quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Que venham as próximas

Não fiz tudo que queria. Por incrível que possa parecer faltou tempo, teve o curso. Não comi em todos os lugares incríveis que eu tinha planejado. Não vi todo mundo que eu gostaria de ter visto, mas puta que pariu. Como eu cresci nestas férias.

Assisti a mais filmes nos últimos 30 dias do que talvez no ano inteiro (mentira). Fui a mais peças de teatro (três, mas é um recorde). Tivemos que lidar com imprevistos, com problemas técnicos, com o mau tempo, com o pouco tempo. Mas eu curti cada coisinha que eu fiz. Até mesmo passar um dia inteiro no sofá vendo a Globo.

Eu li gibis. Li um livro só agora nestes últimos dias. Li jornais e revistas. Pude ver vários filmes do Mix, entre curtas e longas. E neste ano rolou até show do Gongo. E volta a vontade de fazer um filme pro ano que vem.

Pude parar. Vislumbrar o futuro. Olhar o horizonte. Tive uma perspectiva de que sim, dá pra ter uma vida social. Aprendi a dar valor. Vi como eu gosto do meu ritmo de trabalho. Não que eu não soubesse. Mas frustração demais com cotidiano demais às vezes cega. Faz a gente se esquecer das coisas. 

Aprendi a ser grato. Por não precisar acordar com o despertador, por não ter que pegar o metrô lotado logo cedo every single fucking day. Aprendi que dá pra planejar o dia. E fazer render. Vi, sobretudo, que dá pra desacelerar. Que não é preciso se cobrar tanto. E a desencanar de querer ver todas as séries, filmes e programas do mundo. Que dá pra dar mais risada disso tudo.

As próximas férias devem demorar muito pra chegar. Que elas cheguem, é o que importa. Até lá a gente vai vivendo. Um dia de cada vez. E pacientemente tentar fazer o melhor que der sem muito sofrimento.

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