segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Epifania de uma segunda

São Paulo é uma cidade estranha e caótica. Talvez a área de atuação profissional que eu escolhi não seja para mim. Talvez o mundo é que esteja mudando. Talvez esteja rolando no inconsciente coletivo que a vida não devia só ser sofrimento, nem só acumular riquezas.

São Paulo é uma cidade caótica onde 32 m² é chamado de apartamento e custa uma fortuna. Onde é que se ganha tanto dinheiro? E para que tanto trabalho, tanta produção de coisas que no final das contas acaba indo para o lixo? Existem toneladas de lixo boiando no mar.

Quem é que tem tanto tempo assim? Que gosta tanto de coisas duras que não dão prazer nenhum? Será que eu sou hedonista? Terminei de ler a coluna de Michel Laub sobre jornalismo cultural. Por que a Bravo! fechou? Como conciliar público e privado?

Cadê esse novo modelo de financiamento? Como conseguir nova receita? Cadê o gosto do vento no rosto? E a boa e velha liberdade? Eu quero sair de casa. Eu quero mudar de cidade. Eu viveria pelado no meio do mato. Desapeguei das redes sociais. Quero excluir meu Facebook. Sonho em escrever um livro.

Eu tenho medo de não conseguir me sustentar. Por que é que o futuro parece nunca chegar? Não encontro motivação para arrumar meu guarda-roupa. Preciso desarrumar para arrumar. Como jogar revistas no lixo? Eu estou ficando caótico. Tento me agarrar na rotina para manter a lucidez. Preciso urgente fazer exercícios.

Eu sairia de São Paulo.

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