de atrasar um pouquinho tava com tempo de folga. Aproveitamos pra comer. Mari foi de feijão (ou seria arroz) tropeiro. Raíra e eu fomos de strogonoff da Dona Onça. Quinze pila cada prato. Facadinha. Mas valeu. Alías, saudades hamburguer de pato do Così. De sobremesa, brigadeiro para os quatro.

Marisa Orth foi incrível. Sou muito fã dessa mulher. O repertório conhecidíssimo (por mim) que sou a única pessoa que tem o CD dela. Cantei todas as músicas. Cada uma delas. Até Light My Fire. Bonita. Inteligente. Marisa fez piadas e alegrou a gente.

Depois, casinha. Descansar. Ver a final do campeonato paulista. Morrer pra acordar e viver no dia seguinte que era o que tinha afinal de contas. E foi isso.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Às vezes parece que o tempo é a nossa maior riqueza. Mais do que força de trabalho a gente vende tempo que poderíamos usar fazendo outras coisas como deitar no asfalto quente. Daí que dizem que tempo é dinheiro, porque é mesmo.

No final das contas, ao morrer, você fica sem ambos. E no final, também, se você não souber aproveitar um, o outro perde todo o sentido e vice-versa. E também você fica sem tudo que no fundo vale mesmo à pena.

Dizem que o tempo cura tudo. Acredito muito nisso. Esperar é uma virtude. Por isso é importante esquentar menos a cabeça. As coisas passam. E melhoram. E mudam. E às vezes aquilo que parecia tão ruim quando aconteceu na verdade foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Guardar mágoas e rancores e acumular frustrações não é nada legal. Mas às vezes é melhor deixar pra lá. Engolir sapos, não discutir, não desconcordar. Dizem que se a palavra de é de prata o silêncio é de ouro. Calar de repente faz todo um sentido.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Foi uma semana proveitosa. Consegui utilizar o tempo a meu favor e fazer diversas coisas.

De brincar com Gabriel a escrever posts e terminar de ver a quarta temporada de Glee a ler alguns gibis e cadernos antigos de jornais.

Claro que expectativa é diferente da realidade. Se eu achava que leria horrores e emendaria outra série ao final de Glee, tive que tirar meu cavalinho da chuva afinal de contas.

Não fez nem coceguinha na pilha. Mas já foi um começo. Algo. Agora tô num hiato que deve terminar só amanhã. Ou domingo ou segunda. Quando surgir um tempo livre primeiro. Pra decidir o que assistir e o que ler.

No mais essa semana foi bem longa também. Desde segunda-feira passada trabalhando non stop chego hoje com a sensação de que venci uma batalha. E a recompensa é a folga na quarta que vem se tudo der certo.

Amanhã e domingo Virada Cultural. Ver amigos. Tentar desopilar somehow. Acho que mereço. E é isso

".

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Roteirizada

Tem horas que a vida parece roteirizada. Como se tudo estivesse escrito já em algum lugar. E a impressão que dá é que os dias vão passando e formando um ciclo e tudo é nada se não uma eterna repetição. Como se não houvesse mais espaço para a novidade e para a inovação e tudo que a gente está vivendo é apenas o passado revisitado, remixado.

Tudo isso já aconteceu. O avanço da tecnologia, as transformações e os impactos por ela causadas, a vida em sociedade. Qual é a função do ser humano? Por que estamos aqui? Se eliminarmos deus e essas coisas que as pessoas gostam pra preencher o vazio inerente a cada um e colocarmos tudo num estado "natural" e primitivo, a gente está aqui apenas pra sobreviver.

E só? E ponto? A mim interessa menos a resposta. A pergunta é que é mais interessante dichavar. Porque o corpo é apenas carne. Mas não é somente carne. E não acredito em vida pós-morte, porque já é ruim o suficiente viver aqui.

Daí desconsideramos o marketing, o capitalismo, aquela busca louca, desenfreada e sem critérios por lucro. Num estado bruto precisamos de coisas básicas para existir. Coisas como teto, que não significa  propriedade privada mas alguma proteção contra eventos climáticos. Além de alimentos. Não consigo pensar em mais nada.

Como se o resto fosse apenas luxo, conforto, supérfluo. E como perdemos nosso tempo com o supérfluo. Gastando e juntando e nos apegando a coisas que ocupam espaço e juntam pó. E no fim poderiam ir pro lixo. E mais no fim ainda não precisava nem ter sido criado, porque criar essas coisas envolve gastos de energia, de recursoso naturais, de tempo, enfim. Inventamos necessidades para substituir carências.

