quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dicas para uma boa Parada Gay

Todo ano é a mesma coisa. Todo ano tem Parada Gay.

Todo ano eu me envergonho. De vocês. Que não aprendem. Nem com os próprios erros, nem com o dos outros.

Olha. Ahpaputaquepariu vocês.

Vamos começar do começo. A Parada is suposed to be um dia de festa, de celebração, de alegria e felicidade.

É pra se jogar, dar pinta, tirar a camisa. Beijar, protestar e o que mais o tempo a imaginação e os cantinhos permitirem :).

Só que a Parada é um evento de multidão. Não é uma festa seleta para você e sua meia dúzia de amigos. E isso pode ser complicado além de gerar problemas.

Pensando nisso e na minha experiência de anos de Parada e no próprio manual desenvolvido pela APOGBT desenvolvi umas dicas aqui pra vocês.
  
Obrigado, de nada.


1. Não leve celular. Olha. Guarde a vontade incontrolável de tirar selfies over selfies em casa e vá sem o seu iPhone. Se deusolivre você sofrer uma tentativa de furto, você pode ficar tranquilo porque seu telefone estará em segurança. Ficar sem celular é ruim, eu sei. Mas são só algumas horas. Você não vai morrer por isso. De repente é até bom o detox e quem sabe você não diminui o uso e a importância do aparelhinho na sua vida. Também não precisa ficar caçando no Grindr. A parada é o Grindr da vida real. Alooocka.

2. Chegue cedo. Vale super a pena. A concentração é uma das horas mais divertidas da Parada. Começa as 10h, mas chegar por volta das 11h está de bom tamanho. É tudo mais tranquilo. Não tem tanta música nem tanta gente alcoolizada. Dá pra curtir, tirar aquelas fotos com as drags que eu sei que vocês amam. Dá tempo de comer um lanche (não muito pesado). E se começar a muvucar, é só vazar. Sem peso na consciência e sem grandes traumas.

3. Seja prático. Já que você estará sem o celular, seja prático e objetivo. Marque com seus amigos em um único lugar. E evitem chegar atrasados. Aqui vale um parênteses de focar em no máximo 6 amigos. Eu sou chato. Tenho preguiça de pessoas e não gosto de viver em sociedade. Se você vai de excursão numa parada você perde um grande tempo esperando pessoas. Isso já aconteceu comigo. E não me deixa nem um pouco feliz. Imagina. 40 pessoas dum mesmo grupo. Um briga com o namorado, outro precisa ir no banheiro, outra arruma uma namorada, faltam cinco pessoas pra chegar e cada uma delas vem com um amigo e um amigo de um amigo que está chegando. Puta que pariu. Próprio inferno na terra isso. Se joga na Paulista e vai ser feliz.

4. Vá de metrô que é mais prático, rápido e barato. Carregue a porra do seu bilhete único. Ou tenha uns passes reservas para a volta. E leve dinheiro trocado. Lembre-se que os ambulantes não aceitam cartão. E trocar 20, 50 dilmas pode dar um trabalho do caralho, fora que o tiozinho pode dar o troco pra alguém errado, alguém roubar você e etc. E já que falamos em ambulantes o próximo item é:

5. Não beba. Quer dizer. Beba. Mas não beba aquela porcaria daquele vinho nojento. Mesmo que você tenha 17 anos. Vai por mim. Você não precisa passar por isso. Eu já estive lá. Vá de cerveja. Tenta ir de vodka. Sakê quase não tem gosto e deixa bêbado. É mais caro, mas sobe mais rápido e é menos feio. Ficar com a boca roxa nesses eventos é tão mais tão nojento que só agradecendo muito ao universo caso alguém beije você. Fora que essa merda desse vinho faz babar. Não tem um filho da puta que não bebe essa porcaria que não fica também com a roupa manchada daquela coisa roxa química.

6. Por fim a última mas não menos importante das dicas é: divirta-se!

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