Mas já estou começando a brisar. A questão aqui era o cotidiano. De como os dia vivem arrastados seguindo uma ordem estabelecida. Segunda, por exemplo é dia de Tela-Quente e Pondé. Na quarta tem jogo e Antônio Prata.

Antigamente a gente esperava a quinta que era um dia legal por ser pré-sexta. E porque tinha Contardo que a gente adorava, mas que a gente desistiu. Porque ele fala de filmes, peças e livros que, sabe quando a gente vai conseguir ver? Nunca, porque não encaixa nos horários dessa vida, dessa rotina.

E não que a gente leia Pondé. Paramos com isso. Não dá. E a vida tá bem melhor assim. E quando a gente lê a gente se prepara, vai com o espírito leve, preparado pra rir. Tem horas e momentos que a gente tem que fazer escolhas e parar de ficar se cobrando e parar de se sentir mal e culpado por não fazer o que teoricamente devia.

A gente tuita e não obtém resposta. Somos apenas mais um falando em praça pública sem ninguém nos dar ouvido. Conversa de surdos. Não tem havido interação. Não dissecamos assuntos. Comentamos a novela. E só. Daí os memes. Esses virais divertidos que rendem piada e viram ~polêmica.

Essa semana teve um curioso. O dos 100 conto. Achei o texto da menina bem escrito. Não concordo com ela e dou graças a deus de ser gay, viu. Não ter que me preocupar de pagar a conta. Porque não é como se seu fosse rica. Alguém surgiu na timeline com a velha piadinha. "Como ela é roteirista escrevendo mal desse
jeito".

Olha. Tem uns blogs "famosos" com textos bem mal escritos por aí desde sempre. E não é como se o crítico/piadista tivesse recebido o nobel da internet esses dias. Daí outra coisa que irrita e cansa mais que a rotina é a previsibilidade dos comentaristas de internet.

Sempre tem alguém pra discordar, pra falar mal, pra xingar, pra jogar um balde de água fria pra falar em ditadura gay. No sábado, por exemplo, veio a história de que a subprefeitura da Sé apagou um grafite dOsgemeos sei lá como se escreve.

Tuitei algo na linha "Haddad: novo homem pra novo tempo não combina com apagar grafite dOsgemeos". Jean Wyllys me retuitou e recebi milhares alguns RT. Um boy veio perguntar só d'osgemeos. Claro que não né babaca.

A questão não é só Osgemeos. A questão é maior. Eles são a ponta do iceberg. Porque são conceituados, porque são conhecidos, porque aparecem e se divulgam, devem ter um ou outro amigo jornalista que tá em uma ou outra redação por aí. Porque eles são pagos pra fazer isso em outros países e a cidade deles apaga a obra porque não entende o que isso quer dizer?

Xis. Esse boy veio querer discutir que parede tava aí pra ser pintada. Apagou não fica de choro, corre atrás e faz outro. Preguiça. Nem gastei. Tinha mais o que fazer. O fanjo todo é a descrença com a política. De que "promessas de campanha" não se concretizam nas pequenas coisas.

Legal nem sei se foi, porque não sei de verdade avaliar isso. Mas teve o lance da galera do existe amor em sp ter entrado pra secretaria de cultura. Parece novo, mas não sei se é bom. Não sei mesmo. Tem o meu post irônico engraçadinho falando que votei no Haddad porque ele é gato. Mas gente não. A gente quer uma cidade legal, que funcione, que abrace de verdade a diversidade. Em que eu não apanhe na rua por ser viado e que a administração petista não faça o mesmo que a administração Kassab porra.

Uma cidade que não apague o grafite dos gêmeos e nem do grafiteiro fulano de tal zé mané xis. "Ah, tem letra é considerado pichação, apagamos". Não porra. O que são letras em sua essência senão símbolos gráficos? Desenhos que representam sons. E quando é uma mensagem, uma frase, algo poético, estêncil?

Ah. Para.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Uma das prateleiras do meu armário despencou. Justamente a prateleira onde ficam alguns jornais, revistas e livros. Principalmente os da Sophie Kinsella, que são grandes e grossos, risos. Encarei isso como um sinal. Preciso urgente liberar espaço, abrir caminhos.

Mudei alguns livros de lugar. Quadrinhos de luxo/capa dura em geral. O Primeira Página, da Folha, que é bastante pesado. E troquei a disposição das pilhas depois que minha mãe e eu arrumamos a prateleira.

Daí tomei a decisão de dar uma pausa nos livros essa semana para desopilar alguns jornais, gibis e revistas antigos. Interessante que cada um deles tem um tempo diferente. O Segundo Caderno é diferente da Ilustrada que é diferente de uma Revista da TV mesmo aos domingos.

Curioso também as coisas que a gente perde porque não dá tempo de fazer tudo. Em novembro do ano passado, por exemplo, a Ilustríssima publicou um perfil/entrevista com o então ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto que estava prestes a se aposentar.

Lá ele fazia uma observação bastante interessante sobre a diferença entre atenção e concentração e sobre um estado contemplativo que seria uma mistura desses dois estado num esquema de o melhor de dois mundos. E ele falava sobre por exemplo as aves carnívoras não cantarem. Coruja, águia, harpia.

"É como se a natureza estivesse dizendo que para cantar tem que ser herbívoro", disse à época Ayres Britto, que é vegetariano. Achei de uma singeleza e sabedoria enorme, daquelas que a gente conquista de olhar e olhar pras pequenas coisas, porque são essas que valem a pena afinal de contas.

Ainda não virei vegetariano. E dificilmente vou virar. Mas que é algo pra se pensar na vida. Isso é.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Alegrias musicais

Então esses dias saiu lá o cd Coitadinha Bem Feito que o gato do Marcus Preto produziu com o DJ Zé Pedro e eu ouvi e gostei bastante.

São músicas da Angela Rô Rô interpretada por diversos cantores coisa e tal. Me lembrei de Compasso, um CD dela lançado em 2006/2007. Lembro de ter ouvido na época e gostado.

Não conhecia tanto Angela Rô Rô e entrevistei ela prA Capa na época. Rendeu um textinho bem mequetrefe pra revista pelo que me lembro. Aproveitando a pegada aproveitei pra baixar a discografia dela. Que tá bem difícil de achar nessas internets.

Coitadinha Bem Feito me lembrou um pouco Alexandre Nero também que a gente bem gosta.

E semana passada também ficou disponível pra download o CD da Clarice Falcão. 14 músicas. Boa parte a gente conhecia do youtube já. Só faltou aquela do Revelação. 

Diz que ela tá pra fazer show dia 25 aqui em São Paulo. Tomara que role e que ela cante essa.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

É maio. Não escrevo desde abril. É que tem horas que a vida dá dessas degringoladas. Tudo parece sair do eixo e tomar as rédeas é quase impossível.

Comer. Engordar. Não malhar. Estou imerso em "Barba Ensopada de Sangue". Bem que Diana falou que o protagonista era eu. "Só queria morar na praia e dou aulas de natação".

Tão compenatrado pela leitura que demorei 200 páginas para me dar conta que o protagonista não tem nome. Viajando.

O primeiro trimestre deste ano foi bem pesaroso. As coisas acalmaram agora. No segundo trimestre. Médio. Abril poderia ter acabado melhor. Maio poderia ter começado de outro jeito.

Parece que estou lidando com forças e coisas das quais não tenho controle. Inveja. Ciúmes. E algo surge do nada pra acabar com a alegria. Melar o meu esquema.

Difícil ficar feliz assim. Tem 70 reais na minha conta. É maio. Já estou planejando dívidas para junho.

sábado, 6 de abril de 2013

Cartilha: sobre gays e Vera Fischer

Achei que seria uma semana sussa.Mas não. Várias coisas acontecendo no universo. Terminei o domingo lendo "Seis Balas num Buraco Só", do João Silvério Trevisan.

Ele começa o livro relatando alguns casos de violências protagonizadas por homens e a partir daí fala sobre a crise do masculino. De como esse estado de violência é fruto de uma série de fatores introjetados e do quanto essa neurose e necessidade de autoafirmação por meio da brutalidade demonstra um medo do feminino, da castração em contraposição ao falocentrismo dominante na sociedade moderna.

Acordei na segunda com a notícia da turista que foi estuprada numa van no Rio de Janeiro. O mundo cão continua a girar. Daí teve a queda do ônibus no Rio de Janeiro que matou um tanto de gente e que parece que foi causada por uma briga. No dia seguinte teve Daniela Mercury.

Então vamos sexualizar as coisas. Pra deixar claro como a heterossexualidade é a norma vigente. Vamos apenas reescrever os títulos das notícias como um exercício. "Homem hétero discute com motorista hétero e ambos provocam acidente; 7 morrem". "Homens héteros estupram turista em van no Rio de Janeiro".

Que nojo. Sério. Direto eu fico pensando nisso. E já que homofobia foi um dos temas da semana, com texto no instagram do Alexandre Nero, com texto da Clara, com texto da Raíra vamos falar sobre isso. Lindo ver a mobilização de pessoas esclarecidas, de amigos em torno do assunto. Contra o Feliciano. E olha que ele não é o mal encarnado, mas acabou virando a personificação mais pop dessa coisa ruim toda que, veja bem, é inflingir sofrimento a outro ser humano.

Onde já se viu falar que negros são amaldiçoados? Isso é racismo. Não é liberdade de expressão coisa nenhuma. E daí ter que "ouvir" a mesma ladainha. "Como você explicaria pro seu filho pequeno se ele visse dois homens se beijando num restaurante". Ué meu povo. Explicando. "Olha. As pessoas são diferentes. Tem gente que gosta de azul e tem gente que gosta de amarelo e tem homem que gosta de mulher e tem homem que gosta de homem. É isso." Ponto.

Para dúvidas do tipo: "mas eu posso beijar meu amiguinho?" a melhor resposta é lançar a real. "Até pode, mas não agora, porque você não tem idade pra isso. Quando você for maior vai poder beijar quem você quiser". Isso, claro para pequenos.

Para os idiotas que falam asneiras como "gays querem que a gente enxergue o homossexualismo (sic) como a coisa mais natural e bela do mundo", é só lamentos. Primeiro que a homossexualidade é sim natural. Segundo, de ser bonita ou feia ela é tão bonita quanto a heterossexualidade. Ponto. A maldade, a beleza e a feiura tá no ponto de vista de cada um.

Tanto que um amasso hétero passa quase despercebido em lugares públicos, agora vai dois gays darem um selinho pra ver se não voa pau e pedra e ofensas pra todos os lados.

Mas né. Esse é o mundo em que vivemos e que queremos que melhore apesar de estar difícil porque as pessoas elas são idiotas. E isso é um problema. Porque as pessoas são o problema.

Vejam, por exemplo, a Vera Fischer. Há 10 anos ela posou na Playboy. Com 50 anos. Acho que talvez tenha sido a mulher mais velha a ter um ensaio publicado na revista. Hoje estão cobrando ela por estar "acima do peso". Meus sais. Ela é uma senhora. Tá com o corpo e a estrutura de uma senhora apesar de não aparentar.

Mas fato é que a partir de uma certa idade o metabolismo cai, né? O corpo não queima gordura com a mesma rapidez e há exercícios de maior impacto que arregaçam a pessoa. Não é como se ela fosse uma panicat e tivesse exibindo a bunda na praia toda hora.

Ela não tá mais na idade de ser cobrada por essas coisas. Aliás, ninguém devia ser cobrado por essas coisas em momento nenhum, mas isso por enquanto é outra história.

terça-feira, 2 de abril de 2013

A vida até agora.

Domingo consegui convencer meu irmão a me levar na casa da vó Justa pra ver a Sarinha, que veio a São Paulo ver o Loollapaloza. Ela aproveitou a carona quando ele foi me deixar de novo na casa da vó Conceição e falou que ficava por aqui  até hoje e que estava livre na segunda. Mais. Queria ir no japonês.

Levei ela e o Luis pra conhecer o Wakai e almoçamos lá ontem. Depois subi pra ativar o seguro do iPhone da Vivo e mudar meu plano telefônico. Encontrei a Diana no Center 3 e ela me fez companhia. Acabamos tomando uma breja antes de tomar meu rumo pro serviço.

Acabei atrasando um pouco. Até que foi tranquilo no trabalho. O bicho começa a pegar mesmo a partir de quarta. Quinta e sexta vocês sabem é o inferno na terra.

Cheguei em casa meio morto e dormi cedo sem muita hora pra acordar. Hoje de manhã consegui dar uma olhada nas contas que eu tenho pra pagar e resumindo não posso fazer nada muito extravagante esse mês.

Nada de livros, Blu-rays, novos jogos de video-game. Nada de nada. Bom que assim a gente trabalha em desopilar as coisas que a gente já tem. Também consegui fechar a agenda com a programação nos dias de liberdade até o começo do mês que vem. Avanços na vida.

E li um pouco. Tô lendo "Seis Balas num Buraco Só". Ensaio do João Silvério Trevisan sobre a crise do macho moderno. Textos sobre medo da castração, origem do falocentrismo, androginia em tribos indígenas e a violência humana. Já tô em pouco mais da metade. Logo devo terminar. E escrever sobre.

No mais é viver e esperar os dias aguardados chegarem. Tô cheio de planos e ideias. Querendo viajar, pensando em fazer um videocast, estrear um blog novo e dar start no projeto de assistir novas séries ou temporadas de séries 'antigas', tipo Glee.

Ocupar o tempo e a vida até metade do ano, pra terminar de pagar algumas dívidas e pensar na próxima virada. De rumo, de cursos, de emprego, casa e do que mais estiver precisando. Começar agora, mudando o layout do blog. Pra uma coisa mais clean, menos dark, mais feliz.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Agora sim, ano novo

Uma das lendas que cercam a origem do primeiro de abril é que antigamente o ano novo só começava nessa data. Daí, para a minha tristeza, alguém que tinha poder para isso mudou para o dia primeiro de janeiro.

Como antigamente as informações demoravam mais pra circular muita gente continuou comemorando o ano novo em abril. No dia primeiro. Daí quem fazia isso ou acreditava nessas comemorações era chamado de bobo, tolo. Por isso esse é o Dia dos Tolos, Dia da Mentira.

Em todo caso não deixa de ser irônico que, pelo menos pra mim, o ano parece estar começando só agora. Sem aquela velha máxima de que tudo só começa depois do carnaval porque eu trabalhei todos os malditos fucking dias de carnaval e foi horrível. =(

Até, sei lá, terça-feira, 2013 foi uma emulação do que teve de ruim em 2012. E eu não consegui parar. Foram dias e mais dias ininterruptos de hard work. Arrancar o dente do ciso na quarta foi uma provação. Doeu. Mas me obrigou a desacelerar.

Não teve banho de mar. Mas teve maratona de filmes e sérires e almoços em família e consegui pensar. Passar um tempo comigo e estabelecer algumas metas pessoais. E tudo meio que fluiu para isso.

Em março aconteceram algumas coisas boas. Chegou meu iPhone, meu CD do Stereophonics, minha CNH. Fiz um frila pro F5. Conclui dois objetivos que tinha estabelecido pra mim no ano passado depois de terminar o frila na Moderna (o ciso e a carteira) e agora rolou de pensar outros.

Ainda não teve banho de mar pra tirar parte da carga negativa e dar uma renovada na bateria, mas isso ainda dá pra esperar. Sem problemas. Uma coisa de cada vez. Talvez até role antes mesmo do que eu tô imaginando. E é isso. Feliz Ano Novo!

domingo, 31 de março de 2013

Então é isso. Pouquinho mais de dois meses e eu tenho meu celular de volta. E apesar do backup não é meu celular. É outro modelo, igual, só que é diferente.

Entende? É como se de fato tivesse perdido uma parte da minha vida. Parte esta que eu tive que reinventar. Eu que tava fazendo joça mal interpretada do meu azar fui obrigado a tirar um lado positivo disso tudo.

Veja bem. Foi ruim ter o iPhone roubado, mas é ótimo ter um novo iPhone. Além disso, sem toda essa coisa do whatsapp, do 3G, e das redes sociais de um modo geral eu avancei em certos pontos da vida.

Talvez avançar não seja a palavra mais correta, mas fato é que acabei acostumando com a terapia de choque. Hoje, por exemplo, consegui fazer uma puta limpa no Twitter. E no Instagram. Ficar seguindo muita gente dá nos nervos e não dá muito certo não.

Bonitinho mas não me dá bola. Unfollow. Gato, mas não vai rolar de eu comer ou dar... unfollow também. E parei com algumas pessoas que eu seguia por educação. Gente pesada, venenosa até e que até já me fez mal, deliberadamente.

Às favas com a boa educação. Gosto desse povo lá quando eu tô aqui. Cada um no seu quadrado ado-a-ado. Até porque tem outra. Dois meses fora, com tuites espaçados assim, não é como se minha ausência tivesse sido nossa profundamente sentida ou lamentada.

É isso. Daí até ensaio um retorno ao Twitter, mas vou falar sobre o quê? A minha vida? Ela não tem nada demais. O Big Brother, acabou. A televisão? Eu tenho ficado bastante tempo em frente a ela. Mas tenho feito minha própria grade de filmes e séries. Difícil embarcar na onda coletiva desse jeito.

Vendo assim, de longe, o fluxo dos assuntos, a timeline do Twitter parece com o destino que parece um trem. Se você não tomar na hora certa, você fica ali na plataforma, só vendo a fumacinha.

Por isso acostumei. E esse tempo sem internet na palma da mão acabou servindo pra retomar minha vida, ou uma parte dela. Li pra caralho esses tempos. Até em casa, que é um lugar onde eu leio pouco. Terminei esses dias "Lembra de Mim?", da Sophie Kinsella, em menos de uma semana. Tem sei lá, 400 páginas o fanjo.

A pilha de livros chegamos à conclusão que nunca vai terminar, mas que dá pra administrar mantendo um ritmo e se planejando devagar. Já tem que lidar com muita ansiedade no trabalho pra deixar isso virar um problema.

Outra coisa foi que esses tempos fiz várias coisas legais. E ironicamente nada disso foi pro Instagram. Fui no show do Marcelo Jeneci, no do Attaque 77 e no do Café Tacuba. Vi "Minha Mãe é uma Peça". Fui no Exquisito e no Flamingo. Comi no New Hamburgology, Burger King, vi as meninas do Aprígio. Consegui ver Diana, Raíra, Fernanda. Isso sem falar em almoços em família na casa das avós.

Quer dizer, se janeiro não foi aquela lindeza que esperávamos e fevereiro foi terrivel, março fecha a trinca desse ano treze com a promessa de que abril pode ser muito bom. É fazer acontecer e esperar pra ver.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Descansando em paz ou morrendo e deixando saudades

Aprendemos ontem que tristeza vira desespero que vira depressão e de repente você morre num apartamento vazio, o que simboliza bem a sua vida. Tristeza mata.

Palavras tão bonitas essas da Raíra num e-mail lindo sobre a morte do Chorão e sobre nossas vidas e nossas crises. Meus amigos já sabem pra mim o que significam essas mortes na vida. É um inferno lidar com essas coisas trabalhando num jornal, trabalhando na foto online.

Dois mortos seguidos então, é apelação. É rezar desesperadamente para que não venha um terceiro. Não é tão nobre assim na rotina de informar. Mas a  morte do Chorão não podia deixar de me abalar. Jornalismo deixa a gente calejado para a morte dos outros. Para a morte das celebridades, dos famosos e importantes.

Nem por isso essas mortes deixam de significar algo. Não é só trabalho a mais. Alguém já disse certa vez que morrer era ridículo. E é. Ainda mais quando a pessoa é jovem, quando não está doente. Quando um erro bobo ou um acidente leva as pessoas para longe daqui. Como o noivo que morreu no dia do casório.

Com tantos planos pela frente. Com tanta vida a ser vivida. Com tanta coisa a se fazer. Tantas experiências por aí. Por que é que as pessoas morrem? Qual é o sentido disso tudo afinal? Ter tudo e não ter nada e daí fim. Sobem os créditos. E o último que sair apaga a luz.

Eu vi as fotos do corpo. Do sangue todo. Do rosto machucado. Preferia não ter visto. Mas estavam no Merlin. Não teve como não ver. Enfim. Penso no desespero. Tento imaginar a loucura que deve ser se ver assim diante da morte ou não ver. O que será que pensamos numa situação dessa? Que tipo de estímulo elétrico-neurológico nosso cérebro exibe quando está desligado enquanto o corpo se debate em convulsão?

E pensar nos vivos. Nas pessoas que estão aqui. E pensar que de repente meus queridos podem se ir. E pensar no passado. Na adolescência. Em uma matéria sobre o Charlie Brown Jr. no Folhateen. Em quantos shows do Charlie Brown eu fui em Caraguá. Quer dizer, a gente já nem gostava mais tanto assim da banda e a programação de verão anda bem ruim, mas sempre tinha um show deles na praia. E agora não terá mais.

E ele nem era um ídolo pra mim. E eu fico pensando nos meus mortos. O ruim da morte é a saudades que a pessoa deixa. Eu lembro do meu avô que se foi. Eu lembro da Claudia Wonder. Ela sim era um ídolo. Sempre quis chamá-la para comer uma pizza. Eu fico pensando em gente que eu nem conheci direito ou com quem tive pouco contato como a Andreia Albertini. Em algum lugar a Claudia tá lá no céu das gay com o Caio Fernando Abreu olhando por mim.

Chavez foi levado pelo câncer. E acho que Bibi Ferreira (vivíssima) disse uma vez que artistas eram imortais. Somos todos um pouco artistas. Mesmo que a nossa arte seja viver. Dia após dia. Tem uma música do Charlie Brown Jr. "Lutar pelo que é meu". "A gente passa a entender melhor a vida quando encontra o verdadeiro amor. Cada escolha, uma renuncia, isso é a vida. Estou lutando pra me recompor", diz na abertura.

É aquela com aquele rerão "O melhor presente Deus me deu. A vida me ensinou a lutar pelo que é meu". Nem sei porque gosto dessa música. Talvez porque fale sobre ter garra. Nem sei se mesmo acredito em Deus. Não, não acredito. A letra é bonita. Só não chega a ser irônico porque às vezes é difícil escutar a nós mesmos, mas Chorão poderia ter ouvido sua própria música antes de todo o surto.

Ele dizia nos shows que a vida era o dia a dia e que ele não desistia. Falar é sempre mais fácil. Mas tendo desistido, ou não, a morte dele acaba sendo sua grande mensagem. Pra gente não desistir. Ainda assim, que no fim todos possamos descansar em paz.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Contagem regressiva


Nem tudo são só agruras. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo, cansativo, já dizia Machado de Assis. Então vamos falar de coisas felizes. Vamos falar de coisas lindas. Vamos falar de Stereophonics. É isso. Minha banda favorita vai lançar CD novo. E o melhor. Por esses dias.

Bem. Tudo começou há algum tempo atrás na ilha do Sol quando eu estava no Rio de Janeiro e recebi um e-mail com uma newsletter avisando das novidades. Era novembro e eles estavam lançando "In a Moment", o primeiro single do novo CD, "Graffiti on the Train".

De lá pra cá eles anunciaram a data de lançamento do álbum, que será, vejam só, na próxima segunda-feira, dia 4 de março de 2013. Nunca quis tanto que uma segunda-feira chegasse logo. Pelo site da banda eles fizeram um esquema de pré-venda de uma edição deluxe, com uns cards, um encarte todo trabalhado e um cd com versões alternativas e acústicas.


Graças a um cartão de crédito internacional e ao bom momento financeiro do nosso país, rolou de comprar e estou agora na contagem regressiva pra chegada do meu CDzinho.

Bom. Nesse meio tempo, o Stereophonics participou de um showzinho na Absolute Radio, uma rádio britânica e, se não me engano, nesse setzinho especial de Natal divulgaram pela primeira vez o segundo single deste novo trabalho. "Indian Summer". Uma das músicas mais belas da história da banda.

Como se não bastasse. Em meio ao nosso Carnaval (ainda ele), a rádio inglesa BBC 2 convidou alguns artistas locais para gravarem um tributo aos Beatles num projeto chamado "12 Hours to Please Please Me". Para quem não sabe, "Please Please Me" é o primeiro álbum de estúdio dos Beatles. E vejam só. Ele foi gravado em estúdio. Em 12 horas.

Nesse álbum tem "Twist & Shout" pra vocês que são modinhas. E tem umas canções belas como "Boys" e "Chains". Bem. Toda uma galera participa desse CD. De todos esses eu só conhecia a Joss Stone. Mas The Merseybeats and Friends fez uma das melhores versões na minha opinião. Por que diabos estou falando isso? Porque os lindos do Stereophonics gravaram uma canção nesse tributo, "I Saw Her Standing There". Só pra me encher de carinho, alegria e emoção.


Muita coisa? Pois vocês não sabem. Com o lançamento do novo CD, os integrantes da banda participaram de uma sessão de gravação do estúdio da Amazon Uk. O resultado disso foram 3 clipes e o EP "Live From Rehearsals" que pode ser baixado de grátis se você tiver uma conta na Amazon e morar no Reino Unido. Apesar da barreira geográfica não permitir o download, a internet, esta linda, oferece meios de quebrá-la.

Assim sendo ouvimos mais duas novas músicas ("Violins & Tambourines" e "No-One's Perfect") enquanto o CD novo não vem. Mas agonia e expectativa que eu tô mesmo é que da última vez que lançaram um CD, o "Keep Calm and Carry On", em 2010, o Stereophonics veio ao Brasil e fez shows na Argentina e no Chile também. Fui no show aqui e fui na Argentina, onde eles tocaram em um festival, fazendo o show de São Paulo ser beeeeeeeem mais legal e maior.

Assim, eles são ingleses. Não têm senso de humor e odiaram ficar 12 horas no avião pra vir pra cá. Mas eu gostaria muito muito muito que eles voltassem pelo final do ano e fizessem mais uns shows pela América Latina já que eu não sou uma lima da pérsia e meu sonho de ir pra Londres vê-los tocar num pub por enquanto ainda está meio longe de se realizar.



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Eu ando com vontade de coisas que eu nem sei o que são. Outro dia era cerveja. Tomei uma latinha e passou. É a urgência do universo me atacando o estômago. Como se eu não tivesse vivendo. Ou como se estivesse vivendo uma vida que não é bem a minha.

Desde o Carnaval que meu sono está desregulado. Durmo tarde, lá pelas 4h. Acordo lá pro meio dia. Não vou a academia pela qual eu paguei. Cem dilmas. Antes tivesse ido num puteiro. Ainda bem que este mês é curto e que está acabando. Mês que vem eu compro Tomb Raider.

Surpreendentemente hoje eu acordei pelas 9h30. A preguiça e o sono só me permitiram levantar cerca de uma hora depois. Consegui ir na academia. Brochado. Sem ânimo. Só fazendo esteira. Bem de leve. Não me atrevo a correr. Falta pique. Falta coragem.. Falta disposição. No caminho, a luz do Sol na calçada.

Caraguá. Era um Sol bonito o que fez hoje de manhã. Era Sol de praia. Me bateu um aperto. Uma vontade louca de descer a serra e tomar um banho de mar. Podia estar pedalando. Indo até a prainha. Sentindo aquela água delicinha da Pedra da Freira. Main Gosh. Quanto falta pra eu me aposentar?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Mesmo que o mundo ignore eu tô me sentindo um herói. Tô me sentindo um sobrevivente. Não vejo a hora de chegar o sábado. Tô trabalhando feito um cão essa semana. Primeiro, o carnaval. Eu achei que seria fácil. Não foi. Nem um pouco.

Peguei o turno da madrugada já na sexta-feira. Primeiro dia. Era pra sair às 07h. Saí às 09h. Difícil pra mim que tava na redação. Difícil pra quem tava no Anhembi, suponho. Só quei passei sufoco. As fotos não chegavam. Segundo dia foi um poquinho melhor. Mas também saí às 09h.

Eu achei que com esse horário daria para pegar um cineminha a tarde ou a noite, que daria para ver meus amigos assim de leve até tomar uma cervejinha. Ha ha. Deu foi nada. Doce ilusão a minha. Não consegui descansar. Meu cérebro simplesmente não desligava quando eu chegava em casa.

E minha mente girava e girava em galerias, edição, fotos e mais fotos e mais fotos. Aquela explosão de cores. O Merlin capengou. Muita fotos caindo em pouco espaço de tempo. Fotos de outros assuntos sumiram. Foram fumadas. Depois voltaram. O autoupdate frenético. Preciso me desintoxicar. O cérebro tá pesado.

Domingo e segunda foi melhor. As fotos vinham mais rápido. Os desfiles começaram antes e acabaram antes também. Nesses dois dias deu pra sair no horário. Só não deu pra descansar. E olha que a terça era pra eu ter entrado às 15h e entrei às 18h.

Pra ajudar, o Papa. Porra. O Papa  renunciou. Eu gelei. Enquanto alguns preparavam suas fantasias de papa e outros faziam piadas no tuiter eu só queria que alguém me falasse que era brinks. O Papa renuncia. No meu mundo atualmente isso significa um milhão de galerias.

Significa os papas do passado, Bento 16 sendo papa, uma retrospectiva da vida do papa, a repercussão da renúncia nos sites gringos, o papa com líderes mundias e brasileiros papáveis. E isso porque não pediram o Papa com celebridade tipo o Bono Vox e a Britney ou algo do tipo mande sua foto do papa.

É isso. Tô traumatizado do volume de coisas. Se as condições não fossem tão adversas e o salário tão pouco seria melhor. Porra. O papa renunciou e a única coisa que eu consegui pensar na hora além da maré de azar que é a minha vida foi que Eurotrip tem uma sequência muito boa sobre isso.

E Eurotrip é tão legal que eu queria apenas chegar em casa, descansar e assistir ao filme. Consegui alugar na locadora do Paulo Coelho, mas quem disse que deu pra assistir? Bom. Não vejo a hora que chegue sábado. Quase 03h da manhã.Vou ficando por aqui, porque ainda preciso dormir, que tem várias coisas pra resolver na quinta e na sexta ainda antes do merecido descanso.

Depois desse desabafo todo chato deixo vocês com as cenas que eu falei.


E não percam a escolha do novo papa. Que seja tão legal como essa daí de cima.